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26 de out. de 2013

Top 5 - Mídias Populares Supervalorizadas

Hoje é dia de Top! Então preparem-se para ficarem putos comigo e para ver sua série/livro/game favorito aqui e espumar de raiva :D

Mas antes de começar, o que é supervalorização?
É quando alguma coisa ou até mesmo alguém é posto em um pedestal de valorização, recebendo uma aclamação muito maior do que de fato deveria receber por conta de estar na moda ou por ter adquirido alguma fama de "intocável".

Então vamos a lista, lembrando que não é porque eu considero algumas coisas aqui supervalorizadas isso signifique que eu não goste delas.

                                                                      5° Lugar:
Pokémons são adoráveis, todo mundo sabe disso, principalmente aquele nerd que coleciona fitas desde o Game Boy clássico e um dia vai mostrar com muito orgulho para o seu pimpolho como a série não mudou em praticamente nada desde 1996. Mas e os outros? Já percebeu que o que resta é o público que apenas defende Pokémon cegamente só porque se simpatiza com essas criaturinhas ou o resto do pessoal que se pergunta frequentemente: Por que essa porra não inova?
É óbvio que a resposta é simples, assim como o 3° lugar dessa lista, Pokémon é uma fonte inesgotável de dinheiro, é potencialmente ilimitada até, a Nintendo consegue se sustentar com mais do mesmo desde que foi criada (eu admiro muito isso, ao mesmo tempo detesto, mas também já me diverti muito com os clássicos então não posso dizer que a Nintendo é uma vadia), a base de fãs de Pokémon é muito vasta, e por mais que a franquia esteja desgastada, vamos ter colecionadores e supervalorizadores enriquecendo os cofres da Nintendo e da Game Freak porque "Pokémon é sagrado". 


                                                                    4° Lugar
Ok ok, eu sei que é comum hoje em dia todo mundo descer a lenha em RE, mas uma das coisas que eu mais vejo também são comentários do tipo "a Capcom devia voltar a fazer RE como antigamente, aquilo sim era jogo de terror".
Ah sério.... isso não é nenhuma brincadeira por parte dos velhos fãs? Quando Resident Evil saiu, ele era um divisor de águas no gênero do terror em jogos, ele tinha gráficos, trilha sonora e terror muito acima do esperado, quando saiu Silent Hill um novo padrão de terror surgiu e não importa o quanto alguém goste mais de RE do que de SH, este segundo sempre vai dar mais medo. Mas a questão é que muitas coisas boas foram sendo aproveitadas em Resident, todo mundo adora o 1, 2 e 3, mesmo que eles só deem alguns sustos hoje em dia. Mas diferente do terror nos cinemas, nos jogos o processo de qualidade parece inverso, enquanto Hollywood sofre com filmes de horror que mais parecem blockbusters, temos games cada vez mais realistas e perturbadores saindo. Agora me responda, como tornar Resident Evil um game de terror em 3ª pessoa de novo vai fazer dele algo melhor do que Outlast? O único motivo pelo qual MUITAS pessoas jogariam é porque... porque é Resident Evil... é por causa do nome da franquia, que já devia ter acabado à muito tempo com o 4° título, mas esse nome (ou Biohazard) sempre será supervalorizado, por exemplo, veja o sucesso que os filmes ridículos conquistaram.

                                  
                                                                           3° Lugar
No Japão, a meritocracia é levada muito a sério, o que faz de Masami Kurumada um monstro.
É curioso o fato de que ele zerou a vida apenas por criar CDZ, seus desenhos são feios e suas historias são entupidas de valores morais, praticamente nenhum mangá do Kurumada foi um estouro, mas só o fato de ele render milhões a Shonen Jump todo ano com a revenda de Cavaleiros faz dele um dos mangakás mais importantes de todos os tempos, não importa o quanto o mercado esteja saturado de produtos do Seiya e sua turma, sempre tem lugar para mais, e mais e mais e mais e mais and over and over and over again.
E sabe porque isso acontece? É uma mistura de certos detalhes que indiretamente tornam as coisas a favor dessa franquia. Uma delas é o apelo de colecionador, sim aquela vontade que você tem de estar mais próximo da obra que você tanto admira, e olha só... tem uma caralhada de cavaleiros diferentes representando constelações diferentes com armaduras diferentes, cor de cabelo diferentes e muitos com condutas diferentes, todo mundo tem o seu preferido e aposta alto nele. Assim como Pokémon, CDZ é potencialmente ilimitado e pode viver para sempre com a certeza de que seus fãs ou simpatizantes vão consumir mais do mesmo sem se importar com isso pois o fato de ser uma franquia antiga automaticamente a torna melhor do que todas as porcarias que lançam hoje em dia.  


                                                                        2° Lugar
HA! Eu acho que to pedindo pra ser apedrejado!
O que o Tolkien e o Lovecraft tem em comum?
Ambos criaram livros de sucesso que são mais divertidos de serem debatidos do que lidos.
Se não fosse pelos filmes do Peter Jackson, a saga do anel seria apenas uma série de livros muito famosa, mas agora ela é uma franquia arrasadora que nunca vai sair de nossos corações e almas, passando por gerações e inspirando novos autores que poderão, com muito esforço tentar chegar aos pés de J.R.R. Tolkien.
O problema disso é que O Senhor dos Anéis é um exemplo de como você não deve escrever um livro hoje em dia. Eu diria que 4/10 de toda a população que leu essa saga fez isso porque constava em seu currículo nerd, e não porque realmente acharam que seria uma experiencia que valeria o esforço. 
O primeiro livro da saga saiu em 1954, e naquela época era comum os livros serem extremamente cultos e enjoativos, curiosamente com pouca informação sobre o que realmente interessa.
A Terra Média é uma das invenções literárias mais grandiosas que eu conheço, Tolkien criou muitas coisas que enriquecem esse mundo como pucos que eu poderia imaginar, mas além disso... o que é que tem em LotR que o torna tão único entre os demais livros? Seria o fato de ter ganhado 3 filmes de puro sucesso? Acho que não né... bobagem... todos sabemos que uma simples historia do bem vencendo o mal é o que torna essa saga tão épica!


                                                                        1° Lugar

E enfim chegamos ao primeiro colocado deste top!
Dragon Ball Z era o meu desenho preferido quando eu era criança e eu cresci tendo ele como uma das coisas mais legais que eu já vi na TV.
Mas então eu percebi, que DBZ é a mídia mais supervalorizada de todos os tempos e independente de eu considerá-lo ou não uma desenho ruim (o que não é o assunto do post) é assustador o amor exagerado que muitos dedicam a ele.
Certo, começando com o fato de que Akira Toriyama sempre gostou de escrever historias com humor e fantasia, DBZ não fazia parte de seus planos inicialmente, tanto que era impossível deduzir que Goku era um alienígena na série clássica, simplesmente porque ele não era, não precisava de uma explicação pra sua cauda ou para as transformações em Oozaru, mas então veio o sucesso, e Toriyama decidiu exagerar tudo.
Mas a verdade é que DBZ ainda é cômico em vários aspectos e as vezes se parece com uma paródia, cheia de explicações que não fazem sentido nem mesmo na trama e clichês internos.
O problema disso é que os fãs (TODOS!) levam DBZ a sério, totalmente a sério, acham de fato que Goku é o melhor protagonista que um anime ja teve, mesmo que ele não faça nada além de lutar e seja burro como uma porta, comparam os personagens da série com os de outros desenhos e dizem que estes são melhores por serem mais fortes e não admitem que alguém não goste de DBZ, dizendo que é um anime de macho.
Eu penso que uma parcela dos fãs dessa série fazem parecer que os amantes de Dragon Ball são trogloditas sem educação, detalhe que não me incomodaria nem um pouco se eu não tivesse que lidar com posts estúpidos no Facebook sobre como Dragon Ball Z é o melhor e ponto final.
E por essas e outras, eu o considero a mídia popular mais supervalorizada da atualidade.


Caso você discorde de alguma colocação (ou de todas) ou concorde, deixe um comentário, como sempre, comentários ofensivos ou sem base de argumento serão apagados.    







                        





3 de out. de 2013

O Mundo Perdido (1998) - Encontrar o Platô é Mais Fácil do que o Filme

Olá vocês, tudo bem? Esses dias me lembrei que quando era criança eu costumava alugar um VHS com uma certa frequência, tratava-se de um filme B chamado Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World, ou apenas conhecido como O Mundo Perdido.



Quem assistiu a série homônima que passava na Record pode estar se perguntando se não falo da mesma obra (principalmente porquê ambos tem o mesmo professor Summerlee). Mas eu realmente me refiro a um dos vários filmes que o livro do Conan Doyle recebeu.
Eu poderia falar de muitas outras coisas mais famosas relacionadas ao Mundo Perdido, mas quero ressaltar que esse filme tem um valor muito grande pra mim, ele tem péssimos efeitos especiais, atuações simplórias e uma história que parece faltar alguma coisa, mas mesmo assim eu gosto demais dele, era um dos meus filmes de dinossauros preferidos, talvez por ter um ar mais sinistro que os outros do gênero.

Vamos ao roteiro:
Maple White era um cientista (eu acho) que depois de meses de viagens e pesquisas duras finalmente descobriu a localização de um planalto que fica nas geladas terras mongóis, a muralha natural do lugar de dificílimo acesso foi explorada pelo homem e seu companheiro nativo, e, não tardando muito Maple encontrou o que parecia ser um ovo de Pterodáctilo, mas durante sua comemoração enquanto ouvia música clássica no gramofone e ignorava seu amigo temeroso um bando de morcegos pré-históricos acordaram e os atacaram, Maple caiu do planalto e sobreviveu por algum tempo depois, mas só o suficiente  para ter uma última conversa com seu amigo George Edward Challenger, e despertar-lhe uma obsessão pelo lendário elo perdido.
Challenger então retorna para a Inglaterra e mesmo se tornando alvo de chacota insiste na existência do planalto e de seus habitantes preservados no tempo, durante uma conferência ele termina propondo uma expedição até a Mongólia novamente, nesta expedição estão presentes o caçador John Roxton, o jornalista Edward Malone, o antropologo Arthur Summerlee e a filha de Maple, Amanda White.

Todo o começo do filme segue com uma boa fidelidade ao livro original, os personagens e seus motivos são os mesmos, a primeira personagem inventada na expedição é Amanda, assim como a Marguerite Krux do seriado, elas existem apenas nessas mídias e não existe nenhuma menção sobre ambas no livro (o que poderia fazer alguma diferença, já que o livro é chato pra cacete). A segunda acompanhante do grupo que foi inventada pra história é a Djena, uma garota mongol que mais tarde acaba virando a paquera de Malone, diferente da Veronica do seriado, Djena é bem inútil e só serve pra ser atacada e desmaiar logo depois, mas isso não a torna uma personagem irritante, ela só não é uma loira selvagem que anda semi-nua e senta porrada nos dinos.
Mas por quê eu estou comparando o filme com a série de 1999?  
Porque ele serviu de inspiração pra mesma, até mesmo o nome do Conan Doyle no título, mas a questão é que esse filme só passou na TV e depois foi publicado em VHS, ele não tem nem 1/30 da fama que o seriado que veio depois dele ganhou, o que o faz uma raridade.

Depois que os personagens chegam na Mongólia, as coisas começam a seguir seu rumo próprio para o filme, começando que, essa é a única adaptação do livro em que o platô não fica no Brasil escondido na Floresta Amazônica.
Os habitantes da região são Neandertais, uma tribo de humanoides extremamente agressiva e que cultuam um bizarro Tiranossauro que tem ponto de caça próximo ao local onde o balão da expedição cai, aqui não tem nenhum homem-macaco, muito menos índios vivendo no planalto.

A trama do filme segue bem interessante até a metade, depois disso começa a ficar meio sem foco, a falta de dinossauros também acaba se tornando um problema e o lugar perigoso em que o grupo se encontra passa a não parecer tão ameaçador, até o final a trama já não lembra mais em nada a historia original, isso não é um problema, eu mesmo gosto bem mais do desfecho deste filme do que do livro, mas não da pra evitar a sensação de vazio e que o filme poderia oferecer muito mais.

Quanto a trilha sonora, o filme tem uma quantidade pequena de músicas, porém o tema principal dele é ótimo, pena que eu não encontrei a intro em nenhum lugar (nem procurando pelo nome do  compositor).

Os efeitos são realmente precários, o uso de computação gráfica foi um tanto quanto mal utilizado, principalmente porque nessa época era uma técnica ainda em desenvolvimento. O resultado disso é que temos algumas misturas de dinossauros animatrônicos muito simples que de um corte de cena pro outro se tornam feitos de CGI com modelos muito diferentes, alguns detalhes de design são estranhos também, como os braços grandes de Dromeossauro do T-Rex ou os espinhos na cauda do Brontossauro.

Por fim, a versão de 1998 de The Lost World deve ser a mais odiada pelos fãs do trabalho do Conan Doyle, mas por alguns motivos pessoais acabou se tornando um dos meus filmes favoritos de dinossauros, eu não sei se gostaria dele se o visse pela primeira vez recentemente, mas uma coisa é certa, ele consegue manter um clima bem interessante, mesmo nas partes que poderiam ser melhores. Essa postagem é quase um favor que faço a mim mesmo por guardar aqui as minhas informações sobre essa pérola meio rara. A versão menos conhecida no entanto, acredito que seja a de 1992, essa nem mesmo o Google acha muita coisa (o que me deixou com muita vontade de assistir).

Por fim deixo um trailer meio cafona, mas que foi o único  que consegui abrir no blog, até a próxima!