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18 de ago. de 2012

Watchmen

Hora de falar da maior história em quadrinhos do mundo, a criação genial do grande Alan Moore e desenhada pelo excepcional Dave Gibbons. Watchmen foi um estrondoso sucesso mundial, principalmente porque provou que adultos também poderiam curtir HQs sem que estas fossem necessariamente sobre putaria.

                                                        WATCHMEN

Em 1986, Moore e Gibbons receberam carta branca da DC Comics para criarem sua própria HQ e decidirem o rumo de seus heróis como bem entendessem, eles trabalharam com toda a boa vontade possível para criar alguma coisa única usando conhecidos personagens da editora Charlton Comics, e que praticamente iria dar um tapa na cara dos leitores, um tapa dolorido, mas que os faria querer continuar sentindo a dor por doze capítulos mensais.
Quando a história ficou pronta, a DC terminou por proibir que os dois artistas usassem super heróis da Charlton Comics exatamente porque isto iria chocar muitos leitores e provavelmente ninguém mais iria ver aqueles heróis com os mesmos olhos, sem falar que muitos morreriam de forma quase que "em vão". Neste caso então foram criados seis heróis protagonistas para a trama, estes eram Dr.Manhattan, Comediante, Coruja II, Rorschach, Ozymandias e Espectral II. Existem outros heróis e vilões na historia, porém são secundários, já que a trama vai muito mais além do manjado vilão que pretende matar o mocinho para dar início ao seu reinado diabólico.

História:
Com o surgimento de um poderoso ser conhecido como Dr.Manhattan (este nada mais do que um ex-cientista nuclear chamado Jonhatan Osterman que "morreu" desintegrado por sua própria invenção) dotado de poderes ilimitados, os EUA conseguiram vencer a Guerra do Vietnã, tendo este novo Super Herói a frente do exército, Dr. Manhattan foi nomeado o homem-deus e protetor da América por usar suas habilidades especiais para ajudar os Estados Unidos. Depois de sua subida e ascensão ao status de mais mortal arma biológica existente e escudo americano, a queda dos heróis mascarados conhecidos como Vigilantes foi iminente, sendo que apenas Comediante e o próprio Manhattan continuaram como protetores oficiais, toda a segunda geração de Vigilantes teve de escolher entre se aposentar ou se tornarem membros do governo, a maioria largou a vida de justiceiro e com o tempo até mesmo os vilões mascarados se tornaram uma lenda. Dentre todos os Vigilantes que estavam ativos até a lei Keene, o único que optou por continuar vivendo como um herói-não-licenciado foi Rorschach, escrevendo suas próprias leis, punindo quem achava culpado e fugindo da polícia com frequência, desta forma Rorschach se tornou uma das pessoas mais procuradas de Nova York, e é através dele que vamos descobrindo uma trama envolvendo o recente assassinato de Comediante e uma suposta ideia de que alguém está perseguindo e eliminando todos os Vigilantes.
Motivos? Desconhecidos... mas quando forem revelados vão deixar qualquer um arrepiado.


Watchmen foi uma das primeiras obras a receber o nome de Graphic-Novel, que é um termo usado para descrever histórias em quadrinhos que contam romances inteiros, como em um livro, dando ênfase mais ao desenrolar da trama e aos seus detalhes do que o lado pessoal e estético de cada personagem.    

Com páginas cheias de informações, sem onomatopeias e quadrinhos abordados com os ângulos mais cinematográficos possíveis para a época, é muito fácil conseguir distinguir Watchmen de qualquer outra HQ, tanto da década de 80 quanto das atuais, mesmo que Graphic-Novels tenham se tornado populares desde então.
O estilo de desenhos usados são bem simples e as cores não variam muito (claro que a questão das cores foi proposital) o que de certa forma acabou se tornando uma marca registrada da HQ. Tudo é mórbido, sufocante e passa uma sensação de impureza. A realidade retratada na historia é triste e exageradamente degradada, principalmente quando a principal fonte de informação sobre ela é o diário de Rorschach, os trechos que abordam explicações sobre a condição do povo, a auto-ilusão que o governo e a mídia espalham e como a sociedade se tornou hipócrita com o passar dos anos são descritos com um tom poético, sarcástico e sádico, sem dúvidas um charme inigualável para a trama.

Os personagens, heróis, ex-heróis ou simplesmente pessoas normais são muito carismáticos, eles não transbordam emoções e nem mesmo são dinâmicos, mas conseguem ser ligítimamente humanos, com expressões ou observações comuns que fazem de forma displicente.

O roteiro, embora seja cheio de detalhes e nomes importantes, não se torna difícil de entender, muito menos de aceitar a realidade imposta. Claro que existem seus exageros, afinal de contas a coisa acima de tudo tem que ser legal e proporcionar diversão.

A recepção de Watcmen pelo público foi realmente muito boa, talvez porque provava que quadrinhos podiam atrair qualquer tipo de público, sem falar que tinham como contar uma história tão bem quanto qualquer livro e se tornarem ícones mundiais tão bem aceitos quanto estes tais.
Tudo bem que os personagens não são tão famosos e conhecidos quanto a maioria dos heróis da DC Comics, mas isso se dá ao fato de que o público alvo sempre foi infanto-juvenil, e mesmo muitos adultos acabam não se importando tanto com historias mais pé-no-chão quanto Watchmen ou as edições mais sérias e sombrias do Batman das quais ele não se parece exatamente com um super-herói, mesmo que use um traje extravagante mas sim com um ousado justiceiro/detetive/ninja/etc, etc, etc. Embora a realidade da HQ seja bem mais decadente e sombria que a nossa, ela ainda guarda boas semelhanças que podem ser notadas com muita facilidade, o que significa que ninguém precisa ser gênio para sacar o que está acontecendo e conseguir ligar os fatos.


Então leitores, sinto não fazer algo maior e mais detalhado sobre Watchmen, sei que merecia, mas eu realmente não tenho como incrementar mais no texto, a não ser se revelasse mais detalhes sobre a historia, claro que não vou fazer isso.
Pra finalizar, apenas quero sugerir o filme com o mesmo nome dirigido por Zack Snyder, o mesmo de 300 e do já postado aqui Sucker Punch, o filme é muito fiel a ambientização da revista, as sequencias e falas seguem um padrão muito parecido, para quem quer se introduzir a este universo, tanto pelos quadrinhos quanto pelo filme é uma grande forma de mergulhar de cabeça no mundo de Watcmen de forma bem original.




Um comentário:

Anônimo disse...

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