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21 de dez. de 2012

O Hobbit: Uma Jornada Mais Que Esperada

Como vão meus caros? Espero que estejam todos bem.
Fui assistir O Hobbit nessa segunda-feira e infelizmente só estava disponível dublado, mas vou deixar pra falar da dublagem mais para o final ou meio da  postagem.

Certo, eu nunca falo de filmes que estão em cartaz aqui no blog, talvez porque raramente vou no cinema e sempre escrevo sobre coisas mais antigas porque tenho total liberdade para falar delas sem parecer que estou tendo opiniões tortas, mas no caso de uma adaptação de um dos meus livros preferidos eu não poderia deixar passar a chance de fazer um post.
Como não sou crítico de cinema e este blog não é sobre críticas mas sim sobre análises, eu já deixo claro que vou fazer spoilers, principalmente quando for comparar alguma coisa com o livro, neste momento deixarei a palavra SPOILER escrita em amarelo para marcar o começo e o fim deles, no entanto, não tem como falar do filme sem entrar em detalhes sobre algumas coisas então se não sabe exatamente nada sobre a historia sugiro que não leia a postagem.

Vamos por partes então.
Peter Jackson é sem sombra de dúvidas um dos maiores cineastas do mundo, ele não apenas fez uma maravilhosa adaptação da Trilogia do Anel como também do clássico King Kong, conseguindo torná-lo contemporâneo sem precisar estragar toda a ambientização da história.
Uma das melhores características do diretor, com certeza é sua capacidade de fazer adaptações capazes de tornar cenas que deveriam ser cansativas ou até mesmo bobinhas em sequências dinâmicas e tensas, vimos muito disso em O Senhor dos Anéis e agora podemos ver em o Hobbit: An Unexpected Journey (Uma Jornada Inesperada).

A historia nos mostra um hobbit como qualquer outro chamado Bilbo Bolseiro (este que viria a ser o tio de Frodo na historia que se passa 60 anos depois), ele é preguiçoso, pacífico, alegre e satisfeito com sua vidinha confortável no Condado. Isso até que Gandalf o Mago-Cinzento lhe faz uma visitinha e o convida para uma aventura, da qual Bilbo claramente faz questão de não participar. Depois de algumas desculpas desajeitadas, o hobbit consegue despistar Gandalf e torce para que o mago não o procure mais, não sabendo ele que sua porta fora marcada com um sinal mágico.
Naquela noite Bilbo começa a receber a visita inesperada de alguns anões que logo formam um enorme grupo de 12 e também uma inusitada aparição de Gandalf (o curioso é que na historia do livro Gandalf se auto-convida para um chá da tarde na toca de Bilbo, mas não comenta nada sobre os anões, neste filme ele entra de penetra). Os anões se esbanjam de comida, cantam, contam piadas e por fim arrumam a louça, é quando o mais importante deles bate na porta. Thorin Escudo de Carvalho é conhecido como Rei Sob a Montanha, mesmo que a montanha tenha pertencido ao seu pai até ser morto pelo último dos grades Dragões-de-fogo Smaug, a criatura cobiçava o ouro e assim massacrou vários anões para poder invadir seu reino e se enterrar na pilha de tesouro. Thorin precisou reinar com o que sobrou de seu povo em outro lugar, mas não se esqueceu de toda a glória que sua grande montanha (agora chamada de Montanha Solitária) empregava aos anões, tendo em mente sempre recuperar seu antigo lar. Depois de ouvir uma boa parte da história daqueles anões, Bilbo logo percebe que eles estão pretendendo tomar de volta a Montanha Solitária de Smaug e pra isso precisam de um ladrão... isso mesmo... Gandalf indicou o próprio Bilbo como Ladino para a jornada, agora cabe ao hobbit decidir se vai recusar a proposta e continuar sua vidinha pacata no Condado ou aceitar partir em uma viagem mortal em busca de ouro e glória.

Começando a análise com a aparência do filme.
Uma das primeiras coisas que pude notar quando o filme começa a nos apresentar o Bilbo Bolseiro de 60 anos atrás é que toda a atmosfera do filme está mais leve e ágil do que em O Senhor dos Anéis. Nada de diálogos longos e complexos, apenas um bom humor coerente e cenas ágeis. Todo aquele clima tenso que já pairava no primeiro filme da primeira trilogia foi abandonado, afinal de contas o mundo AINDA não corre perigo. Peter Jackson sabe muito bem como cada filme deve parecer, como O Hobbit é um livro para crianças seria realmente estranho se ele tivesse feito um filme todo dramático e carrancudo, mas por incrível que pareça, tudo ficou muito equilibrado, as cenas tensas são realmente tensas, a ação é simplesmente maravilhosa, o filme roda a 48 quadros por segundo, o que no início faz parecer que está acelerado mas quando nos acostumamos tudo parece mágico e vivo até demais da conta. O humor é realmente engraçado e simples, muitas vezes um pouco negro mas não tira o realismo e veracidade de toda a Terra Média, aqui mostrada com muito mais detalhes e variedade que nos três filmes anteriores.

Talvez por se tratar de uma aventura que seja pelo menos simples no início, todo o filme me remeteu a uma clássica jornada de RPG, mais especificamente D&D, as criaturas da Terra Média são mostradas com mais importância agora, todo o design delas foi refeito, um grande exemplo disso são os orcs que aparentam ser menos nojentos e deformados e mais semelhantes aos monstros clássicos dos livros, os Wargs não se parecem mais com hienas, agora lembram uma mistura de lobo, rato e gato e toda a arquitetura das cidades foi refeita. Quando vemos a cena um pouco antes da invasão do dragão fica claro o quanto todo o ar de O Hobbit é diferente de O.S.D.A.
E eu sei que é irritante ficar comparando um com o outro, mas nesse caso acho que estas comparações são até bem vindas, afinal de contas estou falando de filmes produzidos pelo mesmo diretor, não é como comparar GTA com Sleeping Dogs.

As adaptações também foram um ponto muito importante para a versão cinematográfica, quem leu o livro sabe que mesmo ele sendo pequeno e destinado á um público infantil ainda conta com partes maçantes e descrições cansativas sobre coisas e lugares dos quais não queremos saber como são. Desta vez a variedade de cenários é bem maior, e olha que este é apenas o primeiro filme de uma nova trilogia, quem assistiu e se maravilhou com os sets pode esperar muito mais dos próximos dois.
Um detalhe curioso no livro é que a maioria dos animais presentes falam. Quando eu estava indo para o cinema comecei a pensar nessa possibilidade na versão cinematográfica e logo constei que seria ridículo, e para o meu alívio... os animais não falam! Imaginem só seria como assistir Nárnia na Terra Média. SPOILER Eu só espero ouvir a voz do rei das Águias no próximo SPOILER.

Quanto aos efeitos sonoros e trilha do filme... bom como já era de se esperar eles são fascinantes, a canção Misty Mountains Cold adaptada diretamente do livro causa arrepios insanos e podemos ouvir algumas adaptações clássicas para nos arrepiar ainda mais, SPOILER como quando Bilbo encontra o Um Anel na caverna do Gollum e toca por alguns segundos o tema One Ring to Rule Them All SPOILER. Os sons ambientes são maravilhosos e assim como o resto do filme beiram o hiper-realismo.

De alguma forma que não consigo explicar, O Hobbit me prendeu a atenção como poucos filmes antes conseguiram, eu não me senti cansado, desconfortável e muito menos entediado em momento algum, e o fato de ser apenas uma de três partes que ainda estão por vir mostra o quanto a aventura de Bilbo foi épica (coisa que só conseguimos perceber com clareza além da metade do livro).
Tolkien escreveu O Hobbit com muita simplicidade e esta simplicidade também foi passada para o filme, eu sempre percebi que quanto mais ele descrevia os detalhes do cenário menos eu realmente conseguia imaginar a grandeza deles, quando assisti A Sociedade do Anel, me impressionei com os efeitos visuais. Pois bem, acabei me impressionando de novo, pois tudo é exatamente diferente do que imaginei ao ler o livro (e começo a pensar que se Tolkien ainda estivesse vivo ia se impressionar também... mesmo ele sendo um fresco... fãs de Senhor dos Anéis me odiando em 3...2...1...) e mesmo assim tem aquele ar de fim-de-tarde. Tudo, mas absolutamente TUDO é rápido, fácil de entender e ainda consegue ser épico.
Lembrando que quem for assistir e nunca leu o livro para não esperar nada comprometedor como a trilogia original e nem por isso imaginar o filme como fraco.

Entrando no assunto da dublagem.
A dublagem de O Hobbit (agora eu aproveito e peço desculpas por ter cometido a heresia de assistir um filme como esse dublado, mas como disse antes eu não tive opção) está, por incrível que pareça, muito decente. O maior problema é que algumas vozes simplesmente não combinaram... AS MALDITAS VOZES NÃO COMBINARAM!!!! COMO UM ESTÚDIO DE DUBLAGEM DUBLA UM FILME TÃO ESPERADO E IMPORTANTE COMO ESSE E NÃO TOMAM O TRABALHO DE ENCAIXAR CADA VOZ DIREITO?!!!
OK, não são todos, na verdade apenas Bilbo e Gandalf ficaram estranhos, mas eles são dois dos personagens mais importantes! Sem falar que trocaram muitas vozes SPOILER  um exemplo é Frodo, que aparece no início, assim como o Bilbo velho porque a introdução do filme é uma cena que não aparece em A Sociedade do Anel mas que está presente no livro... então... Frodo teve seu dublador trocado,é uma pena porque antes  ele que tinha a voz do Gohan SPOILER.
Mas a verdade é que isso aconteceu porque O Hobbit foi dublado no Rio de Janeiro enquanto a trilogia do anel foi dublada em São Paulo, então não podemos exigir que seja a mesma equipe.
De qualquer forma, acredito que Alexandre Moreno não foi uma boa escolha para fazer a voz de Bilbo.
Hã? Por que?
PORQUE ELE FAZ A VOZ DO ADAM SANDLER!
O cara é um tremendo dublador, mas a voz dele é tão conhecida que acabou deixando o Bilbo marcado, se você fecha os olhos durante a sessão, parece que está assistindo Dois Homens e Meio (kkkkkkkk um Hobbit e 13 anões haushaushhaush ¬ ¬ chega de internet por hoje).
As canções foram dubladas. Nada mais a declarar.

Então, minhas declarações finais sobre este filme. Como se pudessem ser diferentes. Assistam é o que eu digo, a sessão deve estar legendada, em 3D e com qualidade IMAX, se tudo estiver de acordo, a experiência será tão fenomenal quanto AVATAR, e para os fãs de Tolkien com certeza vai ser melhor que este.
O filme é praticamente um tour pela Terra Média, mais leve, mais descontraído mostrando um lado mais D&D do qual o cinema nunca fez funcionar direito antes.

Trailer do filme logo abaixo, até mais meus caros.



















30 de nov. de 2012

Dante, Fazendo Demonios Chorar Desde 2001






Saudações amigos, parece que foi ontem que fiz a última postagem (não pra vocês eu acho, né).
Eu quero fazer um post especial sobre o game clássico de Hack and Slash (retalhe e fatie) originalmente criado pela Capcom como um bom substituto para seus lendários jogos do Megaman... ok isso nunca foi dito, mas eu acho que ficou bem na cara, vejam só:
*É um jogo de fases;

*Dante me lembra o Zero, ele tem a vestimenta vermelha, cabelo longo, é fodão, luta com uma espada e usa os tiros apenas como complemento (essa é meio pessoal, não precisa levar em conta);

*Você ganha uma arma nova a cada chefe que mata;

*A jogabilidade depende de manha e destreza, não tem como jogar apenas andando pra frente e atacando com o mesmo golpe sem parar (apesar de que o máximo que se faz no Megaman é pular pra se esquivar e carregar o buster pra tirar mais dano, mesmo assim não tem como terminar sem manha);

*Ambos são da Capcom, não há nenhum tabu nisso, todo mundo sabe como a Capcom adora reciclar suas fórmulas (o que eu acho muito bom, quem se arrisca a dizer que não da certo?).

Eu quero comentar todos os jogos da série aqui, desde o primeiro até o polêmico DMC que sai em 2013 e vou dar minha opinião pessoal sobre todos eles, então se você é um fã xiita/fanboy/paga pau do Dante original ou algo parecido, aconselho a parar de ler este post, eu vou dizer tudo o que penso e nem todas a minhas opiniões sobre a série são positivas, logo se vir com quatro pedras na mão aqui nos comentários vai ser ignorado.

Vamos a análise do primeiro jogo:


Devil May Cry foi lançado em 2001, a intenção era que fosse mais uma sequencia de Resident Evil, mas acho que por aparentar ser muito diferente do proposto os desenvolvedores decidiram criar uma nova franquia.
Dante é um conhecido caçador de casos sobrenaturais cujo sangue híbrido de humano com demonio o dão poderes além da compreensão, é curioso que mesmo que nunca tenha ficado em evidência a reação das pessoas com relação a ele entende-se que o tratam como louco. Dante tem um consultório chamado Devil May Cry próximo a um beco abandonado, o lugar é sujo e sombrio tanto por dentro quanto por fora do estabelecimento, suas dívidas estão em alta e Dante é desleixado demais para se preocupar em levantar o astral de sua pequena agência, é quando surge Trish, uma bela moça de longos cabelos loiros que invade o lugar em uma moto, Dante não demonstra espanto e nem irritação por causa da mulher, mesmo com o enorme buraco feito na sua parede. Depois de bancar o folgado com Trish, Dante recebe uma bela surra e descobre da pior maneira que sua adversária possui poderes elétricos, então ele decide virar o jogo e demonstra um pouco de sua habilidade demoníaca, quase matando Trish e se espantando ao perceber que a moça se parece muito com sua falecida mãe humana Eva, ao vê-la sem os óculos escuros que usava quando chegou.
Trish então pede desculpas e diz que aquilo era apenas um teste para ter certeza de que ele realmente era o poderoso filho do lendário cavaleiro negro Sparda, um demonio mercenário que traiu seu senhor Mundus em prol dos humanos. Ela então oferece uma missão a Dante, falando sobre o malévolo rei demonio Mundus e como seu poder tem crescido mais e mais em uma desolada ilha chamada Mallet.
Aceitando até rápido demais a missão por motivos que seriam revelados posteriormente, Dante parte para a tal ilha em busca de uma forma de impedir que Mundus venha para esta dimensão.

Certo, agora eu vou fazer minha análise sobre o jogo.
o primeiro DMC é uma relíquia, isso porque os que vieram posteriormente simplesmente ofuscaram ele (mesmo o segundo título sendo péssimo), é muito difícil encontrar imagens dele no Google que não sejam da capa, mesmo que você procure especificamente por Devil May Cry 1 a maioria faz referência ao 4.
Se uma pessoa que nunca viu esse jogo antes assistir as cutscenes dele hoje pode até dar risada, mas para a época ela eram maravilhosas, os personagens mal mexiam a boca para falar, era como se a pele deles fosse de plástico e a movimentação chega a dar vergonha, mesmo assim isso já foi um avanço inestimável nos games. Porém, diferente das cutscenes, o gráfico em geral do game era lindo, para ser sincero até hoje eu acho eles muito bonitos, tando do personagem jogável quanto dos inimigos e obviamente os cenários góticos e sombrios.
Algo que eu nunca poderia deixar de ressaltar é o visual de Dante e a temática deste jogo. O nosso protagonista tem um jeitão todo vadio e canastrão, visual extremamente cafona e conta com um senso de humor bem sem graça, no entanto para a época (2001, acreditem se quiser isso já foi há muito tempo) ele era completamente inovador pois até então ninguém jamais havia jogado com um personagem que fosse um zé fodão que de fato fosse fodão, não bastava Dante fazer movimentos loucos com a espada e disparar em velocidade sobre-humana com suas automáticas, ele ainda parecia fazer tudo isso com muita facilidade e ainda tirava sarro dos chefes... EM UM JOGO DE TERROR!
Sim, Devil May Cry era um jogo com temática terror, diferente dos títulos que foram surgindo depois, os demonios deste game de fato se pareciam com demonios, o visual do castelo que fica na ilha é amedrontador, a trilha sonora é linda quando não se está lutando, aliás, isso eles nunca corrigiram, as músicas de luta de DMC sempre foram uma merda, era como um Rock eletrônico com vocal que parecia que o cara tava cochichando no microfone com uma voz "do mal" genérica, mesmo assim, no primeiro a trilha sonora de luta era mais eletrônica do que qualquer coisa, nunca embalou as lutas, mas era tão genérica que também não atrapalhava.


Vá em frente, dê play no vídeo e curta enquanto lê o post, vai perceber que não embala um combate, mas parece que era "exitante" em 2001, só não entendi por quê a Capcom nunca investiu em sons de combate mais decentes.

Continuando a falar da temática, Dante, como eu disse antes se vestia de um jeito que consideramos bem cafona hoje em dia, mas ele se enquadra perfeitamente nos cenários do jogo e mais tarde o visual dele se tornaria um ícone, tanto que o personagem teve que passar por várias atualizações com o passar dos anos porém sempre se vestindo com um sobretudo vermelho e tendo uma espada gigante nas costas. Uma das coisas boas que DMC nos mostrou era a sensação de estar em um jogo de horror e não sentir um pingo de medo porque estamos no controle do ser tão forte quanto os inimigos.
Por fim, não sei exatamente porque, o primeiro jogo tem um final feliz do tipo "e eles chutaram traseiros para sempre" e mostra um Dante mais emotivo e preocupado com os outros, talvez sua personalidade definitiva ainda não tivesse sido definida, a questão é que eu considero esta a segunda melhor história da franquia.


Em 2003 saiu a sequência que todos esperavam. Mas não se iluda pela capa, este não só é de longe o pior Devil May Cry da história como também não acrescenta nada de inovador a série. Não quero entrar muito em detalhes sobre este porque eu o joguei com pressa apenas para entender a historia e para poder dizer que tinha zerado todos os jogos na época. OK, pra começar, eu acho que no final das contas o que inventaram pra esse jogo não foi uma má ideia, o problema é que não souberam dar vida a ela, tudo parece superficial, fraco, feito as pressas. A partir do momento em que vi Dante lutando contra Tanques-de-Guerra e Helicópteros "possuídos" eu perdi todas as esperanças no game.
Lucia é uma moça (muito sem graça e claramente invetada por designers preguiçosos) de cabelos vermelhos e habilidades especiais que após quase fracassar em proteger um artefato num museu e ter seu pescoço salvo por Dante, decide levá-lo até sua mãe, a velha conta para o nosso meio-demonio que já se aliou ao seu pai Sparda para proteger a ilha em que vive do ataque de vários seres do submundo. Ela então pede a Dante que seja heroico assim como seu pai era e impeça um poderoso empresário chamado Arius, (que por alguma razão que eu esqueci, se é que existe uma razão, consegue conjurar forças demoníacas) de dominar o mundo... isso, mais uma vez. Dante então confia na sorte (sua própria sorte) e parte em uma perigosa missão para impedir que Arius reencarne numa poderosa criatura chamada Argosax.

Esse DMC tem uma marca forte na historia da franquia original porque ele se enquadra por último na ordem cronológica, o que seria depois do 4. Dante está no auge de seu poder pois tecnicamente ficou mais velho desde seus primeiros feitos importantes em Devil May Cry 3 (sim, o primeiro na ordem cronológica) e agora é um homem mais sério e vivido. O que não agradou muito aos fãs. Como eu disse antes, o primeiro Dante demonstrava uma certa emotividade no jogo original, mas temos que levar em conta que o cara tava resolvendo um problema familiar com o responsável pelo sofrimento de sua mãe e do sacrifício de seu pai, quer dizer, deixar o personagem puramente poderoso e sério no segundo título não foi uma doa ideia, mesmo assim o personagem possuía um bom carisma, diferente dos coadjuvantes que são muito rasos e se não fosse o tal lance sentimental eles não passariam de massas de pixels falantes (não que TODOS os personagens de vídeo-game não sejam isso), mas o que realmente mata são quatro coisas:
* O design do jogo é terrível, o primeiro era todo retrô, porém propositalmente e com a melhor ambientização possível, nesse, vemos muitas coisas que simplesmente não parecem se encaixar, o visual de Dante está bem bacana mas não basta, todo o resto foi feito com muita preguiça. Isso sem falar que eles opinaram em usar CGIs ao invés de cutscenes in-game, o que sempre foi muito legal na série;

* A história exerce um papel importante na cronologia, pois é a ultima coisa que temos sobre o Dante clássico, mas ela é retratada da pior forma, corre quando precisa ser mais bem detalhada, da pouca atenção ao que precisa de profundidade e principalmente... não da um bom fim á lenda de Dante;

* A jogabilidade é toda mastigada, não tem upgrades, adicionaram um botão de esquiva, chefes fracos, sem desafios interessantes, enfim, de longe o DMC mais fácil de todos, eu passei as fases apenas para saber o que vinha depois na historia;

* Uma espécie de romance surge entre Dante e Lucia, mesmo que fique meio nas entrelinhas que ele namora Trish (ou tem um caso com ela), o fato é que os dois mal se conhecem e Lucia nem sequer demonstra uma personalidade interessante, Dante é muito sério e drástico, tudo é maçante quando os dois se encontram. Ressaltando que não rola nada, apenas o clima surge, principalmente quado (SPOILER) eles estão discutindo em frente ao portal para o inferno sobre quem vai descer e nunca mais voltar, impedindo assim que mais merdas aconteçam no nosso mundo, Lucia chora porque teme se tornar um demonio e matar seu povo, nesse momento Dante limpa sua lágrima e decide jogar sua moeda da sorte para ver quem desce... e mesmo que não seja bem feito, confesso que me senti meio triste nessa parte.

Como eu não me lembro das músicas que compunham a OST (com excessão dos toquinhos de batalha) não tem como criticar a trilha sonora do game, mas ficou mais do que evidente que ele foi apenas um Caça- Niqueis, acho até que a própria equipe que o fez não negaria isso hoje se perguntassem.


Certo, agora a capa muito doida pode sim dizer algo sobre o jogo.Em 2005 saiu Devil May Cry 3: Dante's Awakening (o despertar de Dante) que contava a historia de como Dante se tornou um caçador de demonios.
Dante é um jovem e esquisito micro-empresário que quer mais do que tudo fundar sua humilde lojinha de assassinatos de demonios a domicílio, o problema é que exatamente nessa época, seu irmão gêmeo Vergil ressurge com a intenção de romper o selo que guarda todo o poder de seu pai Sparda a fim de tomá-lo para si. Logo depois da visita de um misterioso homem chamado Arkham, o protótipo de agência de Dante é atacado por vários demonios. Sua loja acaba caindo e Dante sai putão em busca de satisfações com seu irmão, que invocou uma torre gigantesca no meio da cidade chamada Tamen-Ni-Gru.
Basicamente essa é a introdução da trama, ela pode ser simples, mas com certeza é muito bem contada e diferente do seu antecessor, DMC 3 teve um elenco de personagens muito bem trabalhado. Claro que depois que Dante entra na torre a historia começa a se mostrar muito mais complexa do que realmente parece no início. Temos como principais chaves para o desenrolar da história: um Dante jovem e imprudente  que quer apenas evitar que seu irmão tome o poder se seu pai, Lady (apelido dado por Dante, seu verdadeiro nome é Mary) uma humana caçadora de demonios que se infiltra na torre para matar Vergil, Arkham, um misterioso homem que partilha das mesmas intenções de Vergil e obviamente o próprio Vergil, claramente muito mais poderoso que seu irmão, tem pensamentos egoístas voltados para o poder supremo que pode adquirir como herança.

Graficamente falando este é o mais bem feito para o Play Station 2, com uma riqueza de detalhes bem alta e ambientização excelente. O design do jogo é perfeito, desde a aparência de Dante e Vergil até os variados chefes que não só proporcionam uma boa diversão como também são interessantes.
A jogabilidade é considerada por muitos a melhor já feita, Dante agora pode usar estilos específicos em batalhas, mesmo que apenas um de cada vez.
* Trickster/Trapaceiro (foca em velocidade e esquiva);

* Swordmaster/Mestre Espadachim (foca em habilidade com a espada);

*Royalguard/Guarda Real (foca em defesa)

* Gunslinger/Pistoleiro (foca na habilidade de tiros), e posteriormente também;

* Quicksilver/...algo como Pensa Rápido... (para o tempo limitadamente quando ativado)

* Doppelganger/Alter Ego (ativa um clone que luta junto de Dante)
Todos os movimentos são assustadoramente fluídos, os combos dão aquela sensação gostosa de que a espada está realmente cortando pedaços (mesmo que não corte) e é estupidamente divertido retalhar inimigos! Mantendo a tradição, Dante ganha uma arma nova a cada Boss que derrota, e diferente dos dois anteriores, elas de fato fazem alguma diferença (com excessão da guitarra elétrica/foice) e como podem ser trocadas a qualquer momento (isso foi implementado no segundo jogo... que droga eu esqueci de falar isso)
os combos podem alcançar números bem mais altos.
A trilha sonora, como sempre consiste em maravilhosas músicas ambiente e horríveis composições para as lutas.
É engraçado ver que o Dante de mais ou menos 21 anos desse jogo é muito mais habilidoso do que o que aparece nos jogos anteriores, ele não causa tanto dano de uma só vez nos inimigos, mas tem ataques arrasadores e ainda por cima se diverte durante as batalhas, seja fazendo seus oponentes de skate ou surfando em um míssil.
As coreogr....... ......  ......
O CARA SURFA EM UM MÍSSIL! Imaginem minha cara quando vi isso pela primeira vez!
Como ia dizendo, as coreografias são tão fantásticas durante as cutscenes (in-game, vale ressaltar) e começamos a pensar que a Capcom atingiu um novo patamar em jogos de ação, o que não é uma mentira, pelo menos não completa. Quando você começa a terminar o jogo nas diversas dificuldades, assim como é uma tradição nos jogos da Capcom, novos "brindes" são destravados, entre eles temos alguns vídeos de como as coreografias dos personagens foram feitas usando atores reais com pontos de sensores em uma roupa especial, saltando com fios nas costas que os puxam para cima, e sinceramente aquilo é fenomenal pois tornou a ação surreal mas ao mesmo tempo realista e fluida.
O jogo foi um sucesso estrondoso e ganhou muitos novos fãs para a franquia, muitos o consideraram absolutamente melhor do que o primeiro e o mais desafiador de todos, ponto em que discordo, acho o primeiro terrivelmente difícil, não apenas isso, também considero um dos jogos mais difíceis que já joguei. Quer ter uma ideia? Se você colocar o primeiro no nível hard, vai ter uma porcentagem de chance de encontrar um sub-chefe toda vez que abre uma porta. Lembrando que existe um nível de dificuldade acima ainda.
Mas isso não muda o fato de que sim, DMC 3 é um jogo difícil pra cacete e a dificuldade Dante Must Die é simplesmente ridícula de tão difícil, pois o jogador tem um tempo estimado para matar os monstros que estão no nível hard, se ele não conseguir a tempo eles se regeneram e ficam três vezes mais resistentes e fortes (três vezes mais resistentes e fortes, ou seja, três ataques e você morre), sem dúvidas jogadores não-hardcore devem passar longe dessa dificuldade.
No final, Devil May Cry 3: Dante's Awakening é um excelente jogo que adiciona personagens bem legais a série, justifica a existência de um dos chefes do primeiro jogo e ainda mostra o passado de Dante e como ele decidiu dedica sua vida a matar monstros.
Se quiser pode ver um dos vídeos de coreografia em live-action do jogo logo abaixo, é bem divertido
    


E enfim chego no último Devil May Cry feito pela Capcom lançado em 2008, este que conseguiu uma ótima nota nas revistas e sites, mas que não trouxe quase nenhuma inovação para a franquia.
Nero é um rapaz que possui um braço de demonio e faz parte de uma ordem religiosa que segue os mesmos caminhos de Sparda com o intuito de eliminar o mal da Terra, mas os problemas começam a se formar quando um cara de sobretudo vermelho entra pelo teto, assassina o Papa que eles chamam de Sanctus e começa a retalhar com uma espada gigante os membros da ordem, Nero então decide tirar sua namoradinha Kyrie do salão antes que ela também seja retalhada e parte para enfrentar Dante (sim é o Dante, acho que ja tinha ficado bem claro né). Depois de uma falsa vitória, Dante deixa Nero no meio do combate para desaparecer por onde veio. Nero começa então a desconfiar que ele seja mais do que apenas um maníaco e sai pelo lugar em busca de respostas, principalmente para o surgimento de tantos demonios naquele lugar.

Só pela sinopse, ja percebemos que a trama tem muito para se descobrir, só que eu acho que o pessoal responsável pelo roteiro esqueceu de um detalhe: Dante não é mau, pode ser meio insensível as vezes mas nunca é mau, logo de cara ja conseguimos saber quem é vilão e quem é mocinho, Nero é inocente na historia toda então presumimos que ele cedo ou tarde se tornará amigo de Dante, isso é um tremendo fail e acaba tirando muito a graça, sem falar que o roteiro é bem fraquinho por si só.
Mas calma, eu tenho mais qualidades do que defeitos para ressaltar nesse jogo, a primeira delas é que os personagens são bem legais, como tem um elenco maior que no jogo anterior, é compreensível que nem todos sejam profundos, mas pelo menos parecem bem trabalhados. Um exemplo disso é a namorada de Nero, Kyrie. A guria tem a menor quantidade de falas do roteiro, é bonitinha e doce, mas não agrada muito. Se não fosse o amor incondicional de Nero por ela a maioria não se importaria se ela morresse.
Dante está muito parecido com o que foi mostrado em DMC 3, o que eu acho meio estranho, já que esse jogo vem depois do primeiro na ordem cronológica, ou seja ele deveria ser mais sério. Isso em si não é um problema, as cutscenes com ele são bem divertidas e sua luta com Nero no início é demais, mas a personalidade  de crianção o deixou com cara de ferramenta de roteiro, impressão essa que aumentou quando eu finalmente pude jogar com ele, já que você tem que voltar todas as fases de Nero e enfrentar os mesmos chefes, e mesmo que a experiência seja diferente ainda sim se torna maçante, Parece que colocaram o personagem apenas para os fãs irritantes pararem de chorar, tanto que seus movimentos são exatamente os mesmos de DMC 3.
A jogabilidade está ótima, como sempre, movimentos fluídos e ataques arrasadores, Nero se parece com Dante em vários aspectos, mas pessoalmente, gosto de jogar mais com ele. Isso porque Nero possui aquele braço demoniaco, é como se ele tivesse a força de um capeta fodão 24 horas por dia no seu braço direito, ele pega monstros com dez vezes ou mais o tamanho dele e bate eles no chão que nem o primo do Jerry fazia com o Tom e depois atira como se não fossem nada, o braço também se estica e puxa seus oponentes pra perto no melhor estilo Scorpion, os combos, diferente de Dante não são tão rápidos e nem machucam tanto os inimigos, mas atingem mais monstros de uma só vez, posso dizer que Nero é maus "brutal" do que Dante.
Quanto á aparência e personalidade, além do braço chamado de Devil Bringer, Nero possui uma espada customizada, e como eu me amarro em armas customizadas acabei adotando a espada como uma das minhas armas favoritas. Se a Gunblade sempre foi a arma que mais venerei, a RedQueen de Nero não fica muito atrás, pois ao invés de um revólver, sua espada é hibrida com um guidão de motocicleta.
Girando o cabo, uma espécie de combustível é liberado, a espada ronca romo uma moto e a lâmina brilha com uma energia avermelhada, isso aumenta a velocidade e o estrago que a arma faz. Mas pra mim acabou sendo um valor puramente estético, porque nunca achei conveniente parar no meio da luta pra "acelerar" a espada. E não me pergunte para que serve o freio.
Nero adota a personalidade de um jovem durão e sarcástico, sua atitude irreverente e seus poderes o tornam uma pessoa perigosa, principalmente quando decide descobrir qual é a real da ordem que segue e a de Dante. A única coisa chata sobre ele é que suas cutscenes são menos divertidas =/.
Os gráficos eram fenomenais pra época e são considerados muito bonitos hoje, mesmo que você esteja acostumado com gráficos atuais ainda vai se impressionar com os desse DMC a trilha sonora segue o mesmo padrão que citei anteriormente.
Mas agora eu vou falar dos porquês do jogo não ter conseguido ser um sucesso lucrativo como seu antecessor.
Primeiro que a mudança de console parece ter servido apenas para melhorar os gráficos, aquela conversa de que "time que está ganhando não se mexe" não cola aqui, console novo, tem que ter inovações, ideias novas e interessantes, esse jogo não só poderia ter se aguentado muito bem no Play Station 2 como também apresenta uma historia totalmente dispensável, porque acontecendo ou não ela não altera eventos futuros e nem sequer justifica feitos passados, um outro problema que vinha acontecendo com toda a franquia era sua identidade, Devil May Cry parecia que era formado apenas por seus personagens e sua jogabilidade, não temos nada que seja muito palpável no mundo do jogo (que aparentemente é fictício) e as influências orientais apenas estragaram tudo. Agora muitos fãs podem me criticar, mas eu nunca suportei aquele apelo de Tokusatsu que DMC sempre teve, desde a aparência de Sparda até o jeitão de anime dos personagens. Se você acompanha o blog sabe que eu adoro amines e mangás, mas acho que tem um limite para se incorporar isto. Quando eu joguei o primeiro, pensei que a série fosse manter aquele ar gótico e macabro até o final, me enganei, mas tudo bem porque adicionaram ação em dobro e tornaram os personagens mais intensos, mas ao mesmo tempo ia se tornando uma série de porradaria do que de fato um jogo com demonios. Pra piorar surgiu um anime horrível que continuava a trama do primeiro e fazia uma pequena ligação visual ao 4,nele temos um Dante sério, preguiçoso e viciado em Pizza e Sunday de Morango, agora imagine o Dante caminhando á luz do dia vestido a carácter, entrando um uma lanchonete e pedindo um SUNDAY DE MORANGO! Parece que ninguém percebeu que Dante só comia Pizzas porque ele não precisava de carboidratos para se manter forte, o sangue demoniaco já fazia esse serviço, logo pedir Pizza era bem fácil, o sabor era bom e ele pagava pouco, entendam como um detalhe pode fazer toda a diferença entre um personagem que vive matando e não se preocupa com coisas complexas como o que ele vai almoçar hoje e uma mera tentativa de mostrar ele como um "cara mau" que gosta de comer Sunday só pras pessoas terem uma ideia totalmente santa sobre ele. Não apenas isso, o anime fez questão de estragar muitas outras coisas sobre os jogos, mas não quero me aprofundar nisso, até porque... o anime funciona bem como... bem... como anime.
No quarto título eles elevaram tudo isso ao cubo, Devil May Cry 4 é tão colorido, brilhante e seus monstros são tão parecidos com inimigos de Final Fantasy que toda a seriedade e tensão do jogo se esvai, pra piorar Dante parece que foi colocado na historia só pra fazer "fodices".
A equipe de coreografia parece que nem sequer deu as caras dessa vez, diferente do título anterior, DMC 4 não tem nenhuma cena de luta memorável além dos rápidos confrontos entre Nero e Dante, todo o resto se resume a monstros novos fazendo pose e simples ataques com efeitos luminosos das lâminas atingindo seus inimigos.
E isso faz de Devil May Cry 4 um jogo ruim? Com certeza que não, pelo contrário, até quem nunca jogou antes pode se sentir atraído pelo game, mas o problema é que como um todo ele foi fraco demais para uma sequência, o que provavelmente desestimulou o pessoal da Capcom e principalmente o criador de Dante (Hideki Kamiya) a continuar com a franquia, o que levou este último citado a abandonar a empresa e ir criar Bayonetta para a Sega.




  

E agora (rufam os tambores) vou citar o novo Devil May Cry e o quanto a Ninja Theory estragou a franquia criando um jogo completamente ridículo e este Dante aviadado... só que NÃO.

O jogo ta LOCO! MUITO LOCO!! Tudo bem só saiu a demo ainda, mas ja tem como saber como vai ficar e... caramba, eu me lembro que quando vi a foto desse novo Dante em 2010 tive náuseas e me perguntei durante dois dia por que a Capcom havia feito aquilo com a franquia. A resposta está na crítica ao DMC 4.
Pra começo de conversa, a Ninja Theory fez um reboot do jogo, isso significa que eles pegaram a idéia principal, misturaram ela e recomeçaram a franquia colocando as coisas de forma diferente.
E antes de falar do novo Dante, vou falar do mundo do jogo.
Inferno, essa palavra no velho DMC com jeitão de anime remetia a uma dimensão paralela onde criaturas com visuais de tokusatsu andavam pra lá e pra cá enquanto diziam de forma pomposa como seres humanos eram vermes miseráveis e que mereciam ser esmagados. Inferno no novo DMC remete literalmente ao INFERNO, um mundo paralelo terrível, com criaturas grotescas, nojentas e boca-sujas que matam com requinte de crueldade qualquer ser vivo que encontram. O outro mundo se mescla ao nosso como uma cortina, Dante é um dos poucos a poder vê-lo, os demonios se escondem em diversas formas, entre elas câmeras de vigilância para poder nos espionar, reduzem a saúde das pessoas através de produtos porcarientos. Dante entra na historia como um adolescente rebelde e agressivo que caça estas criaturas e é quem pode impedir que elas assumam o controle. Logo no início, Dante é convidado por seu irmão Vergil (sim, aparentemente eles não tem rivalidade desta vez) para se juntar ao seu grupo de oposição á tentativa de controle mundial que os demonios sempre almejaram.
Só eu sinto um cheiro de reviravolta e traição no ar?
Pois bem, pelo que deu para perceber aqui, a série voltou a ter o bizarro como seu ponto de iniciativa, mesmo que não seja um jogo de terror ele ainda tem criaturas que parecem ter saído dos piores pesadelos, como eu só assisti a vídeos de gameplay acho que não posso afirmar nada sobre a jogabilidade, mas todos que jogaram afirmam que está mais fluída do que nos antigos e os combos logo de cara já são bem variados e estilosos, já fico imaginando com os upgrades, e... adivinha só! A trilha sonora das lutas é boa!
O novo Dante não agradou aos fãs de Devil May Cry clássico porque ele perdeu o que a nova série inteira perdeu em comparação com a original que é o apelo oriental. Nada nesse DMC se parece com anime, e eu nunca pensei que diria uma coisa dessas, mas eu fico não apenas aliviado como também muito feliz com esse reboot. Quanto ao protagonista não ter nada a ver com o original por causa de seu visual americanizado e sem toda a sua "fodeza" eu estou pouco me importando. A imagem clássica do Dante da Capcom nunca vai ser manchada pra mim, assim como esse novo Dante que faz parte de um universo mais sério, sombrio e decadente nunca vai me parecer um erro. Será que é tão difícil aceitar uma história que se passa em um universo paralelo? O Dante clássico nunca se encaixaria nesse novo jogo, o protagonista agora precisa ser foda, só que sem se parecer com um desenho. O curioso é que se esse fosse o primeiro jogo, ele já estaria sendo considerado por muitos o melhor lançamento de 2013, mas eu temo um pouco que a Ninja Theory acabe arcando com prejuízos por causa de fãs xiitas que vão ignorar esse lançamento mesmo que ele seja ótimo porque não querem jogar com um Dante que não seja o clássico.

Então pessoas, esta foi minha postagem especial sobre Devil May Cry, uma das séries de games que eu mais respeito e amo, espero que tenham gostado e que venha DMC 2013 \o/.












5 de nov. de 2012

Vendo os Mestres em Ação

ATENÇÃO!! Esta postagem foi atualizada, se você já leu ela saiba que eu esqueci um vídeo, se ainda não leu isso não vai fazer a menor diferença porque eu encaixei ele nessa escala


Como vão meus amigos?! Eu me sinto muito bem (não sei exatamente porque, mas logo logo passa).
A postagem de hoje contará com vídeos em ordem sequencial, ela será simples e mais dinâmica que de costume.

A Shonen Jump possui um número gigantesco de desenhistas de elite, estes são os abençoados Mangakás que conseguiram um lugar ao sol depois de tanto tentarem até que a editora finalmente lhes deu uma chance de escravizar suas almas na frente de uma prancheta e com a cara suja de nanquim.\o/ Eu serei o próximo!
       
Mas ja falei demais sobre isso não é?
Bisbilhotando no You Tube como de costume, eu achei alguns vídeos do que parece ser um evento que a Jump fez questão de dar as caras lá no Japão, com destaque (óbvio) para estes Mangakás de elite, os vídeos são bem curtos e cada um mostra um desenhista diferente fazendo algum trabalho autografado para um fã.
Eu vou comentar os vídeos e colocá-los aqui abaixo numa ordem decrescente, levando em conta apenas seu nível de traço, pois não tem como julgar suas séries em si, já que todas tem milhares de fãs com gostos diferentes.


Começo então com o melhor dos piores, literalmente. Eiichiro Oda é o autor de One Piece.
Francamente... eu adoro One Piece e acho que Oda é um dos melhores desenhistas atuais, o traço do cara é caricato e por causa disso muita gente acha que ele desenha mal, mas a verdade é que os desenhos dele são muito, mas muito criativos mesmo.
Ele ficou em último lugar aqui simplesmente porque o que eu vi nesse vídeo foi um ESCULACHO, mas não tenho que cobrar nada porque ele fez ao vivo e em questão de segundos. Para os fãs, o que importa é que no final temos um desenho do Luffy feito pelo Eiichiro Oda!


Certo. Agora, em penúltimo fica o atual mais famoso de todos, Masashi Kishimoto, o criador de Naruto.
Kishimoto tem um dos traços mais bonitos dos profissionais atuais, ele desenha personagens bem simples, mas com proporções bem mais distribuídas do que as que estamos acostumados a ver por aí, isso ajuda a reconhecer os desenhos dele de longe.
O busto do Naruto que ele desenhou nesse evento ficou muito massa, é impressionante a facilidade com que ele faz os traços (também, depois que se desenha o mesmo personagem por quase quinze anos acho que sua mão faz todo o trabalho como se fosse um tique-nervoso). Mesmo estando bem simples, ainda sim é um ótimo trabalho.


Quem diria que eu deixei escapar um vídeo xD. Este é de Mitsutoshi Shimabukuro, ele é criador de um Mangá do qual eu nunca ouvi falar, mas que está fazendo o maior sucesso lá no Japão, ele se chama Toriko. Uma olhadinha rápida na Wikipédia e eu descubro que o tema da revista dele é... CULINÁRIA. Tipo assim... caramba, quando eu penso que já vi Mangás Shonen de todos os tipos, descubro que existe um sobre culinária. Mas é claro que não é um negócio que nem o programa da Palmirinha, aparentemente a história dele é recheada de aventura e comédia, além de se passar em um mundo imaginário onde tudo tem algum sabor exótico. Deixei o vídeo nessa colocação porque achei bem merecida, assim como todos, Shimabukuro desenha com uma facilidade impressionante, e eu adorei a arte meio Old-School dele, quem sabe no futuro não falo sobre Toriko aqui no blog.



Agora, em segundo lugar, fica quem completa o trio lendário, Tite Kubo, criador de Bleach.
É curioso como os personagens de Kubo tendem a ser magrelos e algumas vezes esticados, me lembro que no início eu estranhei bastante o estilo dele, mas depois que me acostumei foi simplesmente o máximo, mesmo que destes três, Bleach seja o que eu menos curto, ainda sim confesso que já brisei muito nas lutas. Sem dúvida alguma, o autor mostrou muito bem seu talento no vídeo abaixo.


E em primeiro lugar, Takeshi Obata, desenhista dos três grandes sucessos: Hikaru no Go (do qual ele também é roteirista), Death Note e Bakuman.
Eu não tenho muito a falar dele, Obata sempre foi pra mim o melhor desenhista da Jump, e, ver o cara desenhar os dois protagonistas de Bakuman sem tremer ou deixar linhas soltas é muito legal, por isso, sua performance merece ficar em primeiro lugar nessa postagem. Lembrando que isso não quer dizer que ele seja melhor do que os outros acima, apenas que seu desenho foi o mais profissional de todos.




Então é isso meus caros. Com certeza poderiam ter muitos outros artistas aí, alguns da velha guarda também, mas já que só esses quatro receberam o destaque, é com eles que vamos nos contentar por enquanto. Até a próxima!  

26 de out. de 2012

Em Terra de Deuses, Humanos São Porcos

Decidi falar de um dos melhores trabalhos do Hayao Miyazaki hoje, este que provavelmente é o filme mais conhecido dele.

                                            SEN TO CHIHIRO NO KAMIKAKUSHI


A Viagem de Chihiro, como ficou conhecido por aqui e em Portugal ou Spirited Away (meu favorito) na versão em inglês, foi lançado no Japão em 2001 e ganhou o Oscar de melhor animação em 2003, e isso não é atoa, já que quando o assunto é animação o estúdio Ghibli simplesmente faz o melhor pra época.

Hayao Miyazaki ficou famoso por conseguir criar histórias que não precisavam contar com um apelo filosófico totalmente dramático para nos fazer crescer junto com seus personagens, conseguimos gostar deles apenas tendo uma pequena demonstração de seu caráter realista. O crescimento sempre faz parte de seus filmes e mangás também, tirando o tão aclamado Princesa Mononoke (do qual eu não consegui gostar) onde os personagens estão lá apenas para dar sentido a lição de moral do filme. Chihiro é mais um grande filme que nos leva a crescer junto com a protagonista.

Vamos a historia
Chihiro é uma guria de dez anos pessimista e medrosa que está se mudando contra a vontade com seus pais para uma nova cidade no interior.
Diferente da filha, os pais Akio e Yuko são pessoas empolgadas e extrovertidas, tendo que parar o carro ao chegar em frente a um túnel cuja entrada é bloqueada pela estátua de uma entidade oriental, a família segue a pé pelo escuro lugar até alcançar o que parece ser o interior de uma igreja abandonada, Chihiro está morrendo de medo e seus pais precisam convencê-la a continuar em frente com frequência. Além da construção a família se depara com um belo campo cheio de pedras salientes e casas abandonadas, e mesmo com a bela visão, a menina continua pessimista quanto ao lugar. Por fim, além de uma escadaria o que surge a diante é uma pequena vila feita do modo mais tradicional oriental possível, tudo no lugar parece intocado, mesmo que ainda deserto o tempo simplesmente não chegou lá.
Curiosamente todas as casas ao redor parecem restaurantes, com excessão do grande prédio que se estende na outra extremidade da rua. Os pais de Chihiro ficam encantados quando descobrem que em uma bancada próximo a eles tem um maravilhoso banquete, sem pensar muito a respeito da situação, os dois começam a comer com o pretexto de que vão pagar depois que os donos voltarem. Chateada com o comportamento dos pais, Chihiro se distancia deles e vai em direção ao grande prédio, quando ela está se aproximando da entrada um garoto surge apressado em sua direção gritando que ela deve deixar a cidadezinha antes do anoitecer, o que aparentemente será em poucos minutos.
Chihiro volta apressada para perto de seus pais apenas para descobrir, horrorizada, que eles se tornaram enormes porcos.
Depois de fugir do local, e tentar voltar pelo caminho por onde veio, a menina fica confusa ao ver que todo o lugar por onde ela e seus pais andaram pela tarde esta coberto de água, neste momento uma balsa trazendo a primeira leva de espíritos aporta na "ilha" e Chihiro mergulha em um pesadelo do qual nunca deveria estar vivendo.
Voltando para perto da cidade, Chihiro é encontrada pelo mesmo rapaz que a mandou fugir do lugar, ele se apresenta a ela como Haku e explica que aquele prédio grande no final da cidade é uma Casa de Banhos para deuses gerenciada por uma poderosa feiticeira chamada Yubaba, ela é tirana e não vai admitir a presença de Chihiro naquele lugar e para que ela consiga viver em paz ali antes de tudo precisa conseguir um emprego, desta forma nem mesmo Yubaba poderá fazer algum mal a ela.
Seguindo os conselhos de Haku, Chihiro ruma em direção a uma monstruosa escadaria ao ar livre que desce para os aposentos de Kamaji, uma entidade que tem a forma de um velho com quatro longos braços que podem se esticar a longas distancias, Kamaji trabalha coordenando uma fornalha que precisa ser aquecida a noite inteira para que a água dos clientes da casa de banhos fique sempre quentinha, ele também é responsável pelas válvulas de água, puxando as cordas certas para que as banheiras certas se encham andares acima.
Chihiro insiste para Kamaji lhe arrumar um trabalho, no entanto o velho espírito se recusa a arrumar um lugar para a garota pois todas as vagas estão preenchidas. Neste momento aparece Lin, uma jovem muito semelhante a um ser humano (e diga-se de passagem o mais perto de um que você pode ver nesse filme... além do Haku, é claro), e seguindo as ordens de Kamaji, leva a pequena Chihiro para um encontro com Yubaba.
Uma vez no escritório da velha bruxa, Chihiro começa a perceber o grande preconceito que os humanos sofrem dos seres de outras dimensões, Yubaba simplesmente odeia ela por causa da ação de seus pais, que agora aguardam na fila do abatedouro junto com outros que ousaram comer a comida dos deuses. Depois de falar demais (a maior especialidade de Chihiro), a velha perde a paciência rapidamente, pois tem que cuidar de um bebê gigante que nunca deve sair de seu quarto. Dessa forma, ai invés de ser castigada, a menina recebe um emprego de serviçal, e assim como todas as almas que trabalham para Yubaba, ela tem seu nome tomado pela feiticeira, que simplesmente guarda algumas sílabas para si e deixa apenas uma restante: "Sen" (as letras mudam seu som dependendo da ordem de colocação no dialeto japonês).
Sem se lembrar de seu verdadeiro nome, Chihiro, ou melhor... Sen perde sua liberdade e simplesmente passa a trabalhar para Yubaba, ela sofre com o preconceito das entidades que precisam dividir o ambiente com ela e aos poucos percebe que sua vida está acabada. Acabada até Haku voltar para ajudá-la, dizendo-lhe seu verdadeiro nome e a fazendo se lembrar que quem realmente é, desta forma Chihiro se vê livre do encanto da dona da casa de banhos.
Decidida a trazer seus pais de volta a forma humana e sair daquela dimensão, a garota encara problemas do qual jamais sonhou ter, adquire uma coragem além das próprias expectativas e principalmente, aprende a se preocupar com quem está ao seu redor...

É obvil que a historia passa lição de moral, ela fica tão na cara que nem precisa ser citada aqui. Mas como muitos sabem, Miyazaki não faz nenhum trabalho que não tente te apontar alguma coisa até o final, isso pode ser uma experiencia irritante e desnecessária como Mononoke ou uma bela crítica ao pessoal velho de espírito como no Castelo Andante do Howl (do qual eu já falei sobre). Felizmente o mesmo acontece em A Viagem de Chihiro, que consegue ter um roteiro que se sustenta até o final e nunca abre brechas para quem está vendo começar a questionar profundidade dos personagens.


O filme tem uma fluidez impressionante que não é vista somente na animação, tudo ganhou uma cara própria, a maioria dos cenários se assemelham a arquitetura feudal chinesa mesclada com referências da japonesa e é simplesmente muito bonito. Os personagens são bem construídos e logo de cara podemos perceber que escondem muitos mistérios. E... aproveitando que estou falando destes mistérios, vou fazer uma única crítica negativa ao filme, que é sobre o fato de certos personagens parecerem ter uma relação muito maior com o passado da protagonista e no final simplesmente tudo era muito menos complexo do que se imaginava. (ALERTA DE SPOILER ADIANTE): Os dois maiores exemplos disso são Haku e Sem Rosto. Eu juro que desde quando Haku disse para Chihiro que sentia que a conhecia ha muito tempo mas que não sabia porque e levando em conta o quanto eles se tornam íntimos tão rápido eu pensei que ele era algo como um irmão mais velho da garota que morreu afogado (por conta dos flashes de memória de Chihiro) quando ela era pequena demais para se lembrar de alguma coisa e os pais preferiram esquecer o fato para não sofrerem mais e para que a menina crescesse sem traumas. Mas a verdade é que Haku simplesmente salvou Chihiro de um afogamento quando ela era muito pequena, ela simplesmente caiu em cima dele enquanto ele descansava no fundo do rio na forma de dragão. Com certeza a visão que eu imaginei da historia é bem mais tensa, porém podemos levar em conta que algo do tipo não teria um peso suficiente para ser descartado da trama.(ACABAM OS SPOILERS AQUI)


Uma das coisas que mais me chamou a atenção, de fato foi que nenhum personagem é vilão, isso também acontece em vários outros trabalhos de Miyazaki, porém não de uma forma tão legal quanto essa, no princípio, Haku retrata Yubaba como uma velha terrível e maldosa e diz que Chihiro não deve cair nas mãos dela antes de conseguir um emprego, no entanto é a própria Yubaba quem decide no final das contas colocar a garota pra trabalhar na casa de banhos, é claro que ela faz coisas cruéis com o passar da historia, mas temos que levar em conta que ela é uma entidade com muito provavelmente séculos de existência nas costas, logo seu comportamento não admite falhas eu deslizes e nem sequer podemos cobrar um comportamento humano da parte dela. Mas não apenas Yubaba, como quase todos os personagens da história aparentam ser maus no princípio e com o passar do tempo vamos nos acostumando com eles.

A mudança no comportamento de Chihiro com o desenrolar do filme com certeza é o que mais satisfez o público, claro que de certa forma é um pouco estranho ela virar uma heroína valente de uma hora pra outra sem nem ao menos exitar antes de fazer as primeiras loucuras, mas confesso que é bem legal ver uma menina que até alguns dias tinha medo do escuro caminhar em uma calha velha suspensa á vários metros prestes a se soltar para salvar seu namorado/dragão-coisa-lobo/guardião/feiticeiro de levar um chute direto para o inferno dado por sua patroa... que aparentemente não acha grande coisa o fato de ter um DRAGÃO como servo.

Então é isso meus caros, eu espero que tenham gostado desse post, é meio estranho falar desse filme como se ele fosse novo, mas é a melhor forma de se falar sobre ele, para quem já conhece (que provavelmente é a maioria esmagadora) essa é mais uma análise positiva (claro que positiva, não costumo falar de coisas que não gosto) e para quem não viu fica uma ótima recomendação para um fim-de-semana.

Como de costume, deixo o trailer aqui abaixo:




E agora uma notícia sobre o blog:
O Lucas, que até então tinha desaparecido, mas que voltou recentemente me perguntou se eu gostaria que além das postagem corriqueiras ele fizesse posts com histórias escritas por ele mesmo.
Há um bom tempo atrás eu fiz uma votação aqui apontando algumas coisas que poderiam ser adicionadas ao Guardião, a votação foi um fiasco, mas o que eu quero ressaltar aqui é que entre os tópicos tinha a opção "contos". Então, posso dizer que isso apenas foi adiado.
Para o pessoal que curte uma boa leitura isso pode se tornar um ótimo passatempo, já que as historias serão divididas por capítulos que vão durar quantos posts forem necessários.





22 de out. de 2012

Agora é hora de?

   Cara, quanto tempo eu não posto nada, crise de inspiração tava meio tensa ultimamente. Enfim, ninguém está aqui pra ouvir falar dos meu problemas ínfimos, vamos falar de uma coisa beeeem mais interessante. Ela se chama: "O desenho que veio para salvar a cartoon network de se destruir completamente"... Ok, esse não é o nome verdadeiro dele, mas digo isso porque nos últimos anos eu vejo tanto desenho ruim na cartoon que tudo o que posso fazer é lamentar de como a época de ouro dela se foi. (Não tenho tooncast na minha tv).


   Enfim, o desenho está fazendo bastante sucesso ultimamente e se chama Hora de Aventura. Conta a história de Finn, que é o único humano vivo em um mundo pós-apocalíptico devido um evento chamado Guerra dos Cogumelos chamado Terra de Ooo que mora com seu amigo, o cachorro Jake. Jake tem poderes e fala. Sim, isso mesmo. É um desenho animado caramba, o que você esperava?
   Pelo que mostrou até agora, Finn é o único humano vivo, dividindo Ooo com várias criaturas peculiares, como ogros, lobisomens, doces falantes e vários tipos de princesas diferentes. Como todo bom desenho animado, existe um vilão. Este é Rei Gelado que é praticamente um mago solitário e sociopata que mora no Reino gelado com seus pinguins. Este gosta de capturar princesas forçando-as a se casar com ele. Cabe a Finn e Jake, nossos heróis, resgatá-las. 
   Até aí você fica se imaginando o que esse desenho tem de tão especial. Eu respondo: Muitas coisas. Diferente de vários desenhos de hoje, Hora de Aventura consegue ser bobo e engraçado ao mesmo tempo, além de possuir histórias bem boladas que podem afetar episódios futuros e ainda por cima nos surpreende com episódios que mesclam terror e drama. 
   Outro fato interessante, foi que Hora de Aventura desenvolveu um tipo "Cult following" após ficar famoso entre adolescentes e adultos. Acho que isso se deve ao fato do aspecto que eu citei acima. Realmente, alguns episódios surpreendem por possuir assuntos em que você sempre pensa: "Isso não é exatamente recomendado pra crianças."
   Outra coisa que tenho que comentar que foi um alívio para minha visão. O desenho possui traços lindos, originais e detalhados. Diferente desses desenhos modernos que o uso de CG e formas geométricas deixam tudo parecendo amador ou que foi desenhado por uma criança de dez anos (Phineas e Ferb coff coff). Tá aqui a casa deles como exemplo:    


   Bem legal, não é? Agora vamos falar dos personagens. Hora de Aventura possui uma coleção bem... diferente. Vamos começar pelo o primeiro amor de Finn (que não deu certo pela diferença de idade =(, que pena) a Princesa Jujuba: Uma mistura de DNA humano e goma de mascar, (Sim, o nome dela é princesa Jujuba mesmo, mas no original é Bubblegum, que quer dizer goma de mascar. Idiota, eu sei.)  Jujuba comanda o reino doce e sempre conta com Finn quando o reino está em perigo. Ela é famosa por ser uma cientista muito inteligente que pode ser um pouco imprudente com suas experiências. Temos Marceline que é uma vampira que só se alimenta da cor vermelha e uma das melhores amigas de Finn e Jake (minha personagem favorita =D). Lady Íris é uma Íriscórnio (metade arco-íris, metade unicórnio) que fala coreano e é a namorada de Jake. Curiosamente, humano é a comida predileta da raça dela. Outro bem importante, pelo menos nessa última temporada é a Pricesa de Fogo, a atual namorada de Finn. É claro que há muitos outros, mas não quero prolongar o post demais.  

   Se eu tenho mais alguma coisa a dizer é: Assistam. O desenho está na quarta temporada atualmente e já está marcado por enquanto para continuar até a sexta. É praticamente o único desenho que eu vi na cartoon que consegue prender a atenção ao longo dos episódios de várias maneiras diferentes. Conseguindo deixar você meio perturbado pelas suas bizarrices e emocionado com suas envolventes histórias. Aqui, deixo vocês com esse caracol que aparece acenando escondido em algum canto em praticamente todos os episódios 







8 de out. de 2012

1° Aniversário do Blog!

Eu não me lembrava e nem sequer poderia imaginar que HOJE seria aniversário do Guardião, essa postagem é só um lembrete, todo dia 08 de Outubro eu vou fazer uma dessas.
Quem diria, o blog já tem um ano. 
O número de visualizações de páginas é consideravelmente alto, tenho 7 seguidores, um escritor convidado e mais de 60 postagens publicadas. É um bom progresso.

                    OBRIGADO LEITORES! AUGUSTO AGRADECE VOCÊS E DESEJA VIDA                                        
                                                             LONGA AO BLOG!

7 de out. de 2012

Neo-Tóquio Está Prestes a E.X.P.L.O.D.I.R

Olá, como vão vocês?
Umas férias do blog, das pessoas e das preocupações e tudo se resolveu pra mim... não... mentira... mas eu agora tenho paciência pra escrever de novo ^ ^.

Nos últimos meses eu descobri duas coisas muito legais, uma delas é o famigerado Gangnam Style, do qual todo mundo já viu o vídeo, já cantou (ou não) e provavelmente já tentou dançar (ou não), enquanto a outra já foi citada na postagem anterior cheia de bla bla blás que eu fiz (mas que não me arrependo) que é AKIRA.

Sim, AKIRA finalmente ganha vez aqui no blog, e se você não tem a menor ideia do que seja essa obra não se preocupe, porque eu pretendo falar tudo o que sei sobre o mangá e o filme em animação, ambos concebidos pelo grande-todo-poderoso-mestre Katsuhiro Otomo (do qual eu comecei a pagar pau assim que li as primeiras páginas do mangá).

Antes de mais nada, eu não terminei de ler o mangá, isso porque ele tem mais de 2000 páginas e eu percebi que essa postagem não sairia nunca se eu fosse esperar minha leitura terminar, porém eu já passei bem da metade da história e conheço o bastante para fazer uma matéria bem elaborada e sem spoilers (em excesso).


AKIRA foi um marco na história dos mangás, da ficção científica, dos desenhos e da animação. Todos os méritos em um período de tempo relativamente curto pois a franquia ia quebrando tabus e records a cada passo que dava e ainda hoje é considerada uma das maiores obras literárias do mundo.

Mas por que tanta coisa assim?
É bem simples, a história trata de um assunto até bem explorado nos dias de hoje que é o próximo passo da evolução humana, no entanto nenhuma outra história mostrou isso de forma tão tensa e bizarra quanto AKIRA.

Trama:
Toda a historia se passa em 2019 em uma cidade chamada Neo-Tóquio, erguida depois que a Tóquio original foi destruída na III Guerra Mundial por conta de uma explosão colossal que a mandou inteira pelos ares, deixando apenas uma cratera de proporções épicas no local.
Kaneda Shotaro é um Cyber Punk líder de uma temida gangue de motoqueiros, que com sua super-ultra- foda moto modificada mete o terror em Neo-Tóquio, principalmente quando estão perseguindo o bando dos Palhaços (tão ou mais temidos quanto eles). Tetsuo Shima é um dos membros do grupo de Kaneda e melhor amigo do líder, durante um rolê até a cratera do que um dia foi Tóquio (todos acreditam que aquele foi o lugar onde a bomba que deu final a guerra atingiu), os garotos  observam o fim do caminho e decidem voltar ás pressas pela estrada principal porque naquele espaço não restou nada de interessante e o clima que circunda o local causa calafrios de morte, no meio do percurso, Tetsuo acaba atropelando uma criança que cruza seu caminho, no entanto o garotinho sai ileso e a moto de Tetsuo explode. Antes de bater ele lembra apenas de perceber que o menino tinha um número 26 tatuado na palma da mão direita.
Momentos depois surgem alguns soldados no local, o garoto misterioso que além de Tetsuo, só Kaneda viu desaparece e logo depois os homens levam Tetsuo com eles.
Durante algum tempo, Kaneda e o resto da turma ficam preocupados com o amigo, ao ver de repente o mesmo garoto que causou o acidente de Tetsuo, Kaneda decide seguí-lo para acertar as contas e se mete em uma grande encrenca envolvendo um grupo de rebeldes liderado por um homem chamado Ryo e sua "irmã" Kei e um pessoal do governo liderado por um estranho coronel, ambos também estão atrás do menino, que de alguma forma tem a pele toda enrugada como a de um velho e em certos momentos demonstra ter algum tipo de poder tele-cinético.
Kaneda finalmente sai com vida das perseguições e dos tiroteios, e, como prêmio consegue roubar uma pílula estranha que ele identifica como algum tipo novo de droga inventada pelo governo para aquele garoto de pele enrugada, ele a leva para uma garota que trabalha de auxiliar de enfermeira em sua escola e a pede para analisar o comprimido. Depois de criar certas teorias sobre os acontecimentos da noite passada, Kaneda é avisado de que Tetsuo finalmente voltou, mais estranho, porém afirmando que está bem. Para festejar o retorno do amigo, Kaneda propõe uma festa mesmo com Tetsuo dizendo que deve voltar ao hospital de onde saiu.
Quando volta a enfermaria para pegar um saquinho de drogas com sua namoradinha enfermeira, a menina pergunta onde Kaneda conseguiu aquela pílula que a entregou pela tarde, pois ela tem uma composição nunca vista antes, capaz de matar qualquer um que a ingira.
Durante a "festinha" de motoqueiros, a gangue dos Palhaços ataca e um grupo acaba pegando Tetsuo, um sujeito o derruba da moto e logo depois foge junto de sua galera quando o resto do pessoal do Kaneda aparece, um dos caras é pego e Tetsuo começa a espancá-lo com a intenção de matar. Kaneda e Tetsuo discutem.
No dia seguinte, na escola o mesmo coronel que causou tantos problemas para Kaneda na noite retrasada aparece a procura de Tetsuo, que é tirado de sua sala para comparecer na diretoria, logo o "hospital" que o rapaz mencionou era na verdade um laboratório de pesquisas do governo.
Ao virar um corredor, Kaneda vê o general e seus homens andando com Tetsuo em direção a saída, ao ver o general, Kaneda sai em disparada começando uma nova perseguição, enquanto Tetsuo é levado de volta para o laboratório para continuar com uma estranha bateria de exames, Kaneda procura chegar próximo a fonte de uma explosão e se encontra de novo com o grupo de oposição ao governo e depois de algumas discussões consegue o direito de fugir com eles (tentando assim conseguir alguma informação).
Durante a noite, Tetsuo começa a sofrer de terríveis dores de cabeça, e aos poucos seu raciocínio vai decaindo até o ponto em que ele simplesmente sai de sua sala e mata um guarda rasgando-o ao meio com tele-cinese, fugindo logo depois. Além de Tetsuo existem mais três pessoas naquele lugar que desenvolveram o mesmo tipo de poder, porém em escalas menores, elas se parecem com crianças, porém enrugadas por causa do efeito das drogas que eram usadas para inibir a evolução constante de suas habilidades e também para curar as intensas dores de cabeça causadas pela potencia de sua tele-cinese, estas crianças são Masaru(número 27), Kiyoko(número 25) e o menino que causou o acidente de Tetsuo, Takashi(número 26), Tetsuo acaba sendo considerado o número 41.
Uma vez livre, com dores de cabeça insuportáveis, com sua sanidade diminuindo cada vez mais e desenvolvendo poderes psíquicos impressionantes, Tetsuo começa a se tornar alguém terrivelmente perigoso, principalmente depois que descobre que não é o primeiro a ameaçar a segurança de uma cidade inteira e consequentemente do mundo, não antes... do lendário Akira.


Durante vários momentos a historia passa pelos nossos olhos como um filme, levando em conta agora a parte técnica do mangá, Katsuhiro Otomo conseguiu se destacar como um profissional único do gênero, seus desenhos simplesmente são lindos, os personagens fogem de qualquer padrão que se conhece sobre mangás, algumas vezes parecem caricatos, mas isso apenas deixa suas expressões mais bem trabalhadas. Todo o jogo de luz e sombra é invejável, o nível de detalhismo das páginas deixa qualquer um de queixo caído (o cara ilustra a mão uma cidade inteira vista de cima, acidentes de carros onde  podemos ver desde o vidro até o motor e o banco do carro se destroçando, a parte de dentro de muitos edifícios entre outras coisas mais variadas), como eu disse antes, a expressão dos personagens é muito boa, o interessante é que eles são muito simples, seus rostos, cabelos e olhos são desenhados de forma bem parecidas (com excessão dos personagens velhos), o que dificulta um pouco para diferenciar no início homens de mulheres.

A forma como a trama é contada nos envolve de maneira bem mágica, algumas vezes ela se mostra meio cansativa por ter muitas perseguições, tiroteios e explosões, mas tudo acaba sendo compensado com uma ou duas cenas de batalhas e diálogos reveladores que mudam toda a visão da história.

Todos os personagens (que conseguem ficar vivos pelo menos) acabam crescendo com o passar do tempo, não só fisicamente, mas sua forma de comportamento, vemos personagens covardes se tornando corajosos, heróis se tornando vilões, "uma garota que queria apenas sobreviver se tornando uma heroína durona", o punk que pensava apenas em si mesmo demonstrando que pode ser leal com os amigos em momentos críticos e assim por diante. Cada personagem desenvolve características sutis ao longo do roteiro que uma hora ou outra paramos para pensar e vemos o quanto eles estão diferentes (geralmente com a mesma meta, porém diferentes).

Toda a ambientização do mangá é convincente. Tudo bem, 2019 não vai ser assim de jeito nenhum, porém o que eu quero dizer é que a tecnologia parece de fato funcionar, não é como se tudo estivesse lá para enfeite (mesmo que esteja). Mas temos que levar em conta que AKIRA foi escrito em 1982 e só foi terminar em 1990, nessa época tinha gente que pensava que nos anos 2000 os carros já flutuariam, Otomo ousou ao criar um futuro onde a maioria das coisas não pareceu ter exatamente evoluído mas sim ganhado um novo visual, uma performance melhor, a moto de Kaneda é um bom exemplo, ela é bem futurista, mas as motos do resto do pessoal da sua gangue parecem bem normais, no filme é dada a desculpa de que ele "customizou" ela para ser usada direito apenas por ele, enquanto que no mangá nunca foi explicado porque a moto de Kaneda era tão diferente, mesmo que em ambos o personagem tenha um grande xodó por ela.

AKIRA faz algumas alusões as coisas que de fato vivemos na nossa realidade, o curioso é que a obra não tem um conteúdo filosófico sofisticado e muito menos super profundo, algumas coisas são postas em jogo como o fato de que o homem se importa mais com seu status e glória do que de fato usufruir de novos conhecimentos e que por conta disso deixa de dar importância a coisas pequenas mas que já poderiam ser consideradas fascinantes. Depois de um tempo de leitura (ok... depois de muito tempo) começamos a nos perguntar se os personagens estão realmente exercendo seu devido papel na trama, pois de fato ninguém é bonzinho na historia, mas mesmo assim ambos os personagens tem suas próprias justificativas para se intrometer em um assunto tão delicado quanto aquele, seja algo particular ou um dever abrangente como salvar o Japão e o mundo.

A realidade vivida pelos personagens é bem crua, Neo-Tóquio é um lugar perigoso, sujo e muito estranho, as drogas imperam, sempre aparecendo como as famosas cápsulas de cor vermelho e branco (ou seria amarelo? Não me lembro), os personagens que compõem a gangue de Kaneda não as usam como uma válvula de escape porque suas vidas em si já são uma válvula de escape, as drogas apenas intensificam isso


E depois exercem um papel ainda maior quando passam ser a válvula de escape para as dores de Tetsuo.


Falando agora sobre o filme.
O filme foi feito em 88, dirigido pelo próprio autor do mangá, conseguiu se tornar um épico mundial, foi transmitido aqui no Brasil pela Locomotion e posteriormente pela Band, ambos com dublagens diferentes, atualmente eu não sei se a TV a cabo o exibe.
A questão é que mesmo eu assistindo ao filme e achando ele muito bom, tive que considerar que foi muito mais do que uma versão "reduzida" do mangá, o filme AKIRA é praticamente uma recontagem da mesma historia, muito, mas MUITO mais simples, com um apelo sentimental e psicológico mais bem explorado e uma mudança radical no comportamento e personalidade de cada personagem. Kaneda ja começa como um rapaz mais heroico e menos retardado, Kei é praticamente a donzela em perigo, Akira não existe mais (COMO ASIIIIIIIIIIIM!!!?), Lady Miyako é apenas um fanático religioso que se parece com ela, Tetsuo sempre quis a moto do Kaneda ...,...,... etc.
E mesmo assim a animação é uma das melhores que eu já vi, como um filme de 1988 podia ter uma animação tão fluida? Contar uma história tão séria e sangrenta?
Não é atoa que consideraram tanto o trabalho AKIRA como um todo uma das maiores obras cinematográficas e quadrinizadas de todos os tempos.

Ok pessoas, acho que a postagem está chegando ao fim, mas antes eu ainda tenho uma surpresa aqui.
O filme AKIRA está disponível no You Tube.
O que eu encontrei foi postado por XNerdBr, então todos os créditos pelo upload do filme vão para esta pessoa. Se não me engano a dublagem usada é a da Band, ela não é das melhores mas tem seus momentos.
Eu vou postar o filme aqui, ele está completo e tem 2hrs e 17 min, é um filme relativamente longo, mas eu garanto que vale a pena, para quem assistir e gostar eu aconselho a ler o mangá quando tiver a chance, ele vai muito mais além da animação. Não recomendo se você tiver menos de 16 anos e nem se for do tipo que se impressiona fácil.




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