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3 de out. de 2013

O Mundo Perdido (1998) - Encontrar o Platô é Mais Fácil do que o Filme

Olá vocês, tudo bem? Esses dias me lembrei que quando era criança eu costumava alugar um VHS com uma certa frequência, tratava-se de um filme B chamado Sir Arthur Conan Doyle's The Lost World, ou apenas conhecido como O Mundo Perdido.



Quem assistiu a série homônima que passava na Record pode estar se perguntando se não falo da mesma obra (principalmente porquê ambos tem o mesmo professor Summerlee). Mas eu realmente me refiro a um dos vários filmes que o livro do Conan Doyle recebeu.
Eu poderia falar de muitas outras coisas mais famosas relacionadas ao Mundo Perdido, mas quero ressaltar que esse filme tem um valor muito grande pra mim, ele tem péssimos efeitos especiais, atuações simplórias e uma história que parece faltar alguma coisa, mas mesmo assim eu gosto demais dele, era um dos meus filmes de dinossauros preferidos, talvez por ter um ar mais sinistro que os outros do gênero.

Vamos ao roteiro:
Maple White era um cientista (eu acho) que depois de meses de viagens e pesquisas duras finalmente descobriu a localização de um planalto que fica nas geladas terras mongóis, a muralha natural do lugar de dificílimo acesso foi explorada pelo homem e seu companheiro nativo, e, não tardando muito Maple encontrou o que parecia ser um ovo de Pterodáctilo, mas durante sua comemoração enquanto ouvia música clássica no gramofone e ignorava seu amigo temeroso um bando de morcegos pré-históricos acordaram e os atacaram, Maple caiu do planalto e sobreviveu por algum tempo depois, mas só o suficiente  para ter uma última conversa com seu amigo George Edward Challenger, e despertar-lhe uma obsessão pelo lendário elo perdido.
Challenger então retorna para a Inglaterra e mesmo se tornando alvo de chacota insiste na existência do planalto e de seus habitantes preservados no tempo, durante uma conferência ele termina propondo uma expedição até a Mongólia novamente, nesta expedição estão presentes o caçador John Roxton, o jornalista Edward Malone, o antropologo Arthur Summerlee e a filha de Maple, Amanda White.

Todo o começo do filme segue com uma boa fidelidade ao livro original, os personagens e seus motivos são os mesmos, a primeira personagem inventada na expedição é Amanda, assim como a Marguerite Krux do seriado, elas existem apenas nessas mídias e não existe nenhuma menção sobre ambas no livro (o que poderia fazer alguma diferença, já que o livro é chato pra cacete). A segunda acompanhante do grupo que foi inventada pra história é a Djena, uma garota mongol que mais tarde acaba virando a paquera de Malone, diferente da Veronica do seriado, Djena é bem inútil e só serve pra ser atacada e desmaiar logo depois, mas isso não a torna uma personagem irritante, ela só não é uma loira selvagem que anda semi-nua e senta porrada nos dinos.
Mas por quê eu estou comparando o filme com a série de 1999?  
Porque ele serviu de inspiração pra mesma, até mesmo o nome do Conan Doyle no título, mas a questão é que esse filme só passou na TV e depois foi publicado em VHS, ele não tem nem 1/30 da fama que o seriado que veio depois dele ganhou, o que o faz uma raridade.

Depois que os personagens chegam na Mongólia, as coisas começam a seguir seu rumo próprio para o filme, começando que, essa é a única adaptação do livro em que o platô não fica no Brasil escondido na Floresta Amazônica.
Os habitantes da região são Neandertais, uma tribo de humanoides extremamente agressiva e que cultuam um bizarro Tiranossauro que tem ponto de caça próximo ao local onde o balão da expedição cai, aqui não tem nenhum homem-macaco, muito menos índios vivendo no planalto.

A trama do filme segue bem interessante até a metade, depois disso começa a ficar meio sem foco, a falta de dinossauros também acaba se tornando um problema e o lugar perigoso em que o grupo se encontra passa a não parecer tão ameaçador, até o final a trama já não lembra mais em nada a historia original, isso não é um problema, eu mesmo gosto bem mais do desfecho deste filme do que do livro, mas não da pra evitar a sensação de vazio e que o filme poderia oferecer muito mais.

Quanto a trilha sonora, o filme tem uma quantidade pequena de músicas, porém o tema principal dele é ótimo, pena que eu não encontrei a intro em nenhum lugar (nem procurando pelo nome do  compositor).

Os efeitos são realmente precários, o uso de computação gráfica foi um tanto quanto mal utilizado, principalmente porque nessa época era uma técnica ainda em desenvolvimento. O resultado disso é que temos algumas misturas de dinossauros animatrônicos muito simples que de um corte de cena pro outro se tornam feitos de CGI com modelos muito diferentes, alguns detalhes de design são estranhos também, como os braços grandes de Dromeossauro do T-Rex ou os espinhos na cauda do Brontossauro.

Por fim, a versão de 1998 de The Lost World deve ser a mais odiada pelos fãs do trabalho do Conan Doyle, mas por alguns motivos pessoais acabou se tornando um dos meus filmes favoritos de dinossauros, eu não sei se gostaria dele se o visse pela primeira vez recentemente, mas uma coisa é certa, ele consegue manter um clima bem interessante, mesmo nas partes que poderiam ser melhores. Essa postagem é quase um favor que faço a mim mesmo por guardar aqui as minhas informações sobre essa pérola meio rara. A versão menos conhecida no entanto, acredito que seja a de 1992, essa nem mesmo o Google acha muita coisa (o que me deixou com muita vontade de assistir).

Por fim deixo um trailer meio cafona, mas que foi o único  que consegui abrir no blog, até a próxima!

  
 
 
















10 comentários:

Silvia disse...

Sabe onde posso encontrar esse filme dublado ou legendado?

Tirs Newt disse...

Você pede encontrar na Amazon, mas não vai estar legendado,tem como baixar com audio original também por torrent http://kickass.to/sir-arthur-conan-doyles-the-lost-world-1998-dvdrip-xvid-ils-t7498176.html

Mas as legendas eu não encontrei em lugar algum.

Thales disse...

Olá , ah um tempinho atrás vi essa postagem sobre essa pérola (que também fez parte da minha infância , eu até tinha a fita VHS mas não sei aonde foi parar , enfim) vi que você tinha citado um outro Mundo Perdido , "A versão menos conhecida no entanto, acredito que seja a de 1992, essa nem mesmo o Google acha muita coisa" .
Fui procurar no Google alguma imagem desse filme e por "coincidência" me lembrei que eu tinha uma copia desse Mundo Perdido em DVD original. Então peguei o DVD , coloquei no PC e extrai o filme com o programa Format Factory.
Só não postei em um site de vídeo ainda pois minha internet é muito lenta e na primeira vez que tentei fazer isso bugou e não consegui postar , quando eu tiver tempo e posto no Dailymotion (tenho conta pro lá) , dai posto o link por aqui .

Abraços

Unknown disse...

Obrigado

Unknown disse...

Me diz porque não encontramos esse filme (mundo perdido de 1998) em DVD nas locadoras hoje ?

itamar disse...

Alguém conseguiu esse filme ??

Unknown disse...

Ei tenho deste adolevencia assistia muiia nostalgia esse filme pra min

Itamar disse...

Boa noite pessoal eu tenho o filme dublado está aí
https://www.youtube.com/watch?v=q5GmGZVZpb4&t=707s

Unknown disse...

Valeu cara

Tirs Newt disse...

Caramba, voltei aqui depois de anos e vi que tem gente comentando ainda, E AINDA TEM LINK PRO FILME DUBLADO.
Brigadão cara!!