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30 de out. de 2011

Sekirei... temos que pegar...?

E aqui estou eu de volta, depois de algum tempo sem postar nada, voltei pra falar de um anime meio inusitado que assisti durante as férias de Julho.

                                                                   SEKIREI

Sekirei é um anime feito quase que completamente de idéias tiradas de outros trabalhos onde tem pessoas que fazem parceria com alguma outra raça e partem em aventuras, enfrentando adversários semelhantes em termos de força ou até mesmo superiores. Posso citar Pokémon e Digimon como os mais influentes desse tipo infantil (Kodomo), porém, a última coisa que Sekirei vai ser é para crianças.

Imagine um sistema de mestre e ajudante, como em Pokémon, agora pense que os monstros de luta são na verdade garotas gostosas com poderes sobre humanos que lutam entre si para conseguir alcançar a glória junto de seu parceiro, igual a Zatch Bell!, elas precisam ser "pegas" assim como os pokémons, mas no lugar de pokébolas usa-se um... beijo.   



É clima de Halloween e eu aqui falando de amor..., mas não tenho do que me arrepender muito.

Se não houvesse esse clima romântico e sensual em Sekirei, com certeza esta série teria sido um fracasso total, mas do contrário, o que as vezes parece ser um plágio acabou por dar um toque único a historia sem pé nem cabeça desse anime.


Minato Sahashi é um rapaz que apesar de muito esperto (e sortudo) foi reprovado duas vezes no teste para entrar para a faculdade. Meio desiludido e se achando um fracassado, Minato anda olhando para baixo, o que o impede de ver uma linda garota caindo em sua direção...
Fim da vida normal de Minato.

Começo de uma historia louca.
A garota parece estar fugindo de duas mulheres com poderes de relâmpago, ela tem uma enorme força e agarra Minato, levando-o junto dela na fuga desesperada. Sem um motivo aparente a jovem começa a ficar eufórica perto do rapaz, e quando eles chegam em um beco, encurralados por suas perseguidoras, a menina avança sobre Minato e lhe dá um beijo, despertando assim seu poder total e espantando as adversárias que parecem perder o interesse em lutar.
Sem entender nada, Minato acorda no dia seguinte em seu apartamento e encontra a garota da noite anterior do seu lado, a memória retorna trazendo a lembrança do beijo e da pequena batalha no beco. Ao acordar, a menina se apresenta como Musubi, Sekirei N° 88 e diz que Minato é seu Ashikabi e que os dois devem ficar juntos para sempre. Sem suspeitar de nada Minato já estava sendo vigiado por câmeras escondidas de uma organização chamada MBI, conhecida em todo o mundo por ser responsável por aparatos tecnológicos da última geração e por controlar a cidade de Tókio inteira, tendo sua cede bem no centro desta.
O presidente da MBI, Minaka Hiroto entra em contato com Minato através da TV (e interage com ele) e lhe explica que o rapaz agora faz parte do "Plano Sekirei", sendo Musubi apenas uma das 108 Sekireis espalhadas por Tókio. O plano consiste em uma espécie de torneio entre as Sekireis, onde elas terão de encontrar seus Ashikabis e despertar seu poder por completo, o Ashikabi que conseguir sobreviver com sua Sekirei ao fim do torneio poderá "ascender" junto com ela para o céu.


Parece um desses contos folclóricos que as velhas civilizações gostavam de acreditar e ficar contando para seus jovens. Mas o que importa aqui é se Minato vai conseguir dar conta de uma situação dessas.
Mesmo tendo 108, um Ashikabi pode conseguir quantas Sekireis ele quiser (conseguir beijar), mas para isso elas precisam sentir algo por ele, senão vão fugir ou atacar (mesmo que a maioria goste de humanos).
Com o passar do tempo, Minato vai conseguindo mais Sekireis para perto dele, sempre respeitando-as e as tratando como parceiras, não como armas, isto faz com que ele sonhe em viver com todas para o resto de sua vida, no entanto até mesmo ele sabe que chegará um dia em que suas próprias Sekireis terão de se enfrentar para poder ascender junto dele, e isso se elas sobreviverem as batalhas contra outros Ashikabis e suas respectivas parceiras. Mesmo depois de tantas Sekireis aparecerem na historia e o clima pouco a pouco começar a lembrar Love Hina, é impossível não se apegar a todas as belas e variadas Sekireis (mesmo tendo alguns homens dessa espécie) e imaginar as do Minato derrotadas ou lutando entre si é algo que definitivamente ninguém que assiste a esta série vai querer ver.

Apenas esclarecendo algumas coisas... bem... Minaka Hiroto, fundador da MBI é um Nerd Otaku que conseguiu, sabe-se lá tanto respeito e com sua grande descoberta (as Sekireis) decidiu fazer um "MMLRPG"
(Massively Multiplayer Live RPG-acabei de inventar) em Tókio. O curioso nisso tudo é que quando uma Sekirei perde uma batalha, a marca que aparece em sua nuca ao beijar pela primeira vez seu Ashikabi desaparece e esta fica inconsciente, logo depois os helicópteros da MBI aparecem e levam o corpo para "reiciniá-lo" ou "reprogramá-lo", a Sekirei é instantaneamente removida do jogo e seu Ashikabi nunca mais a vê.

Até agora o anime tem apenas duas temporadas que são Sekirei e Sekirei Pure Engagement, não ha previsão para o lançamento da terceira.

Vejamos um pouco sobre Minato e suas Sekireis na primeira temporada:

Sahashi Minato: Protagonista da série, não tem nada em especial, considerando-se no começo um desafortunado e possível fracassado. Ao conhecer Musubi, começa a ver a vida de forma diferente, porém demora adquirir confiança em si próprio.Minato tem uma personalidade calma, ele é envergonhado e tenta ao máximo evitar confusões, nunca se aproveitou de suas Sekireis (o que eu acho que qualquer um já teria feito) e sempre evita qualquer aproximação furtiva das garotas, mesmo gostando delas, talvez se sinta envergonhado ou ache poligamia meio bizarro. 
Musubi: A mais simpática, ingênua e alegre das Sekireis do Minato. Por ser muito simples, tem o dom de encorajar o rapaz, pondo muita fé nele e vendo-o como um grande homem. Musubi tem como poder a sua força e agilidade, é péssima em ataques de longo alcance, adora lutar e colocar suas habilidades a prova. Por ser a primeira Sekirei alada por Minato, é a mais querida por ele, mesmo que isso não seja claramente mostrado. Musubi tem um sonho e um plano além de "ascender" junto de seu Ashikabi um dia que é libertar as Sekireis presas no laboratório da MBI para que elas possam viver junto de seus "donos" em paz e sem correr o risco de ter de lutar entre si por este propósito novamente. Musubi é a sekirei n° 88
Kusano: Esta é apenas uma criança, chama Minato de Irmãozão. Kusano estava presa dentro de uma floresta nos arredores da MBI, ela era conhecida como "Garota Verde", por ter o poder de controlar a natureza, conseguiu salvar Minato e Musubi durante uma queda fatal através de uma velha árvore. Mais tarde a menina usou a mesma para contatar a mente de Minato e pedir ajuda. Depois de uma inesperada batalha  contra outra sekirei que queria levar a menina para seu mestre, Minato resgatou Kusano de dentro da floresta que fora criada por ela mesma para se proteger de ser alada pelo Ashikabi da sekirei que a estava perseguindo. Kusano é alada mais tarde por Minato com um selinho que rouba dele. Mesmo sendo criança tem uma personalidade forte e é muito corajosa. Sekirei n° 108

Matsu: Provavelmente a mais pervertida das 108 Sekireis, seu poder é a inteligencia, que,  muito bem aplicada aos computadores transforma a garota em uma Hacker extremamente habilidosa. Além disso ela pode fazer armas, cálculos em velocidades inacreditáveis e consertar aparatos tecnológicos de ultima geração. Matsu ficou um bom tempo observando Minato de seu "esconderijo" e mesmo chegando a conclusão científica de que ele seria uma pessoa destinada ao fracasso, também concluiu que o amava. Dando um jeito de ficar a sós com ele, Matsu tenta se aproveitar de Minato, mas é interrompida pela proprietária da pensão onde eles estão hospedados. Sem desistir, ela faz uma outra visita surpresa ao seu quarto e lhe rouba um beijo, tornado-se assim mais uma de suas Sekireis.
Matsu, mesmo não tendo nenhum poder sobrenatural, provou ser uma das mais úteis Sekireis da trama. Ela é a n° 02

Tsukiumi: A Sekirei da água, é a mais durona já mostrada, no começo tinha raiva de Ashikabis porque achava errado uma Sekirei "pertencer" a alguém, seu objetivo era provar que podia vencer sem ter um amor pelo qual lutar. Ao descobrir que estava reagindo ao Minato, decidiu que ia matar o rapaz, mas na hora acabou sendo salva por ele do ataque de Sekireis inimigas. Relutante, Tsukiumi chega a conclusão de que precisa amar também e aceita ser alada por Minato.
Vive de cara amarrada, tem ciúmes das outras Sekireis e replica que Minato é seu "marido", graças a ela as Sekireis de Minato começam a ficar competitivas pela atenção do garoto e não dão nem um segundo de paz pra ele. Mas mesmo com isso, Tsukiumi é mais uma Sekirei indispensável na historia, pois até mesmo ela tem seu lado delicado e gentil. Sekirei n° 09




Sekirei acaba viciando com o tempo, mesmo não sendo tão conhecido por aqui, já se tornou um dos meus favoritos. Depois que você se apega aos personagens é impossível esquece-los.
Este anime, assim como a maioria, foi inspirado em um mangá, do qual eu ainda não procurei, mas sei que é escrito por uma mulher chamada Sakurako Gokurakuin que é especialista em Yaois (mangás que tratam de assuntos homossexuais, na maioria das vezes o público alvo são meninas), ela simplesmente decidiu fazer um mangá para homens e acertou em cheio. Eu também sei que o anime saiu um pouco (ou muito) da historia original, mas ainda quero esperar a terceira temporada sair para depois ler o mangá de uma só vez.
E para terminar... assista Sekirei, não só por que você é pervertido ou pervertida, mas porque vale a pena conhecer esta historia e estes ótimos personagens e ver no que vai dar o Plano Sekirei.

Pra fechar com chave de ouro
Comente... comente...comente...

   










  

18 de out. de 2011

Silent Hill... Lá e de Volta Outra Vez

Esta é minha primeira postagem sobre um filme!!!! YEEEEEEEAAAAAAAHHHHH!!!
Mas não sei se isso é bom....portanto.... chega de comemoração e vamos a análise.


O tema de hoje é:                                Terror em Silent Hill


Para os gamers e apreciadores de Silent Hill em particular que passarem por aqui, sei que vão achar esta análise ultrapassada ou até mesmo desnecessária, já que este filme é meio velho (2006 se não me engano) e a  maioria das pessoas o viu, mas por ser uma das adaptações mais bem feitas de que tive conhecimento, me sinto na obrigação de fazer uma postagem inaugurativa sobre ele.

OK então... Silent Hill primeiramente, é um jogo muito bem feito pra época em que foi lançado, começando uma série de muitos outros jogos que seguiram a mesma formula de terror psicológico. Porém, nenhum dos outros títulos lançados conseguiu ser tão assustador e empolgante quanto o primeiro. E foi historia deste que o diretor Christophe Gans usou como rascunho para dirigir a melhor adaptação já feita de um game para as telas de cinema.



A historia começa com a jovem Sharon tendo uma espécie de crise de "pesadelos noturnos" em que ela se sente atraída para uma cidade infernal. Durante os pesadelos, a garota sai perambulando e gritando o nome de Silent Hill, em uma destas crises, Sharon chega perto da morte e sua mãe Rose decide procurar por esta cidade, mesmo sem o consentimento de seu marido Christopher para encontrar uma possível cura para os problemas da filha.
Depois de uma longa viagem, o carro com as duas sofre um acidente e, ao acordar, Rose se vê sozinha em uma cidade completamente deserta e enevoada por cinzas que caem do céu como neve. Deste ponto em diante, ela começa uma busca desesperada pra encontrar sua filha que está desaparecida nesta macabra Silent Hill.


Esta resenha que fiz é o suficiente para poder comparar detalhes entre o filme e o jogo. E sim. Esta era a minha intenção desde o princípio, mesmo que a maioria das mudanças significativas sejam no roteiro em si , vale a pena compará-las e entender o quanto cada uma funciona muito bem em seus respectivos lugares.


Apenas por curiosidade... a garota que aparece no primeiro jogo e se perde na cidade fantasma se chama Cheryl e a mesma personagem no filme se chama Sharon. Pode parecer bem diferente, mas a pronuncia é
parecida.

Cheryl
Mas não posso culpar a maioria por não notar esta mudança, pois ninguém
Sharon
deixou de se surpreender ao ver uma mulher chamada Rose da Silva (da Silva?) como protagonista no lugar do papai Harry Mason do jogo de Play Station 1.
No entanto, depois dos primeiros minutos com Rose dentro da cidade, começamos a ver que o papel de Harry fica muito mais bem retratado na figura de uma mãe. É muito mais crível que uma mãe consiga passar por tantos obstáculos para poder reencontrar sua protegida filha do que um pai (não estou dizendo que um pai não seria capaz de enfrentar monstros e fanáticos religiosos para salvar sua filha amada, mas no caso do filme... uma mulher parece menos forçado).

O que vemos ao decorrer da trama realmente impressiona, para quem já jogou SH por uma hora que seja entende como os efeitos de mudança de cenário e até mesmo a própria cidade enevoada ficaram fiéis ao jogo da Konami, e o melhor de tudo é que não parece um Live Action, o diretor conseguiu dar uma marca pessoal a sua versão cinematográfica, então não passa a sensação de estar vendo "mais do mesmo" e sim "outra versão do clássico".
É fascinante ver como Rose se vira na cidade, ela recebe ajuda em alguns momentos, mas isto nunca significa que ela vá se apegar a qualquer pessoa só por que está com medo, ao contrário, mesmo morrendo de medo, ela se aprofunda cada vez mais nos mistérios da cidade e nem por um segundo hesita em expor sua vida para ter uma pista de onde esta Sharon.
Mas agora, vamos comparar... (ATENÇÃO!!! DESTE ANUNCIO PARA BAIXO COMEÇAM OS SPOILERS)

No primeiro Silent Hill, Cheryl foi capturada por uma velha louca chamada Dahlia, de acordo com uma lenda, a menina era uma metade separada da filha desta senhora, Alessa, que deveria dar a luz ao deus que levaria o povo da cidadezinha para o paraíso, elas foram separadas por um motivo desconhecido no jogo (mas que é revelado no quinto título) e Dhalia não pode completar o ritual, por isso deu um jeito de trazer Harry e Cheryl a Silent Hill, a fim de obter a garota e continuar seus planos. A Alessa desta historia realmente tem poderes paranormais e por mais maluca que seja esta ideia, a menina começa a entrar em trabalho de parto com 8 anos depois de ser queimada viva (o fogo purifica a carne) por sua mãe e cultistas fanáticos. A aparência assustadora da cidade é consequência dos poderes de Alessa que "colocou" seu mundo pessoal para fora depois de ser separada em duas almas e dois corpos.

No filme, Dahlia ainda é mãe de Alessa, mas esta é apenas uma personagem secundaria, sendo que por sua culpa a garota foi queimada viva por uma fanática religiosa chamada Christabella, a menina foi salva antes que seu corpo carbonizasse, mas mergulhada em desejos de vingança, jogou uma maldição na cidade, prendendo todos os religiosos que estavam envolvidos naquele culto dentro em uma dimensão semelhante a real, porém decadente e cheia de monstros.
A explicação dada para a separação da verdadeira Alessa em Alessa e Sharon foi que para adquirir poderes e se vingar, Alessa precisou fazer um pacto com um Ceifador e assim, todos seu lado bom se esvaiu para um outro corpo, nascendo então sua metade boa Sharon.

É claro que existem várias outras diferenças entre as duas criações, como o ano em que se passa a historia ou até mesmo a personalidade de algumas figuras tiradas do jogo que foram alteradas de forma brusca, como é o caso da policial Cybil Banett que ficou mais séria e profissional que o normal, mas como eu disse antes, não é um Live Action. Portanto estas mudanças foram muito bem adaptadas, mesmo que o jogo seja mais sombrio e assustador do que o filme, que a propósito, ganha uma continuação em 2012. Este aparentemente será inspirado no terceiro jogo que é uma continuação do primeiro.

O pior de todos... No SH 2 se chama Head Pyramid e no filme Red Pyramid
Mas ele é bizarro em qualquer lugar, com qualquer nome....


Então é isso caros leitores. Foi a primeira análise (de muitas eu espero) sobre um filme postada aqui. Espero que gostem.
Quem quiser me mandar uma sugestão é só ir em "Contato" e me enviar o título do mangá, anime ou filme do qual quiser que eu escreva.
                                                                                   








15 de out. de 2011

O Peregrino Scott

Desta vez não vou falar de um mangá, muito menos de um anime, o assunto de hoje é uma obra que abarca tanto o mundo dos quadrinhos quanto dos videogames.

                                                                Scott Pilgrim


Scott Pilgrim é uma HQ Canadense escrita e desenhada por Bryan Lee O'Malley no estilo das historias feitas por bandas de Indie Rock, cujo tema sempre é o amor e o relacionamento do pessoal que faz esse tipo de música com qualquer tipo de guria que curte esse tipo de música.
Mas o que difere definitivamente o trabalho de O'Malley dos outros é que Scott Pilgrim conta exatamente o oposto disso. O relacionamento mostrado na história pode ser a base para os acontecimentos, mas com certeza não é o ponto alto. 
Vamos ao que interessa.

Scott Pilgrim é um rapaz de 23/24 anos baixista de uma banda de Indie Rock chamada Sex Bob Omb que  
não consegue decolar na carreira, ele é preguiçoso, fraco e meio (muito) babaca.Scott tem uma vida normal em Toronto com seus amigos da banda, Kim Pine (baterista), Stephen Stills (guitarrista), Neil Nordegraf (não faz **rra nenhuma), seu colega de quarto gay Wallace Wells, sua irmã Stacey Pilgrim e sua nova namorada Knives Chau.

A dinâmica dos quadrinhos impressiona e as piadas são muito bem elaboradas, mas até ai não há nada demais neste enredo, logo a HQ não passa de mais um conto Indie sobre a vida de um rapaz sem grandes ambições e com uma dose extra de humor,certo?

                                                                          ERRADO!!
Daí em diante tudo tende a mudar quando Scott começa a sonhar com uma garota misteriosa de cabelos coloridos que parece sempre estar fazendo entregas. Um belo dia, ele descobre que a tal menina é real e começa a se aproximar dela. Ela se apresenta como Ramona Flowers e com seu jeito enigmático de ser,
acaba conquistando o coração de Scott, que mais tarde termina com Knives para ficar com ela. O problema é que Ramona não é Canadense (ela veio de Nova York) e está fugindo de seu passado conturbado para conseguir uma vida nova e mais tranquila, mas a partir do momento em que ela e Scott ficam juntos todos os ex-namorados da garota começam a surgir para tentar separá-la de seu novo amor.

E você me pergunta: O que tem de engraçado e legal nisso?
Eu respondo: Os caras tem SUPERPODERES!!

Ao todo são sete ex-malvados (é assim que são chamados) que Scott tem de enfrentar para poder ficar em paz junto de Ramona.

Isso lembra alguma coisa? Videogames, quem sabe? Porque é exatamente nisto que a HQ se inspira. A maioria das coisas são homenagens a jogos Arcade dos anos 70, 80 e começo dos 90. Para dar uma ideia, cada ex-malvado representa uma fase e no final o mesmo é como um "Boss" (chefão) que Scott (apenas com a habilidade de lutar e uma resistência incomum) tem de encarar e vencer pela sua "princesa" Ramona.

Cada personagem em Scott Pilgrim é especial, até mesmo os que não fazem tanta participação na historia, cada um deles é recheado de emoções e tem seu próprio jeito de agir as situações. O humor que antes era limitado a piadinhas se torna o combustível pra coisa não perder o pique, como o fato de todas as pessoas não se importarem se tem um maluco lutando e atirando bolas de fogo em uma pista de show e agirem como se nada estivesse acontecendo, ou quando os ex-malvados são derrotados e viram moedas para aumentar o "score" que Scott vai acumulando ao longo da história.
Quanto ao traçado de Brian Lee O'Malley... bom como posso dizer... as HQs são em preto e branco, e os olhos que ele desenha são grandes e expressivos, com certeza houve uma inspiração oriental, mesmo o design dos personagens lembrar muito certos desenhos da Nickelodeon ou da Cartoon Network (mesmo sendo para um público mais maduro), ele ainda deu um toque único que é a incrível falta de simetria, parece loucura, mas ficou ótimo... nada paga a caras de retardados que os personagens dele conseguem fazer, variando de "bonitinhos" para "extremamente feios" em um piscar de olhos. Há quem discorde de que ele desenhe bem, mas eu acho que se fosse feito de outra forma não seria tão legal quanto conseguiu ser.
A história rendeu 6 volumes, sendo o último maior do que os outros e chegou recentemente aqui no Brasil.




Brian Lee O'Malley nasceu em 21 de Fevereiro de 1979, ele vive em Toronto/Canadá (assim como seus personagens). Além de Scott Pilgrim, seu outro título de sucesso é Lost At Sea.
Segundo algumas informações que obtive, O'Malley não pretende lançar mais obras, oficializando, assim sua aposentadoria como desenhista (de certa forma duvido disso, já que ele nem é tão velho).






Em 2010, a Universal Pictures lançou o filme Scott Pilgrim VS. The World, que dobrou ou até mesmo triplicou o sucesso do trabalho de O'Malley para vários outros cantos do mundo (principalmente o Brasil).
O filme é muito fiel a obra original, mesmo tendo certas alterações, tanto os personagens quanto os cenários foram muito bem explorados, os efeitos especiais estão nota 10 e a trilha sonora se resume a pura homenagem aos velhos videogames como Super Nintendo e as músicas especiais como as tocadas pelas bandas foram muito bem elaboradas, já que se encaixam perfeitamente ao clima da historia.


Para concluir. Scott Pilgrim é uma ótima diversão, mesmo não passando uma lição tão forte além do auto-respeito, é obrigatório para quem gosta de romance, lutas, humor rápido, videogames e quer fugir um pouco dos desenhos mais extravagantes como os Comix e os Mangás.
                                           
                                                  Até a próxima.

13 de out. de 2011

Vida de Mangaká não é Fácil

Embora eu me considere um Mangaká, tenho que admitir que minha rotina não é nem de um por cento do que os japas vivem com esse trabalho.
Em 2008, Tsugumi Ohba e Takeshi Obata (os mesmos de Death Note) lançaram Bakuman (não confunda com Baku"G"an, que passou na globo), um mangá com o tema direcionado a mangakás, mais precisamente Moritaka Mashiro (desenhista) e Akito Takagi (roteirista), dois amigos que decidiram ingressar no mundo dos quadrinhos preto e branco e ganhar a vida da arte por uma promessa de provar que é possível começar do zero entre "tantos iguais" e se destacar mesmo assim com algo novo.


Quando comecei a ler Bakuman, pensei que seria uma espécie de mangá-manual, do tipo "um mangá que ensina a desenhar", mas logo que conclui o primeiro capítulo percebi o quanto aquela obra tinha a mostrar além de "molhe a ponta do pincel no nanquim e risque verticalmente".

Tudo começa realmente do zero, com Moritaka Mashiro ainda um amador (mesmo sendo promissor), ele não interessa em se tornar um desenhista profissional como seu falecido tio e aparentemente quer ter o futuro que seus pais desejaram para ele, entrando em uma empresa e fazendo uma carreira comum (rotina de muitos japoneses), logo, ele desenha pouco e estuda muito.
As coisas começam a mudar quando conhece Akito Takagi, que mesmo sendo o aluno mais inteligente da 9° série, não se interessa em ter uma carreira empresarial, mas sim poder escrever e publicar suas idéias de algum jeito. Ele e Mashiro começam a se falar depois de uma discussão, Takagi encontra o caderno de Mashiro embaixo da carteira depois da aula e começa a ver os desenhos que este fez nas últimas folhas, ele fica impressionado com o desenho de Miho Azuki, uma garota por quem Mashiro é apaixonado a anos mas nunca teve coragem de se declarar (na verdade eles nunca sequer trocaram nenhuma palavra). Mashiro fica irritado por saber que algém havia visto um desenho tão confidencial, ainda mais um aluno com quem nunca teve companheirismo. 
Mas ao invés de Takagi chantageá-lo (o que deve ser comum em colégios japoneses), ele o incentiva a desenhar mais, e insiste na ideia dos dois fazerem um mangá juntos, mesmo que isso não renda em nada. Mashiro faz os desenhos enquanto Takagi entra com o roteiro.
É claro que alguém tão pé no chão quanto Mashiro não concorda de primeira com a ideia, mas de tanto seu novo "amigo" insistir ele começa a pensar no assunto. O garoto só começa a desenhar de verdade quando Takagi lhe faz um telefonema a noite e diz que esta esperando na frente da casa de Azuki, ao chegar, é desafiado e forçado a tocar a campainha e falar com a sua amada pela primeira vez, no meio de uma conversa envergonhada e arrastada (pense na Hinata quando vê o Naruto, agora pense em duas Hinatas desse jeito conversando uma com a outra), Mashiro acaba perguntando aos gritos se ele conseguisse se tornar um Mangaká a garota se casaria com ele. Ela fica ainda mais vermelha e entra correndo, segundos depois o interfone liga e Azuki confirma, dizendo que é uma promessa e eles só vão se ver depois que ela dublar o Anime de algum mangá famoso de Mashiro.



                                                      

Parece loucura, mas isso empolga, e muito. Na verdade nunca fiquei tão empolgado para saber o que ia acontecer mais tarde numa historia quanto nessa. Não preciso nem falar que Mashiro começa a se dedicar em se tornar um mangaká profissional e conseguir ver Azuki de novo.


Bakuman mostra com precisão e impacto a rotina que os desenhistas de quadrinhos vivem no Japão, acordar cedo, dormir tarde, comer pouco (por falta de tempo), perder parte da vida social, ganhar pouco, se irritar fácil, dificuldade para se criar algo original e muitas outras coisas bizarras pela qual eles passam. Mesmo assim... é fantástico ver a determinação dos protagonistas, que se tornam melhores amigos rapidamente.
Esta historia deu um UP na minha determinação para me tornar um Mangaká, mesmo que seja muito difícil. Eu não quero ser apenas um desenhista de fanzines (nada contra esse pessoal), quero ser visto como mais do que um fã, Bakuman me inspirou e inspira até hoje.

Por se tratar de um mangá feito pelos mesmos gênios que criaram Death Note, acho que a parte dedicada a falar do traçado não vai ter muitas surpresas, afinal de contas... bom... de uma olhada nas imagens acima e tire suas próprias conclusões, já que é um desenho extremamente original, feito com linhas arredondadas e simples mas com um efeito incrível.


Mas além do traçado, uma coisa que foi levada mais (muito mais) a sério é o cuidado que os autores tiveram com os detalhes. Isso mesmo, os detalhes. Se parar pra pensar por um segundo vai se lembrar que o que deixou Death Note tão louco foram os detalhes atribuídos ao longo da trama, o que fez parecer uma espécie de jogo de tabuleiro da vida. E desta vez não é diferente, como por exemplo: Os mangás que Mashiro e Takagi lançam tem título, história, personagens e conceitos diferentes, ou seja são personagens de um mangá que criam mangás de verdade dentro da história.

Ao todo, a historia tem como foco o crescimento dos dois, porém outros desenhistas são mostrados e alguns famosos são citados, como Akira Toriyama, Masashi Kishimoto, Eiichiro Oda e Osamu Tezuka. Até mesmo a revista Jump é citada (na verdade muito mais do que isso, mas não vou falar desse assunto).
O mangá ganhou uma versão animada em 2 de outubro de 2010 que ainda está sendo lançada.

Bom... agora dou o meu veredicto: Se você é o tipo de pessoa que tem um sonho e quer realizá-lo a todo custo, sem se importar se vai ser difícil ou não, recomendo Bakuman acima de tudo, se conseguir se identificar com os personagens, o mangá vai ser o manual de auto-ajuda mais divertido e carismático do mundo.


Peço desculpas por não ter falado sobre os personagens desta vez, mas é que não quero fazer spoiler e seria difícil citar a maioria sem cair neles.
                                                       Um abraço a todos, não deixem de comentar.
  







12 de out. de 2011

Os Lobos e a Flor da Lua

Por ser um blogueiro novato, talvez demore um pouco até pegar o jeito de fazer postagens mais bem elaboradas, mas até agora tudo o que fiz foi curto e rápido. Então tomei a decisão de fazer posts maiores e com mais informação e reflecções ao invés de uma simples resenha.

Desta vez o assunto é um anime. Mas diferente dos outros, este não tem uma história simplesmente a ser vivida e aprendida, mas sim decodificada. Já que as vezes parece que estamos vendo um sonho em que nós humanos somos apenas seres tolos e até mesmo mal desenvolvidos emocionalmente (o que é exatamente a verdade).

                                             Wolf's Rain será o assunto desta vez


 Produzida pelo estúdio Bones, a série é do mesmo criador de Cowboy Bebop, por isso já podemos destacar as semelhanças de traço.
Wolf's Rain, acima de tudo é um lindo conto de perseverança e esperança, mas para esta beleza ser percebida, é necessário antes ter uma boa capacidade de ver arte e graça na tristeza, sendo que esta é predominante na historia. Vamos ao resumo.

Em um mundo pós apocalíptico, a raça humana vive em cidades cúpulas onde apenas duas classes sociais existem (nobres e não-nobres) e a natureza raramente dá sinais de vida, uma lenda ainda resiste ao tempo, uma lenda apagada da memória de muitos por causa do medo e da força da alta classe. A velha lenda diz que quando o mundo chegar ao seu limite, o paraíso irá surgir, porém, apenas os lobos (retratados como muito mais do que apenas animais na trama) poderão saber onde fica sua entrada e abri-la para poderem viver em paz novamente.
É claro que os humanos nunca gostaram muito dessa história, afinal de contas se eles não pudessem ter o paraíso ninguém mais poderia, e um lugar feito apenas para lobos não parecia muito convidativo.
De algum jeito inexplicável, nenhum lobo é visto a mais de 200 anos, e algumas pessoas até acham que eles nunca existiram (os mais jovens).  Mas a verdade é que mesmo estando quase extintos, os lobos ainda vivem escondidos do resto do mundo, em suas falsas formas humanas e andando entre nós, mesmo que seja apenas uma ilusão, eles podem enganar a maioria das pessoas.

Esta realidade não demora muito a nos ser mostrada e junto com ela somos apresentados a um jovem lobo branco chamado Kiba (me faz pensar se o Kishimoto quis fazer uma homenagem a Wolf's Rain criando o Kiba e o Akamaru de Naruto). Kiba parece ser o único lobo a acreditar na história do paraíso e seguir fielmente seus instintos a procura do portal para este lugar, ao longo dos primeiros episódios, ele forma uma matilha com três lobos que estavam na primeira cidade em que chega. Estes são: Tsume, Toboe e Hige.
Logo quando Kiba chega na cidade, o primeiro lobo que conhece é Tsume, este se mantém sempre na forma humana (que é repudiada por Kiba, embora aceite assumi-la mais tarde para poder sobreviver) e é lider de uma gangue de ladrões humanos, os dois lutam e durante os ataques acabam tirando sangue um no outro, o cheiro desperta uma garota, mantida em um laboratório no centro da metrópole para estudos, os humanos a chamam de Cheza e esta é conhecida como a Dama da Flor, por ser uma mistura genética de um ser humano com o DNA de uma rara Flor da Lua. Mesmo estando sobre cuidados de cientistas, sua existência é um mistério, mas com certeza seu destino esta relacionado aos lobos (que se sentem atraídos pelo cheiro de Flor da Lua emanado pela garota).

                                         

    Sobre o grupo principal:
Kiba: É um solitário e sério lobo branco, mesmo sendo jovem, sua força é impressionante assim como sua determinação.
Kiba raramente fala, sendo o mais calado do grupo, mesmo assim conquistou a confiança de todos com seu carácter indomável e talvez por ser o único lobo selvagem  entre eles. Tem uma relação forte com Cheza, maior do qualquer um do grupo e quer proteger a garota a todo custo, mesmo que isto custe sua vida.
Foi Kiba que despertou o interesse de Tsume, Hige e Toboe para procurarem o paraíso junto dele e deixarem suas simples vidas na cidade para sair pelo mundo hostil e desolado que os cercavam. Seu nome significa "Presas"



 Tsume: Sempre mau humorado, é o mais adulto dos quatro, evita se apegar a qualquer um para não ter de passar pela dor de perder alguém, por motivos um tanto quanto misteriosos decidiu acompanhar Kiba e os outros a procura do paraíso, mesmo afirmando que era pura perda de tempo.
Tsume era líder de uma gangue de humanos na cidade onde morava, fazendo um trabalho sujo no maior estilo Robin Wood (neste caso os pobres a receberem seriam eles mesmos), saqueando trens de carga e depósitos dos nobres.
Aos poucos Tsume vai ganhando apreço por seus novos companheiros, principalmente por Toboe, que não desgruda de seu pé (ou seria pata?), considerando-o seu melhor amigo. Seu nome significa "Garras"


Toboe: O mais jovem do grupo, foi criado por uma velha senhora que o domesticou como um cachorro, embora ele seja bem mais forte e inteligente, se tornou um lobo de rua ainda filhote. Ao ser salvo por Tsume de um velho caçador, adquiriu admiração pelo lobo cinzento e passou a segui-lo, mesmo que fosse rejeitado como companheiro.
Toboe é inocente e alegre, com o passar do tempo começa a mostrar sua força para com os outros, até se tornar indispensável, tanto para seus companheiros quanto para os fãs da série. Seu nome significa "Uivo"




Hige: Um lobo de rua que nunca viu nenhum problema em viver com os humanos. Vivia de pequenos furtos e simplesmente enganava pessoas para conseguir o que queria, seu faro é impressionante e consegue encontrar todo tipo de coisa a vários metros de distância. Foi o primeiro a se tornar amigo de Kiba, que diferente de Tsume, não o atacou pelos humanos e ainda o convenceu a assumir essa forma tão "decadente" para escapar dos olhares curiosos.
Hige muito provavelmente partiu junto de Kiba porque sabia que não teria uma vida muito além daquele marasmo em que estava, a ideia de encontrar o paraíso lhe pareceu bem chamativa. Seu nome significa " Bigodes"



 Blue: É uma mestiça de lobo com cachorro que pertencia ao velho Quent Yaiden, que jurou vingança aos lobos depois de ver suas silhuetas sobre os destroços em chamas de sua casa com sua família dentro. Blue fareja e caça os lobos para que Quent possa pegá-los, ele só vai descansar depois que exterminar todos os lobos que restaram.
Depois de um breve momento jundo de Cheza, Blue descobriu que era meio loba e assim começou a usar mais seus instintos. Mais tarde fugiu de seu dono para seguir com Kiba (infelizmente não achei imagens dela como dos outros) e encontrar uma razão para sua existência. Ela é forte e confiante, mesmo que meio insegura, parece responder as cantadas de Hige, que se apaixona por ela a primeira vista.
Seu nome não tem nada a ver com uma característica lupina, significa "Azul" por causa dos olhos.


     Cheza: A garota flor, pouco se sabe sobre ela, a não ser que foi criada por um nobre              
chamado Darcia através da alquimia.
Cheza libera um forte aroma de flores que pode ser sentido a longa distância por lobos, sua mera presença os deixa confortados. Kiba acredita que Cheza seja a chave para abrir o paraíso e por isso desde que a menina foi encontrada por eles, proteje-a com todas as suas forças. Todos os lobos a amam (sim, até Tsume) e sentem uma parte do paraíso quando estão com ela.
Mas como nada em Wolf's Rain são "flores", ela não só é caçada pelo pessoal do laboratório onde era estudada, como também por Darcia, que reapareceu depois de anos e agora precisa de seu experimento.









Wolf"s Rain não é apenas um anime para se assistir e marcar na lista de "já vistos". É incrível o contraste que vemos entre os personagens e o mundo (o nosso mundo) em que eles vivem, suas personalidades firmes e corajosas em um cenário em ruínas, triste e covarde. Outra coisa impressionante que posso destacar seria a forma como eles são perseguidos, tanto por soldados quanto por forças sobrenaturais (acreditem).
Nada em Wolf's Rain passa tranquilidade por muito tempo, nós simplesmente somos jogados em um futuro onde humanos chegaram ao limite e descobriram que não havia nada além da ruína que provocaram e mesmo assim continuaram avançando sem se importar com os que ficaram para trás.


A lição que este anime pode passar depende de cada pessoa, alguns podem achá-lo simplesmente triste e forçado, mas outros com certeza verão uma grande lição de moral, não em relação aos outros e ao mundo, mas em relação a nós mesmos.

Por fim... não menos importante, vem a trilha sonora de Wolf's Rain, que conta até mesmo com uma canção em bossa nova chamada Coração Selvagem. Este anime tem uma trilha sonora de tirar o fôlego, a primeira abertura Stray ja é a maior prova disto, o encerramento Gravity vicia e emociona com o passar do tempo e para tirarem a prova, vou por aqui a primeira abertura.
Fiquem a Vontade para comentar.









11 de out. de 2011

Pancadaria e Garotas Siliconadas, o que mais Querer da Vida?

Oh Great! (Oogure Ito) é um dos autores que mais ganhou reconhecimento nos últimos anos, considerado por muitos o responsável por desenhar as garotas mais bonitas da historia dos mangás em sua grande criação Tenjou Tenge, não muito ambiciosa, mas com certeza ousada, ao misturar tão bem cenas de pura violência com nudez e ainda fazer tudo parecer um Shounen (mangás para jovens garotos) mesmo sendo Ecchi (erótico).
 O traçado de Oh Great! consegue ter uma certa mágica (principalmente as garotas) que não pode ser tão facilmente explicada. Seus personagens não tem tanta coisa inovadora assim, mas sempre parecem estar realmente ocupando um espaço ali, no cenário... as vezes lembra um filme.
Além de Tenjou Tenge, ele escreveu e desenhou Air Gear, que é marcado pelas mesmas características, mas como ainda não conheço este, vou falar um pouco sobre o Tenjou Tenge.




Me faz lembrar Kill Bill (não sei por que...)

Tenjou Tenge tem como foco o treinamento de dois amigos Souichirou Nagi e Bob Makihara (claramente inspirado no Eddy do Tekken) em uma academia de artes marciais pertencente a um colégio. Eles eram dois malucos que iam de colégio em colégio espancando os alunos, e assim consequentemente o lugar falia (WTF?), entrando para a listas de colégios fechados pela dupla desajustada. O colégio Todou Gakkuen deveria ser o centésimo a perder para as habilidades marciais dos dois, porém, a líder da academia interna Maya Natsume (aparentando ser apenas uma menininha de uns 8 anos) demonstra uma habilidade fora do comum ao derrotar Nagi com apenas um movimento (não antes de assumir a forma de uma linda jovem de peitos extra grandes). Depois disso eles nunca mais são os mesmos, aceitando, mais tarde fazer parte da academia e aprenderem a superar seus limites. 

Com uma boa dose de humor e carisma, todos os personagens vão sendo aceitos e queridos com o passar da história, até mesmo o pessoal do conselho disciplinário que quer a todo custo o controle da escola, batendo de frente com os alunos de Natsume, muitas vezes demostrando mais experiencia e habilidades.

Tenjou Tenge, mesmo sendo puramente marcial, deixa brechas para alguns movimentos especiais do qual utiliza-se o ki, a trama é realmente interessante, mesmo não tendo tantas surpresas, ainda sim é bom ver um mangá que ainda segue a moda antiga sem perder o jeito de contemporâneo, começando a ser lançado em 1997 e finalizado em 2010 rendeu 18 volumes aqui no Brasil, ainda ganhou uma série em anime que contou com OVAs e episódios especiais para concluir a historia.

E este foi mais um post concluído com êxito (não foi difícil)
Espero que tenha curtido
E boa tarde.


10 de out. de 2011

Melodia com Cheiro de Enxofre

Em 1997 Hirano Kouta começou a escrever o que mais tarde se tornaria um ponto de referência para qualquer tipo de desenho e animação obscura,  e não só por isso mas por muitos outros meios Hellsing se tornou um dos maiores sucessos da revista Young King Ours, conseguindo uma legião de fãs por todo o mundo.
Talvez o que mais impressiona nessa obra é o fato de não haver muitas coisas inventadas nela, mas sim uma mistura de várias atmosferas, tudo ambientizado no mundo de Bram Stoker com o maior cuidado em manter as tradições vampirescas apresentadas a todos pelo escritor irlandês. Mas em nenhum momento isso significa que Hellsing não é original, na verdade Hellsing é extremamente original e mesmo que não sirva como continuação para o livro "Drácula", por causa dos exageros (e que exageros), a historia faz uma boa ponte relacionando os fatos do livro ao mangá atual.
A historia se passa em uma Londres de 1999, protegida secretamente por uma organização que trabalha no extermínio de seres das trevas(mesmo que apenas vampiros e carniçais apareçam aos montes) como em Arquivo X, esta é a organização Hellsing. Liderada por uma jovem dama chamada Integra Hellsing,  que muito provavelmente é mais macho do que qualquer um de seus soldados (não que eles sejam covardes), ela lidera com mão de ferro e nunca se importa consigo mesma, sendo praticamente inabalável. Alem de ter vários soldados fortemente armados e bem treinados a seu comando, Integra possui como aliado... servo, na verdade... um poderoso vampiro chamado Alucard, do qual dizem ser realmente imortal, ele é crivado de balas, desmembrado, explodido e até toma sol sem morrer, aparentemente resiste a qualquer tipo de dano e não pensa duas vezes antes de obedecer uma ordem de sua mestra.

OK... fora a introdução que acabei de dar tenho que ressaltar que não fica só nessa matança de vampirinhos até o fim. Fora a aparição de uma outra organização (desta vez católica) exterminadora de monstros, que por coincidência também tem um carrasco imortal inimigo declarado de Alucard, entra em cena um grupo misterioso de terroristas que estão criando vampiros artificiais por motivos desconhecidos, aparentando ter um certo desejo de vingança contra a Hellsing.

Esta série não é recomendada para menores de 16 anos, já que é de longe umas das mais sanguinolentas obras nipônicas já feitas, com direito a mutilações, rios de sangue, execuções e gente sendo explodida ^^

E para concluir digo que esta é sim a minha série favorita, mesmo não tendo uma versão em anime decente, mas uma formidável trilha sonora,  ao todo são 20 mangás aqui no Brasil que narram este conto de fadas macabro e muitas vezes divertido que é Hellsing. E para quem quiser ver uma animação boa de verdade recomendo os OVAs que atualmente estão no volume 8.

Esta com certeza não vai ser a minha ultima publicação sobre Hellsing. Tem muita coisa para se falar, mistérios para ressaltar e coisas a serem explicadas. Mas por enquanto, deixo essa "intro" para quem não conhece conhecer melhor e para os atuais amantes deste excelente mangá poderem ler mais uma crítica boa sobre ele.

                                 Até a próxima, espero que tenha gostado do post e não deixe de comentar.

9 de out. de 2011

A Donzela do Inferno


Hoje vou falar de uma série um tanto quanto misteriosa e intrigante, que conseguiu me chamar muito a atenção                                                                       jigoku shoujo








Ano passado comecei  a assistir Jigoku Shoujo, esperando ver mais um anime simples e não muito ambicioso, que conseguisse me distrair um pouco,  e para minha surpresa, não consegui tirar ele da cabeça por dias. O Mangá foi criado por Miyuki Etoo, do qual nem imagens eu achei, puta falta de sacanagem isso, quer dizer... ele/ela cria uma das mais  famosas series de Mangás e nem a biografia é publicada. Sendo assim passo a escrever diretamente sobre a obra em si.

A primeira vista, esse anime parece ser um desses casos de fantasia psicológica em que não vemos um protagonista sólido, mas sim vários casos  envolvendo pessoas específicas ao longo da historia.

Enma Ai é uma garota espectral que habita o mundo do crepúsculo com seus três servos, sua misteriosa avó e uma aranha fiandeira sinistra que parece estar sempre de olho nela. O lugar é completamente triste e desolado, tendo apenas a casa da menina como ponto de referencia, fora isso resta um simples cenário de campo e um horizonte onde o sol nunca se põe ( por isso mundo do crepúsculo, capiche?).
Neste momento vem a grande sacada do anime. A Enma Ai aqui tem um site no mundo dos mortais chamado Jigoku Tsuushin, do qual consiste apenas a uma tela preta com um titulo e uma barra de digitação. Uma lenda urbana corre entre os cantos do Japão tendo este site como responsável pela vingança e morte de algumas pessoas. Diz a lenda que a exatamente meia noite o site Jigoku Tsuushin aparece (se não for no horário certo a pagina aparece como não encontrada) e a pessoa que tiver seu nome escrito na barrinha de texto é levada para o inferno com corpo e tudo pela famigerada Hell Girl.
Depois de mais ou menos 4 ou 5 episódios dois protagonistas entram na trama, no entanto não vou falar sobre eles. O que realmente fica legal nesse anime é a mudança de rotina repentina e as dúvidas que começam a surgir em torno de Enma Ai e e os que a cercam.
Quanto a personalidade na donzela do inferno não há muito o que se destacar, "Ai" quase nunca fala e sempre tem um olhar distante, passando a maior parte do tempo em seu mundo particular ou levando almas para o inferno, ela não parece se preocupar se seu ofício causa ou não desgraça para as pessoas... na verdade ela não parece se preocupar com nada, nem sentimentos parece ter. Mas no fim da primeira temporada nos deparamos com uma grande surpresa que envolve a menina e sua existência. 
Jigoku Shoujo tem três temporadas, a primeira eu relatei aqui e tem o nome do título da série,  a segunda se chama Futakomori e a terceira Mitsuganae.   






Segue acima a abertura do anime

8 de out. de 2011

Boas vindas para o autor e aos leitores

Olá meus caros leitores!!
Como pedem ver esta é minha primeira postagem no blog, e como estou sem um material apropriadamente pronto para mostrar, decidi falar um pouco sobre o que pretendo fazer aqui.
1° compartilhar meus projetos com vcs. Tenho 3 mangás em mente, mas apenas um (o primeiro) deu seus primeiros passos, ele se chama Trick e vou explicar um pouco sobre ele mais pra frente.
segue ai uma foto de divulgação:
2° Quero que o pessoal que também gosta de desenhar me mande seus trabalhos para que eu publique aqui, podem mandar no meu e-mail: augusto.guardian2010@hotmail.com
As imagens serão postadas com o nome do autor assim que eu tiver tempo.

3° O Blog não é só para falar dos meus mangás, mas sim de mangás em geral,  tanto de escritores famosos quanto de fanzines, se alguém quiser que eu publique uma matéria sobre algum autor  que gosta muito, pode me mandar a dica que eu faço uma crítica construtiva sobre ele e a obra correspondente. Basta me mandar por e-mail novamente.

4° Embora os Mangás sejam a prioridade aqui, pretendo falar de Filmes e principalmente Animes. As dicas de cima também valem para essa categoria.


                  Enfim!!!! Este foi meu primeiro post. Se gostou (ou não) não deixe de comentar!
                                                                       Ate a próxima