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26 de mar. de 2012

O Labirinto da Magia do Tempo

Mais um tempinho sem postar e aqui estou de volta. Alduin está morto e agora posso descansar sabendo que os mortais não correm mais perigo, mesmo que uma guerra civil esteja perto de eclodir...

Quero falar de um filme antigo desta vez... a propósito, me dedicar a falar mais de filmes vai ser minha meta agora, não tenho acompanhado nenhuma série recentemente, a única coisa que tenho lido é um livro e como não costumo falar de livros por aqui vou levar mais em conta os longa metragens.

Vamos a introdução então.
O assunto será um filme de 1986 que marcou a vida de muita gente:

                                                  Labirinto: A Magia do Tempo

Antes de realmente começar a falar da historia quero ressaltar o seguinte: foi este filme que realmente me deixou do jeito que sou hoje, e provavelmente eu não seria tão fascinado por fantasia quanto agora.

Sarah Williams é uma moça que adora peças teatrais com temas fantasiosos, ela está em um parque lendo um livro teatral chamado Labyrinth quando uma tempestade ameaça cair, ela volta para casa, vemos então que a  situação com sua madrasta não anda muito bem, as duas discutem e Sarah fica com a responsabilidade de cuidar de seu meio-irmão recém nascido Toby enquanto seus pais saem.
Enquanto está em seu quarto ouve o choro da criança e percebe que ele está com medo da tempestade, ao entrar no quarto encontra seu ursinho no berço do irmão e fica revoltada com o fato de seu pai e sua madrasta não terem respeito por suas coisas.
Sarah então decide contar uma historia para fazer a criança dormir e calar a boca logo, ela começa a interpretar trechos de Labyrinth, contando sobre uma menina que é feita refém por sua família egoísta que a faz cuidar do irmão mas novo, a menina então evoca o rei dos Duendes (ou Goblins, como preferir), um poderoso mago chamado Jareth e oferece o garoto a ele. Ao terminar de falar, Sarah deixa Toby ainda mais assustado, saindo do quarto irritada com a choradeira da criança, ela deseja que Duendes levem seu irmãozinho para que ele a deixe em paz, neste momento o choro é interrompido, a luz inconvenientemente acaba e ao voltar para o quarto e verificar o berço, Sarah descobre que Toby desapareceu.
É quando uma enorme coruja branca começa a acertar a janela com força até esta se abrir, avançando sobre a menina, o animal toma a forma do rei Jareth (apenas por curiosidade, ele é interpretado pelo músico andrógeno David Bowie), ele diz a Sarah que Toby agora vive com ele em seu mundo infestado de Duendes e que em breve a criança também se tornara um. Em troca disto, Jareth a presenteia com uma pequena bola de cristal, capaz de conceder qualquer desejo, exceto trazer Toby de volta.
Sarah então se desespera, pois descobre neste momento que teme pelo destino do irmão e se arrepende de ter feito o desejo contra a criança.
Dizendo então a Jareth que não quer abrir mão do pequeno, o mago a da uma segunda chance de recuperá-lo, que é atravessar o monstruoso labirinto que cerca seu castelo. Sarah deve atravessar todo o percurso em apenas treze horas, tendo de sobreviver a armadilhas e inimigos inimagináveis.


Agora que terminei a introdução, fiquei um pouco perdido sobre como começar a falar deste filme, então vou dizer o seguinte: quero ver algum diretor destes modernos criar uma história de fantasia tão boa e tão original quanto a de Labirinto.
Isso é sério, não apenas Labirinto mas também Historia Sem Fim são filmes onde os seres fictícios são feitos inteiramente com marionetes, mas no caso deste em questão as marionetes são estupidamente reais, de longe vemos que são bonecos mas mesmo assim são estupidamente reais, tanto suas articulações quanto atuação deixam muitos monstros de CGI no chinelo.

Já deu pra perceber que eu não aceito muito bem a substituição dos Animatronics por Computação Gráfica, mas a verdade é que nem todos os filmes ficam bons com isso, principalmente filmes de terror. Muitos podem discordar mas na minha opinião CGI nunca vai chegar ao ponto de parecer real.

A historia de Labirinto é bem simples e as vezes pode soar infantil de certos pontos de vista, mas a verdade é que o filme não foi feito mesmo para um público tão maduro, a grande diferença que vemos deste para filmes modernos é que ele leva bem mais em conta o valor interno de cada personagem, como seus conflitos pessoais, objetivos, amor e coragem, o que sempre é mostrado uma hora ou outra da forma mais imprevisível. Não sei muito o que as crianças aprendem hoje em dia, mas acho que não tem tanto valor quanto tinha a uma década e meia de diferença. A protagonista Sarah por exemplo, provavelmente você não foi com a cara dela ao ler sobre a forma como ela trata seu irmãozinho, mas a verdade é que muitas ou muitos adolescentes da idade dela detestam seu irmão mais novo, ou porque ele veio de um ventre diferente ou porque recebe mais atenção e vai crescer tendo uma família perfeita enquanto o/a mais velho(a) vai se sentir em uma família diferente.
Sarah não parece uma garota detestável por não gostar de Toby, e depois, quando vemos seu arrependimento a ponto de trocar todos os desejos do mundo por uma segunda chance de recuperá-lo passamos a gostar bastante dela enquanto a acompanhamos correr contra o tempo para corrigir seu erro.

Mas nem todas as criaturas do labirinto são inimigas de Sarah, umas simplesmente a ajudam apenas quando cruzam seu caminho, como é o caso de uma minhoca falante que a avisa sobre uma parede secreta no início enquanto outras a seguem até o fim de sua jornada como Hoggle, um duende rabugento mas que tem um bom coração e acaba se tornando o melhor amigo da garota.


Agora falando um pouco sobre a produção, o diretor foi Jim Henson, o criador dos Muppets, então deduzo que os movimentos dos monstros de marionete foram feitos por ele e, sinceramente, o cara é um gênio.
Como produtor temos nada mais nada menos do que George Lucas, e provavelmente todo o design tanto dos cenários quanto dos seres do filme foram responsabilidade dele.
A participação de David Bowie não ficou apenas como o vilão da trama, o filme também conta com cenas de musicais, que muito bem feitos conseguem passar muita diversão ou momentos belos, David compôs ótimas músicas para a trilha sonora de Labyrinth que são marcadas na carreira do músico até hoje.

Claro que comparar Labirinth com alguns filmes modernos de hoje em dia como Stardust fica meio injusto, afinal o projeto envolvia grandes mestres como foi mostrado acima e se fracassasse seria uma queda épica para os envolvidos.

Para finalizar o post deixo minha recomendação para quem quer ver um belo filme das antigas mas não sabe o que procurar, Labyrinth tem os requisitos básicos e os mais importantes para deixar um filme de fantasia marcante e épico.

Esta é uma das cenas de musical do filme, graças a Disney eu simplesmente detesto musicais, porém abro uma excessão para os de David Bowie (mesmo não sendo fã do cantor).
Repare no movimento de cada marionete no set, se não achar Jim Henson genial depois disto é porque já viu coisa muito melhor, o que é meio complicado já que o cara é o criador das marionetes mais famosas do mundo.  



    

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