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31 de mar. de 2012

Skyrim: Do Passado ao Presente

Olá leitores!
Indo direto ao assunto, eu disse que provavelmente faria uma postagem sobre The Elder Scrolls V, e foi procurando a OST(Original Sound Track) para ouvir que acabei me inspirando a seguir em frente com uma matéria mesmo não sendo bom para falar de jogos.

Começando por um resumo da Main Quest, ou historia principal se você preferir. Mas antes, dê um play na musica que deu origem ao nome do artigo aqui a baixo, pode ser meio difícil prestar atenção nela enquanto lê, mas eu garanto que a musica cria um clima muito bom, mas vou deixar para falar da trilha sonora mais pro final.








De acordo com os pergaminhos antigos (Elder Scrolls) o continente de Tamriel deve enfrentar uma desgraça jamais vista quando um de seus mais importantes reis for morto sem deixar descendentes, gerando assim conflitos entre as várias facções que se misturam entre as demais províncias do continente.

De forma inusitada e inquestionavelmente terrível, as antigas inscrições começam a se cumprir quando um dos imperadores é assassinado, seus protetores conhecidos como Blades se dissiparam sem deixar rastros e uma guerra civil compromete o futuro não apenas da província de Skyrim, como de toda Tamriel. Para piorar, boatos sobre avistamentos de Dragões começam a correr por todo o reinado.

E é no meio desta situação que o personagem do jogador entra na historia, como um prisioneiro prestes a ser decapitado, porém salvo, mesmo que não intencionalmente por Alduin, o deus da destruição também conhecido como Devorador de Mundos. Mencionado em canções de bardos antigos, o grande Dragão Negro viria para por um fim no reinado dos mortais após escapar de sua prisão no mundo dos mortos.
Enquanto o vilarejo é atacado, o jogador tem a missão de escapar com a ajuda de um companheiro e se refugiar na cidade mais próxima.
Depois de um tempo, como uma das poucas pessoas que viram um dragão e sobreviveram, o personagem do jogador tem a missão de ajudar os soldados da cidade de Whiterun a acabar com uma destas criaturas em uma torre abandonada não muito distante.
Não é esta torre, mas se parece...
É quando o jogador mata, sem muitos esforços o Dragão e acaba absorvendo sua alma que uma suspeita começa a surgir de que ele possa ser o famoso Dragonborn ou Dovhakiin na língua antiga dos Dragões.
O Dragonborn até então era apenas um personagem fictício, tão citado nas antigas canções quanto Alduin, um Dragonborn é um tipo de guerreiro ou guerreira praticamente extinto do mundo há muitos anos, quando os últimos representantes desta raça se sacrificaram para selar Alduin e acabar assim com uma guerra que envolvia Dragões e os habitantes de Skyrim, os únicos que ainda se lembrariam deles como pessoas reais eram os Greybeards moradores do templo de High Hrothggar e novo destino do jogador.
Passando alguns dias com os Barbas Grisalhas, o personagem do jogador descobre que sendo o último dos Dragonborns tem o poder de usar o dialeto dos Dragões a seu favor, lançando grandes emissões de puro poder através de gritos na lingua antiga conhecidos como Thu'um.
Dotado de uma habilidade única e o poder do livre arbítrio, o jogador agora tem em mãos o destino de Skyrim e de todas as províncias de Tamriel por ser o único capaz de impedir os planos de Alduin.


Este é o roteiro da Main Quest do jogo, em segundo plano fica a guerra civil e em terceiro são historias avulsas envolvendo outros personagens.
A Main Quest não chega a ser muito longa, na verdade com apenas 40 horas de jogo ja conseguimos concluí-la, mas a questão é que absolutamente TUDO em Skyrim tem vida própria, enquanto você joga, as pessoas no game estão fazendo alguma coisa, bandidos estão assaltando velhinhas inocentes, lobos estão caçando cervos, clãs resolvem suas intrigas pessoais... enfim Skyrim parece uma província viva, cheia de historias das quais o jogador pode ou não participar, você escolhe interferir durante um roubo ou simplesmente ser um bandido, salvar pessoas ou ignorá-las.
Infelizmente não foi incluído um sistema de carma na jogatina, o que significa que se você faz algo bom, nada necessariamente bom vai acontecer com você, a única coisa que funciona (e até bem demais) é o sistema de punição. Se o jogador matar uma galinha e algum morador da cidade ou vilarejo ver aquilo, ele será perseguido por guardas e eles o farão pagar, ou com dinheiro, ou passando alguns dias (no tempo do jogo) encarcerado ou simplesmente o matando se ele resistir, o mesmo acontece com pessoas e outros animais. A única regra que existe quanto a atitude de punição é: quem começou a briga está com a culpa. Ou seja, se alguém partir para cima do seu personagem com intenção de machucá-lo os guardas te ajudarão a matá-lo.
Isso não chega a decepcionar, existem muitos mais pontos positivos em Skyrim do que negativos e como isto vai para a lista de homenagens eu não vou simplesmente falar de todos os defeitos e ignorar o que o game tem de melhor, que é a imersão e a diversão, coisa que os jogos eletrônicos só voltaram a ter valor recentemente.
A inteligencia artificial individual dos personagens pode ser pouca, em compensação, esta mesma voltada para as batalhas é bem mais complexa, os inimigos são capazes de guardar seu arcos e sacar desde espadas até adagas para enfrentar um adversário que chegou perto demais, alguns correm quando estão muito fracos, outros usam o cenário para se esconder de feitiços e flechas enquanto outros simplesmente partem para cima, independente se estão em desvantagem ou não simplesmente porque são destemidos e bravos (ou imbecis).


Uma das coisas que mais impressionam em Skyrim são, sem dúvida alguma os cenários. Muita gente reclamou e ainda reclama que esperavam gráficos mais bem elaborados e fortes, porém o que conta neste game é a profundidade em que as coisas são levadas, o jogador pode olhar em uma mesa de perto e ver espalhadas por ela: poções, espadas, moedas, comida, utensílios domésticos e depois olhar para o horizonte e enxergar montanhas cobertas de neve, campos verdejantes, cidades ao longe e simplesmente caminhar ou correr até elas, o clima sempre está mudando, variando entre dias mais quentes e frios, noites com garoa, céu estrelado, aurora boreal(se você estiver nas montanhas) e tempestade.
Cada calabouço (dungeon) do jogo foi criada com um estilo próprio, isso significa que nenhum lugar repete corredores ou paredes de pedra, com excessão de algumas torres e fortes que tem um padrão de construção parecido, mas mesmo assim os ambientes internos são customizados de acordo com quem ou o que costuma abrigar o local. É simplesmente ótimo poder invadir um forte tomado por bandidos, matar sozinho ou acompanhado de um(a) parceiro(a) do jogo, encontrar coisas especiais e raras entre baús ou estantes e ainda por cima descobrir o que aquela facção fazia para se sustentar, como retirando dentes de mamutes para vender, comendo a carne e assaltando pessoas desavisadas durante a noite.      

Como você é o último dos Dragonborns da história, cabe ti a tarefa de matar quantos Dragões virem para cima, no entanto apenas um surge de cada vez. Existem três padrões de Dragão em Skyrim e estes são:
Dragões de nome: Se o Dragão tiver um nome, pode ter certeza de que é importante, o que não implica que ele deva ser forte.

Dragões sem nome: Estes variam com o nível do jogador, aparecem de forma aleatória e podem ou não ser fortes. No início temos apenas Dragons, depois Blood Dragons e Frost Dragons, por fim os mais poderosos Elder Dragons.

Dragões NPCs: Estes são Dragões que tem uma importância ainda maior na história, não vou citá-los e nem dizer quantos são para não tirar a graça de quem ainda está jogando ou vai jogar.

Ao todo são 150 Dragões que vão aparecendo quando você menos espera, caso ache algum túmulo destas criaturas ele é identificado no mapa com o ícone da cara de um, e mesmo que a maioria não tenha um túmulo, vale a pena explorar para encontrá-los.

Falando um pouco da exploração em Skyrim agora.
Além das dungeons encontradas ao decorrer da exploração, também vemos ruínas de antigas cidades e templos, cada vez que o seu personagem se aproxima de algum ponto em especial no mapa, ele ganha instantaneamente uma marcação nova no mesmo, para que possa viajar para o lugar apenas com um clique em cima de lua localização para que não perca horas correndo até lá novamente. Com um pouco de paciência e curiosidade, podemos ver coisas únicas pelo terreno da província em destaque, eu pessoalmente encontrei um Mamute preservado no gelo com algumas flechas em seu corpo.
O mapa de Skyrim, mesmo não chegando a ser tão grande quanto o de San Andreas ainda é um dos maiores que já vi, podendo ser explorado por horas e ainda guardando boas surpresas, muitos jogadores pararam de jogar em uma parte bem avançada e ainda não abriram todo o mapa, isso porque muitas localizações são pequenas demais ou meio escondidas.

Levando em conta agora a cultura presente no jogo, Skyrim foi o título com mais referência Nórdica de todos da série, desde o cenário até os costumes e armaduras, afinal de contas a raça predominante nesta província são os Nords (inspirados claramente nos Nórdicos), e mesmo assim vemos as mais variadas raças e culturas espalhadas pelo jogo, destaco agora algumas bem variadas que são: os homens felinos Khajiit, os homens lagartos Argonian, os humanos Redguard e todas as subespécies de Elfs. Cada raça tem um sotaque próprio e um jeito de se vestir e de agir, os Nords são os mais bárbaros, algumas vezes mal educados e sempre prontos para a batalha, da mesma forma que os Khajiit sempre estão mais calmos e atentos a novos conhecimentos. O personagem criado pelo jogador poderá ser de qualquer uma das raças dominantes em Skyrim, muitas mais além das citadas aqui, mesmo que a maioria sejam variações de Elfos e Humanos.

O sistema de evolução de personagem precisou passar por algumas mudanças meio forçadas para que o jogo conseguisse agradar a novos públicos, isto decepcionou muitos fãs dos antigos Elder Scrolls. Anteriormente, praticamente tudo que o personagem fazia lhe atribuía níveis, como correr, nadar e saltar, a medida que o jogador praticava qualquer coisa seus níveis relacionados aquilo melhoravam instantaneamente e fazendo com que sua evolução seguisse conforme suas necessidades.
Em Skyrim a evolução continua atendendo mais as necessidades do jogador, porém de uma forma muito mais simplificada e "limitada", pois agora temos um sistema de distribuição de pontos por habilidade, estas são representadas por pequenas constelações, a cada nível que elas vão subindo vão sendo desbloqueados novas regalias e facilidades para as tais, para ativar estes desbloqueios o jogador sobe níveis pessoais, ganhos através da subida de niveis de habilidade, ou seja, a cada vez que uma habilidade usada sobe level, o jogador ganha experiência até subir seu próprio level. Com estes níveis, ganha-se um Perk, usado para ativar a nova etapa da habilidade. A grande diferença nisso é que enquanto antigamente tínhamos que ficar exercitando conhecimentos que mais nos favoreciam até que chegassem a níveis épicos, agora é só ativar com um Perk as regalias que as constelações proporcionam.

Mesmo sendo muito mais limitada a forma de evolução do personagem, ela diverte e proporciona níveis profissionais muito mais rápido, o único problema é que não sabemos no que investir depois que nossas habilidades favoritas chegam no máximo e o jogador tem vontade de crescer mais no jogo.

Finalizando agora com uma descrição da trilha sonora de Skyrim.
Ela é simplesmente ÉPICA, e eu pessoalmente a comparo com OSTs de peso como a das Crônicas de Nárnia e até mesmo Senhor dos Anéis.
A coisa mais linda em Skyrim é se sentir andando a cavalo ou simplesmente explorando a pé um mundo totalmente original e cheio de referências da cultura Nórdica enquanto ouve arranjos orquestrais que simplesmente parecem terem sido compostos para aquela cena e aquele momento.
Existem músicas para dias certos, ações certas e situações certas, todas começam de repente e fazem com que a experiencia pela qual o jogador está passando seja ainda mais realista.
E algo que não poderia deixar de citar aqui é o tema tocado as vezes quando um Dragão aprece. Se trata de uma música composta especialmente para o Dovhakiin, o que significa que ela está sendo tocada para o jogador. A inspiração que vem quando enfrentamos um monstro mitológico ouvindo um coral de mais de cinquenta vozes Nórdicas é realmente mais do que necessário para nos dar coragem de encarar o bicho (mesmo que nem sempre ele seja forte).

E aí está... mais uma homenagem feita a algo que conseguiu me tirar do mundo real por mais de uma semana, espero que tenha gostado e, como de costume deixo um vídeo para encerrar o post.

Ele se trata da canção do Dovhakiin adaptada direto do jogo pela encantadora You Tuber conhecida como Malukah. Ela ainda encerra o vídeo cantando um trecho na língua dos Dragões do tema principal do jogo.


   

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