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21 de jan. de 2014

O Majestoso Conto de Um Louco em Uma Caixa Azul

Olá a todos! Finalmente chegou a vez da postagem especial sobre Doctor Who.

Desta vez não houve postagem de ano novo pelo mesmo motivo que não houve postagem de aniversário do blog em Outubro: Eu não senti que poderia escrever alguma coisa relevante, já não basta uma postagem tapa buraco de Natal.
Pra falar a verdade, andei pensando muito em deixar o Guardião em hiato por tempo indeterminado, mas eu não vou fazer isso, eu detesto quando essas coisas acontecem, quando amigos de infância mudam e viram outras pessoas, quando sonhos são substituídos, quando promessas são esquecidas e quando alguma coisa que gostamos é deixada de lado por conta do ânimo que vai nos abandonando com o tempo.... mas não EU, eu quero sempre estar aqui, sempre ser uma versão melhor, mas ainda reconhecível de mim. Este blog surgiu em boa hora pra mim, me fez sentir bem por estar escrevendo para sei-lá-quem e agora eu me comprometo a continuá-lo.




E é com um grande orgulho que eu faço uma postagem de homenagem a maior série de ficção científica já criada.

Então.... o que é Doctor Who?
Doctor Who é um seriado que estreou em 1963 pela BBC e contava a historia de um alienígena humanoide de nome desconhecido e sua netinha conhecida como Susan Foreman, se intitulando apenas como Doctor, o protagonista não era mais do que um velho excêntrico que havia fugido de seu planeta natal Gallifrey em uma TARDIS (Time And Relative Dimensions In Space), uma máquina do tempo com a forma de uma cabine telefônica da década de 60 capaz de cruzar não apenas o vórtice temporal como também viajar pelo espaço e aterrissar em qualquer ponto do universo, a TARDIS tem como principal característica ser enorme por dentro e ter o exato tamanho da cabine telefônica por fora. O Doctor nos é apresentado como um velho egoísta e covarde porém muito inteligente e inventivo.


Quando Willian Hartnell, o ator que interpretava o Doctor precisou abandonar o seriado, a ideia de que um substituto poderia manter a série em alta foi cogitada, sendo então adicionada a Regeneração como característica da raça do personagem (Time Lord), agora toda vez que seu corpo estivesse fraco demais ou sofresse algum ferimento grave, um hormônio era liberado, trocando e renovando cada célula do corpo, lhe dando uma nova aparência, personalidade e peculiaridades distintas.
Nós tivemos 13 atores interpretando o protagonista da série até então, cada um com sua maluquice e carisma totalmente únicos, como a habilidade para música do 2º Doctor, o Aikido Venusiano do 3º, o vício em balinhas de goma com formato de bebês do 4° e assim  por diante.

Com o passar dos anos, a popularidade do Doctor foi crescendo, tanto no universo do seriado quanto na vida real e o personagem foi passando a representar cada vez mais tudo aquilo que um verdadeiro super-herói poderia ser, com a diferença de que seu verdadeiro superpoder era sua inteligência e sua única arma uma chave-de-fenda-sônica, o Doctor foi ganhando cada vez mais conhecimento sobre o universo e suas infinitas raças, viajando e salvando vidas, derrotando adversários clássicos e novos e gradualmente convertendo-se em um protetor imbatível que, graças a sua TARDIS podia estar em todos os lugares.

Uma das características mais fortes, no entanto é o fato de quase sempre estar viajando com um humano (na maioria das vezes mulheres) para lhe auxiliar, tendo admitido seu grande apreço pela raça humana desde sua segunda encarnação o Doctor deposita em seus companheiros de viagem uma grande confiança.  

A série parou em 1989, continuando somente em poucos materiais alternativos, em 1998, a Fox quase obteve os direitos de Doctor Who, produzindo um filme para fazer um teste com o público.
Doctor Who: O Filme foi um fracasso e a 8ª regeneração do Doctor (Paul McGann) acabou sendo a mais breve de todas, mesmo que considerada a única coisa boa do filme.
Os direitos retornaram para a BBC e em 2005 a série voltou pra ficar, sendo chamada por alguns fãs de New Who, a historia havia dado alguns pulos para o futuro, deixando obscuro todos os feitos do 8° Doctor desde os acontecimentos do filme.

A 9ª encarnação (minha favorita) é interpretada por Christopher Eccleston) e para os antigos fãs, alguma coisa no mínimo diferente já podia ser notada, o Doctor estava estranho, mais do que o normal, mais escorregadio do que o normal, mais cheio de segredos e também apresentava uma personalidade explosiva as vezes, seja lá qual tenha sido o fim da 8ª regeneração, coisa boa com certeza não foi.

Não muito depois do episódio piloto, descobrimos que houve uma guerra entre os Time Lords e a mais terrível raça guerreira do universo, os Daleks (criaturas semelhantes a polvos, protegidas por uma enorme carapaça robótica), Daleks são criaturas cujo único propósito é conquistar e reinar absolutas, escravizando as raças mais jovens e EXTERMINANDO as mais evoluídas. O único jeito de parar a guerra foi mandando o seu planeta natal pelos ares, junto com os Daleks.
E então sabemos o que esperar da nova série.


Desde 2005, nós tivemos o 9°, 10°, 11° e agora o 12° (que na verdade não são bem isso, mas não vou entrar em detalhes, se quer entender ASSISTA) e cada um deles recebeu um destaque assombroso, muito maior do que as regenerações do seriado clássico (competindo até mesmo com o lendário 4° Doctor), Doctor Who agora tinha uma nova leva de fãs e também foi agradando muitos dos fãs antigos, a série tinha um fôlego renovado e estava pronta para surpreender de novo com roteiros ousados e as situações mais mirabolantes sendo explicadas de formas científicas.

O Doctor também acabou passando uma imagem muito mais solitária, mesmo tendo grandes acompanhantes o ajudando, consequentemente vários erros e sentimentos de culpa o assolaram desde a extinção de sua própria raça. Sendo ele agora O Time Lord e sua TARDIS modelo 40 sendo A TARDIS, pois são os únicos restantes no universo.

Até agora temos sete novas temporadas, e a oitava começa esse ano, estreando Peter Capaldi como o atual Doctor.


Por quê Doctor Who é tão especial?

Bom, existem inúmeras razões que tornam esse show tão importante para o seu público, o protagonista abrange 70% dessa importância e é na minha opinião um dos melhores personagens já inventados.
Imagine como seria poder viajar pelo espaço-tempo, conhecer outros mundos, raças e até mesmo personalidades históricas do nosso mundo. O ruído costumeiro da TARDIS pousando/decolando começa a soar tão familiar aos seus ouvidos (assim como o ruído da Chave-Sônica) que você acaba sorrindo toda vez que o ouve, sabendo que o Doctor está chegando para resolver qualquer problema, seja lá qual for.

Mas nem tudo são flores na série, aliais nas primeiras 5 temporadas flores serão o de menos na historia, uma das principais coisas que eu aprendi sobre o Doctor é que ele não é perfeito e por mais cruel que isso soe, ele faz seu caminho sobre uma ponte de sacrifícios, seja de pessoas que deram suas vidas para que ele continuasse ou seja de pessoas que morreram por causa dele, sempre haverão vítimas, e o máximo que o personagem pode fazer é aceitar este fato e seguir em frente, pois não importa quantos ele perca, as coisas sempre seriam piores se ele não estivesse por perto.
Isso me fez pensar muito a respeito de solidão, dever e felicidade, são coisas que as vezes estão separadas mas sempre teremos respingos de uma interferindo na outra.

Os episódios de Doctor Who sempre são imprevisíveis, mesmo com uma prévia, você nunca sabe ao todo o que te espera, pode ser um episódio na idade média, no futuro, em
outro planeta, envolvendo espíritos, lendas urbanas, monstros mitológicos e na maioria das vezes os dois clássicos inimigos do Doctor, Daleks e Cybermans, plot twists são extremamente comuns e muitas vezes um episódio pode se mostrar mediano e de repente salvar o seu dia monótono em apenas cinco minutos finais ou até mesmo um episodio mais frenético te deixar pensando por horas em alguma cena em específico.

Recentemente o seriado completou 50 anos e ja está a um bom tempo no Guinness Book como a mais longa série de ficção científica do mundo.
Podemos contar sempre com alguns episódios especiais também que são um pouco mais longos que o normal e apresentam mudanças muito significativas para a história, e também temos um especial de natal todo ano, onde geralmente o Doctor acaba regenerando (o que faz com que o personagem adore e odeie o natal com a mesma intensidade).
Um final para o show nunca foi pensado e aparentemente podemos ter até mesmo mais 50 anos de Doctor Who pela frente, nossos netos poderão estar acompanhando o Doctor e seus ajudantes pelo espaço-tempo enquanto você reclama que no seu tempo as regenerações eram melhores. ^^



Então, se você ja assiste Doctor Who,  provavelmente não achou nenhuma novidade no post, mas pudera, não há novidade pra quem acompanha, eu apenas apresentei o seriado aqui, quero ver se apresento Doctor Who pra alguém, e também tem o lance de isso aqui ser uma homenagem, é o agrado que eu faço a série que tanto gosto.

E pra finalizar a postagem, deixo o vídeo que fiz pro meu canal no YouTube eu ja tinha postado ele antes, mas não vejo problemas em fazer de novo, não é o meu melhor desenho, mas é o meu vídeo mais assistido, agradeço aos Whovians que viram e gostaram.



Abraço a todos vocês...e não pisque... PISQUE E VOCÊ ESTÁ MORTO!