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31 de mar. de 2012

Skyrim: Do Passado ao Presente

Olá leitores!
Indo direto ao assunto, eu disse que provavelmente faria uma postagem sobre The Elder Scrolls V, e foi procurando a OST(Original Sound Track) para ouvir que acabei me inspirando a seguir em frente com uma matéria mesmo não sendo bom para falar de jogos.

Começando por um resumo da Main Quest, ou historia principal se você preferir. Mas antes, dê um play na musica que deu origem ao nome do artigo aqui a baixo, pode ser meio difícil prestar atenção nela enquanto lê, mas eu garanto que a musica cria um clima muito bom, mas vou deixar para falar da trilha sonora mais pro final.








De acordo com os pergaminhos antigos (Elder Scrolls) o continente de Tamriel deve enfrentar uma desgraça jamais vista quando um de seus mais importantes reis for morto sem deixar descendentes, gerando assim conflitos entre as várias facções que se misturam entre as demais províncias do continente.

De forma inusitada e inquestionavelmente terrível, as antigas inscrições começam a se cumprir quando um dos imperadores é assassinado, seus protetores conhecidos como Blades se dissiparam sem deixar rastros e uma guerra civil compromete o futuro não apenas da província de Skyrim, como de toda Tamriel. Para piorar, boatos sobre avistamentos de Dragões começam a correr por todo o reinado.

E é no meio desta situação que o personagem do jogador entra na historia, como um prisioneiro prestes a ser decapitado, porém salvo, mesmo que não intencionalmente por Alduin, o deus da destruição também conhecido como Devorador de Mundos. Mencionado em canções de bardos antigos, o grande Dragão Negro viria para por um fim no reinado dos mortais após escapar de sua prisão no mundo dos mortos.
Enquanto o vilarejo é atacado, o jogador tem a missão de escapar com a ajuda de um companheiro e se refugiar na cidade mais próxima.
Depois de um tempo, como uma das poucas pessoas que viram um dragão e sobreviveram, o personagem do jogador tem a missão de ajudar os soldados da cidade de Whiterun a acabar com uma destas criaturas em uma torre abandonada não muito distante.
Não é esta torre, mas se parece...
É quando o jogador mata, sem muitos esforços o Dragão e acaba absorvendo sua alma que uma suspeita começa a surgir de que ele possa ser o famoso Dragonborn ou Dovhakiin na língua antiga dos Dragões.
O Dragonborn até então era apenas um personagem fictício, tão citado nas antigas canções quanto Alduin, um Dragonborn é um tipo de guerreiro ou guerreira praticamente extinto do mundo há muitos anos, quando os últimos representantes desta raça se sacrificaram para selar Alduin e acabar assim com uma guerra que envolvia Dragões e os habitantes de Skyrim, os únicos que ainda se lembrariam deles como pessoas reais eram os Greybeards moradores do templo de High Hrothggar e novo destino do jogador.
Passando alguns dias com os Barbas Grisalhas, o personagem do jogador descobre que sendo o último dos Dragonborns tem o poder de usar o dialeto dos Dragões a seu favor, lançando grandes emissões de puro poder através de gritos na lingua antiga conhecidos como Thu'um.
Dotado de uma habilidade única e o poder do livre arbítrio, o jogador agora tem em mãos o destino de Skyrim e de todas as províncias de Tamriel por ser o único capaz de impedir os planos de Alduin.


Este é o roteiro da Main Quest do jogo, em segundo plano fica a guerra civil e em terceiro são historias avulsas envolvendo outros personagens.
A Main Quest não chega a ser muito longa, na verdade com apenas 40 horas de jogo ja conseguimos concluí-la, mas a questão é que absolutamente TUDO em Skyrim tem vida própria, enquanto você joga, as pessoas no game estão fazendo alguma coisa, bandidos estão assaltando velhinhas inocentes, lobos estão caçando cervos, clãs resolvem suas intrigas pessoais... enfim Skyrim parece uma província viva, cheia de historias das quais o jogador pode ou não participar, você escolhe interferir durante um roubo ou simplesmente ser um bandido, salvar pessoas ou ignorá-las.
Infelizmente não foi incluído um sistema de carma na jogatina, o que significa que se você faz algo bom, nada necessariamente bom vai acontecer com você, a única coisa que funciona (e até bem demais) é o sistema de punição. Se o jogador matar uma galinha e algum morador da cidade ou vilarejo ver aquilo, ele será perseguido por guardas e eles o farão pagar, ou com dinheiro, ou passando alguns dias (no tempo do jogo) encarcerado ou simplesmente o matando se ele resistir, o mesmo acontece com pessoas e outros animais. A única regra que existe quanto a atitude de punição é: quem começou a briga está com a culpa. Ou seja, se alguém partir para cima do seu personagem com intenção de machucá-lo os guardas te ajudarão a matá-lo.
Isso não chega a decepcionar, existem muitos mais pontos positivos em Skyrim do que negativos e como isto vai para a lista de homenagens eu não vou simplesmente falar de todos os defeitos e ignorar o que o game tem de melhor, que é a imersão e a diversão, coisa que os jogos eletrônicos só voltaram a ter valor recentemente.
A inteligencia artificial individual dos personagens pode ser pouca, em compensação, esta mesma voltada para as batalhas é bem mais complexa, os inimigos são capazes de guardar seu arcos e sacar desde espadas até adagas para enfrentar um adversário que chegou perto demais, alguns correm quando estão muito fracos, outros usam o cenário para se esconder de feitiços e flechas enquanto outros simplesmente partem para cima, independente se estão em desvantagem ou não simplesmente porque são destemidos e bravos (ou imbecis).


Uma das coisas que mais impressionam em Skyrim são, sem dúvida alguma os cenários. Muita gente reclamou e ainda reclama que esperavam gráficos mais bem elaborados e fortes, porém o que conta neste game é a profundidade em que as coisas são levadas, o jogador pode olhar em uma mesa de perto e ver espalhadas por ela: poções, espadas, moedas, comida, utensílios domésticos e depois olhar para o horizonte e enxergar montanhas cobertas de neve, campos verdejantes, cidades ao longe e simplesmente caminhar ou correr até elas, o clima sempre está mudando, variando entre dias mais quentes e frios, noites com garoa, céu estrelado, aurora boreal(se você estiver nas montanhas) e tempestade.
Cada calabouço (dungeon) do jogo foi criada com um estilo próprio, isso significa que nenhum lugar repete corredores ou paredes de pedra, com excessão de algumas torres e fortes que tem um padrão de construção parecido, mas mesmo assim os ambientes internos são customizados de acordo com quem ou o que costuma abrigar o local. É simplesmente ótimo poder invadir um forte tomado por bandidos, matar sozinho ou acompanhado de um(a) parceiro(a) do jogo, encontrar coisas especiais e raras entre baús ou estantes e ainda por cima descobrir o que aquela facção fazia para se sustentar, como retirando dentes de mamutes para vender, comendo a carne e assaltando pessoas desavisadas durante a noite.      

Como você é o último dos Dragonborns da história, cabe ti a tarefa de matar quantos Dragões virem para cima, no entanto apenas um surge de cada vez. Existem três padrões de Dragão em Skyrim e estes são:
Dragões de nome: Se o Dragão tiver um nome, pode ter certeza de que é importante, o que não implica que ele deva ser forte.

Dragões sem nome: Estes variam com o nível do jogador, aparecem de forma aleatória e podem ou não ser fortes. No início temos apenas Dragons, depois Blood Dragons e Frost Dragons, por fim os mais poderosos Elder Dragons.

Dragões NPCs: Estes são Dragões que tem uma importância ainda maior na história, não vou citá-los e nem dizer quantos são para não tirar a graça de quem ainda está jogando ou vai jogar.

Ao todo são 150 Dragões que vão aparecendo quando você menos espera, caso ache algum túmulo destas criaturas ele é identificado no mapa com o ícone da cara de um, e mesmo que a maioria não tenha um túmulo, vale a pena explorar para encontrá-los.

Falando um pouco da exploração em Skyrim agora.
Além das dungeons encontradas ao decorrer da exploração, também vemos ruínas de antigas cidades e templos, cada vez que o seu personagem se aproxima de algum ponto em especial no mapa, ele ganha instantaneamente uma marcação nova no mesmo, para que possa viajar para o lugar apenas com um clique em cima de lua localização para que não perca horas correndo até lá novamente. Com um pouco de paciência e curiosidade, podemos ver coisas únicas pelo terreno da província em destaque, eu pessoalmente encontrei um Mamute preservado no gelo com algumas flechas em seu corpo.
O mapa de Skyrim, mesmo não chegando a ser tão grande quanto o de San Andreas ainda é um dos maiores que já vi, podendo ser explorado por horas e ainda guardando boas surpresas, muitos jogadores pararam de jogar em uma parte bem avançada e ainda não abriram todo o mapa, isso porque muitas localizações são pequenas demais ou meio escondidas.

Levando em conta agora a cultura presente no jogo, Skyrim foi o título com mais referência Nórdica de todos da série, desde o cenário até os costumes e armaduras, afinal de contas a raça predominante nesta província são os Nords (inspirados claramente nos Nórdicos), e mesmo assim vemos as mais variadas raças e culturas espalhadas pelo jogo, destaco agora algumas bem variadas que são: os homens felinos Khajiit, os homens lagartos Argonian, os humanos Redguard e todas as subespécies de Elfs. Cada raça tem um sotaque próprio e um jeito de se vestir e de agir, os Nords são os mais bárbaros, algumas vezes mal educados e sempre prontos para a batalha, da mesma forma que os Khajiit sempre estão mais calmos e atentos a novos conhecimentos. O personagem criado pelo jogador poderá ser de qualquer uma das raças dominantes em Skyrim, muitas mais além das citadas aqui, mesmo que a maioria sejam variações de Elfos e Humanos.

O sistema de evolução de personagem precisou passar por algumas mudanças meio forçadas para que o jogo conseguisse agradar a novos públicos, isto decepcionou muitos fãs dos antigos Elder Scrolls. Anteriormente, praticamente tudo que o personagem fazia lhe atribuía níveis, como correr, nadar e saltar, a medida que o jogador praticava qualquer coisa seus níveis relacionados aquilo melhoravam instantaneamente e fazendo com que sua evolução seguisse conforme suas necessidades.
Em Skyrim a evolução continua atendendo mais as necessidades do jogador, porém de uma forma muito mais simplificada e "limitada", pois agora temos um sistema de distribuição de pontos por habilidade, estas são representadas por pequenas constelações, a cada nível que elas vão subindo vão sendo desbloqueados novas regalias e facilidades para as tais, para ativar estes desbloqueios o jogador sobe níveis pessoais, ganhos através da subida de niveis de habilidade, ou seja, a cada vez que uma habilidade usada sobe level, o jogador ganha experiência até subir seu próprio level. Com estes níveis, ganha-se um Perk, usado para ativar a nova etapa da habilidade. A grande diferença nisso é que enquanto antigamente tínhamos que ficar exercitando conhecimentos que mais nos favoreciam até que chegassem a níveis épicos, agora é só ativar com um Perk as regalias que as constelações proporcionam.

Mesmo sendo muito mais limitada a forma de evolução do personagem, ela diverte e proporciona níveis profissionais muito mais rápido, o único problema é que não sabemos no que investir depois que nossas habilidades favoritas chegam no máximo e o jogador tem vontade de crescer mais no jogo.

Finalizando agora com uma descrição da trilha sonora de Skyrim.
Ela é simplesmente ÉPICA, e eu pessoalmente a comparo com OSTs de peso como a das Crônicas de Nárnia e até mesmo Senhor dos Anéis.
A coisa mais linda em Skyrim é se sentir andando a cavalo ou simplesmente explorando a pé um mundo totalmente original e cheio de referências da cultura Nórdica enquanto ouve arranjos orquestrais que simplesmente parecem terem sido compostos para aquela cena e aquele momento.
Existem músicas para dias certos, ações certas e situações certas, todas começam de repente e fazem com que a experiencia pela qual o jogador está passando seja ainda mais realista.
E algo que não poderia deixar de citar aqui é o tema tocado as vezes quando um Dragão aprece. Se trata de uma música composta especialmente para o Dovhakiin, o que significa que ela está sendo tocada para o jogador. A inspiração que vem quando enfrentamos um monstro mitológico ouvindo um coral de mais de cinquenta vozes Nórdicas é realmente mais do que necessário para nos dar coragem de encarar o bicho (mesmo que nem sempre ele seja forte).

E aí está... mais uma homenagem feita a algo que conseguiu me tirar do mundo real por mais de uma semana, espero que tenha gostado e, como de costume deixo um vídeo para encerrar o post.

Ele se trata da canção do Dovhakiin adaptada direto do jogo pela encantadora You Tuber conhecida como Malukah. Ela ainda encerra o vídeo cantando um trecho na língua dos Dragões do tema principal do jogo.


   

26 de mar. de 2012

O Labirinto da Magia do Tempo

Mais um tempinho sem postar e aqui estou de volta. Alduin está morto e agora posso descansar sabendo que os mortais não correm mais perigo, mesmo que uma guerra civil esteja perto de eclodir...

Quero falar de um filme antigo desta vez... a propósito, me dedicar a falar mais de filmes vai ser minha meta agora, não tenho acompanhado nenhuma série recentemente, a única coisa que tenho lido é um livro e como não costumo falar de livros por aqui vou levar mais em conta os longa metragens.

Vamos a introdução então.
O assunto será um filme de 1986 que marcou a vida de muita gente:

                                                  Labirinto: A Magia do Tempo

Antes de realmente começar a falar da historia quero ressaltar o seguinte: foi este filme que realmente me deixou do jeito que sou hoje, e provavelmente eu não seria tão fascinado por fantasia quanto agora.

Sarah Williams é uma moça que adora peças teatrais com temas fantasiosos, ela está em um parque lendo um livro teatral chamado Labyrinth quando uma tempestade ameaça cair, ela volta para casa, vemos então que a  situação com sua madrasta não anda muito bem, as duas discutem e Sarah fica com a responsabilidade de cuidar de seu meio-irmão recém nascido Toby enquanto seus pais saem.
Enquanto está em seu quarto ouve o choro da criança e percebe que ele está com medo da tempestade, ao entrar no quarto encontra seu ursinho no berço do irmão e fica revoltada com o fato de seu pai e sua madrasta não terem respeito por suas coisas.
Sarah então decide contar uma historia para fazer a criança dormir e calar a boca logo, ela começa a interpretar trechos de Labyrinth, contando sobre uma menina que é feita refém por sua família egoísta que a faz cuidar do irmão mas novo, a menina então evoca o rei dos Duendes (ou Goblins, como preferir), um poderoso mago chamado Jareth e oferece o garoto a ele. Ao terminar de falar, Sarah deixa Toby ainda mais assustado, saindo do quarto irritada com a choradeira da criança, ela deseja que Duendes levem seu irmãozinho para que ele a deixe em paz, neste momento o choro é interrompido, a luz inconvenientemente acaba e ao voltar para o quarto e verificar o berço, Sarah descobre que Toby desapareceu.
É quando uma enorme coruja branca começa a acertar a janela com força até esta se abrir, avançando sobre a menina, o animal toma a forma do rei Jareth (apenas por curiosidade, ele é interpretado pelo músico andrógeno David Bowie), ele diz a Sarah que Toby agora vive com ele em seu mundo infestado de Duendes e que em breve a criança também se tornara um. Em troca disto, Jareth a presenteia com uma pequena bola de cristal, capaz de conceder qualquer desejo, exceto trazer Toby de volta.
Sarah então se desespera, pois descobre neste momento que teme pelo destino do irmão e se arrepende de ter feito o desejo contra a criança.
Dizendo então a Jareth que não quer abrir mão do pequeno, o mago a da uma segunda chance de recuperá-lo, que é atravessar o monstruoso labirinto que cerca seu castelo. Sarah deve atravessar todo o percurso em apenas treze horas, tendo de sobreviver a armadilhas e inimigos inimagináveis.


Agora que terminei a introdução, fiquei um pouco perdido sobre como começar a falar deste filme, então vou dizer o seguinte: quero ver algum diretor destes modernos criar uma história de fantasia tão boa e tão original quanto a de Labirinto.
Isso é sério, não apenas Labirinto mas também Historia Sem Fim são filmes onde os seres fictícios são feitos inteiramente com marionetes, mas no caso deste em questão as marionetes são estupidamente reais, de longe vemos que são bonecos mas mesmo assim são estupidamente reais, tanto suas articulações quanto atuação deixam muitos monstros de CGI no chinelo.

Já deu pra perceber que eu não aceito muito bem a substituição dos Animatronics por Computação Gráfica, mas a verdade é que nem todos os filmes ficam bons com isso, principalmente filmes de terror. Muitos podem discordar mas na minha opinião CGI nunca vai chegar ao ponto de parecer real.

A historia de Labirinto é bem simples e as vezes pode soar infantil de certos pontos de vista, mas a verdade é que o filme não foi feito mesmo para um público tão maduro, a grande diferença que vemos deste para filmes modernos é que ele leva bem mais em conta o valor interno de cada personagem, como seus conflitos pessoais, objetivos, amor e coragem, o que sempre é mostrado uma hora ou outra da forma mais imprevisível. Não sei muito o que as crianças aprendem hoje em dia, mas acho que não tem tanto valor quanto tinha a uma década e meia de diferença. A protagonista Sarah por exemplo, provavelmente você não foi com a cara dela ao ler sobre a forma como ela trata seu irmãozinho, mas a verdade é que muitas ou muitos adolescentes da idade dela detestam seu irmão mais novo, ou porque ele veio de um ventre diferente ou porque recebe mais atenção e vai crescer tendo uma família perfeita enquanto o/a mais velho(a) vai se sentir em uma família diferente.
Sarah não parece uma garota detestável por não gostar de Toby, e depois, quando vemos seu arrependimento a ponto de trocar todos os desejos do mundo por uma segunda chance de recuperá-lo passamos a gostar bastante dela enquanto a acompanhamos correr contra o tempo para corrigir seu erro.

Mas nem todas as criaturas do labirinto são inimigas de Sarah, umas simplesmente a ajudam apenas quando cruzam seu caminho, como é o caso de uma minhoca falante que a avisa sobre uma parede secreta no início enquanto outras a seguem até o fim de sua jornada como Hoggle, um duende rabugento mas que tem um bom coração e acaba se tornando o melhor amigo da garota.


Agora falando um pouco sobre a produção, o diretor foi Jim Henson, o criador dos Muppets, então deduzo que os movimentos dos monstros de marionete foram feitos por ele e, sinceramente, o cara é um gênio.
Como produtor temos nada mais nada menos do que George Lucas, e provavelmente todo o design tanto dos cenários quanto dos seres do filme foram responsabilidade dele.
A participação de David Bowie não ficou apenas como o vilão da trama, o filme também conta com cenas de musicais, que muito bem feitos conseguem passar muita diversão ou momentos belos, David compôs ótimas músicas para a trilha sonora de Labyrinth que são marcadas na carreira do músico até hoje.

Claro que comparar Labirinth com alguns filmes modernos de hoje em dia como Stardust fica meio injusto, afinal o projeto envolvia grandes mestres como foi mostrado acima e se fracassasse seria uma queda épica para os envolvidos.

Para finalizar o post deixo minha recomendação para quem quer ver um belo filme das antigas mas não sabe o que procurar, Labyrinth tem os requisitos básicos e os mais importantes para deixar um filme de fantasia marcante e épico.

Esta é uma das cenas de musical do filme, graças a Disney eu simplesmente detesto musicais, porém abro uma excessão para os de David Bowie (mesmo não sendo fã do cantor).
Repare no movimento de cada marionete no set, se não achar Jim Henson genial depois disto é porque já viu coisa muito melhor, o que é meio complicado já que o cara é o criador das marionetes mais famosas do mundo.  



    

21 de mar. de 2012

O Mundo Surreal é Mais Perto do que Parece

Olá a todos... fiquei muito tempo sem postar e peço desculpas, mas a culpa não foi minha... pelo menos não a maior parte dela.
Acontece que fui amaldiçoado com o pior dos encantos do mundo virtual:

Fus Ro Dah!!!!!!
Se a foto não foi auto-explicativa para você não se preocupe. Quero dar uma pequena explicação, mesmo que o post não seja sobre isso.

Skyrim é o quinto título da espetacular série The Elder Scrolls, e mesmo tendo certas "podadas" no desenvolvimento do personagem em comparação aos anteriores ainda consegue ser o melhor título da franquia.
Não quero falar do roteiro, talvez mais pra frente, mesmo que não tenha o costume de falar de jogos aqui, acho que Skyrim vale a pena.
Basicamente falando então, é um game onde criamos um personagem mais ou menos ao nosso gosto, andamos por um mundo imaginário nórdico de 22km quadrados enquanto enfrentamos todos os tipos de perigos como animais selvagens, ladrões, assassinos e até mesmo Dragões. Aliás os dragões tem um papel importantíssimo no desenrolar da história, que vai sendo descoberta através de missões primárias que o personagem vai fazendo, contando ainda com ótimas missões secundárias e infinitas terciárias.

Me pergunto a cada dia como vou matar o Alduin (imagem acima), já que o maldito parece ser indestrutível.

Mas falando de outro assunto agora, jogar Skyrim me fez lembrar de um tema que sempre me intrigou e também me interessa muito que é: viver em um mundo paralelo artificial

E não... eu não estou falando de alienação

O assunto desta postagem será um filme que remete a este tema, provavelmente um filme considerado péssimo para pessoas que procuram "significado" em tudo e consideram o cérebro apenas uma máquina de processar informações lógicas, mas que com certeza é amado por fãs de coisas abstratas e "imaginárias".

                                                   Sucker Punch - Mundo Surreal


Quem nunca imaginou o mundo como um lugar mágico e cheio de ação quando era criança? Vendo algumas coisas se transformarem em outras e criando situações exageradas cheias de risco em uma simples brincadeira de esconde-esconde?
Mas o que aconteceria se uma pessoa criasse um lugar tão complexo e muito mais legal em sua mente do que esse em que vivemos? E se a vida real desta pessoa fosse um verdadeiro inferno? Em qual dos dois lugares seria melhor ficar?
Neste filme maluco criado por Zack Snyder (o mesmo de 300) os personagens não tem um nome lógico, mas sim uma espécie de apelido criado pela protagonista Babydoll (o nome dela também não é revelado).
O filme começa com o padrasto da garota tentando abusar de sua irmã mais nova, Babydoll pega um revolver no quarto do velho e em um surto de raiva atira nele ao vê-lo se aproximando de sua irmã, o problema é que a menina nunca atirou na vida e está muito nervosa. Errando o tiro e assim matando sua irmãzinha, o padrasto vê uma grande oportunidade única de por as mãos na fortuna que sua falecida esposa deixou para Babydoll e a interna em um sanatório no dia seguinte.
Os problemas apenas começam para a pobre menina, que está com os dias contados para passar por uma sessão de lobotomia (praticamente uma operação que leva a pessoa a um estado forçado de vegetação) agendada pelo próprio padrasto.
Sem saída ou qualquer outra alternativa concreta, Babydoll se fecha em sua própria mente, criando um mundo paralelo e transformando suas emoções e vontades em objetos ou até mesmo pessoas.

Para começar, o sanatório se transforma em um bordel (não me pergunte por que) e ao invés de paciente, Babydoll se torna uma menina abandonada obrigada a ser aspirante a prostituta, que até atingir idade para trabalhar como as outras meninas terá apenas que dançar e agradar os clientes como em um show de entrada.

Até então o filme é apenas confuso, a impressão que temos é que a mente da garota não é uma válvula de escape tão precisa, mas é quando percebemos que Babydoll tem um plano para escapar daquele lugar que notamos que o bordel é apenas uma espécie de bloqueio mental que ela precisa superar para aproveitar um mundo novo e livre fora das paredes do sanatório. Mas é durante o primeiro ensaio de dança da menina que vemos o que sua mente é capaz de fazer. Ela curiosamente, por estar transformando uma realidade em outra dentro de sua cabeça, não pode alterar a dificuldade das coisas, apenas suas aparências, então se o teste é dançar, Babydoll apenas cria uma outra camada de imaginação por cima, como por exemplo uma missão de invasão a um castelo com o intuito de roubar um ovo de dragão, se a missão é concluída com êxito, ela apenas se vê parada com pessoas aplaudindo sua fabulosa performasse de dança, no entanto entendemos que os erros durante a missão são como passos errados e se ela falhar sua ação no mundo do bordel e consequentemente no mundo real também falha.

Junto de Babydoll vemos quatro meninas, todas vistas no início pela protagonista ao entrar no sanatório, estas são: Rocket, Blondie, Sweet Pea e Amber, provavelmente pessoas que Babydoll quer muito ver livres também. Com a ajuda de uma espécie de protetor misterioso que se manifesta em cada "set" da imaginação de Babydoll as cinco garotas tentam a todo custo se libertar de seu destino cruel no hospício.

Agora com uma boa introdução a trama, quero falar um pouco sobre o filme em geral e o que achei dele.
Lição de moral o filme não passa nenhuma, e se passa é bem leve, tudo o que vemos nele faz relação apenas as personagens mostradas e nada mais, todas as situações que elas vivem são extremamente improváveis até mesmo para loucos. No entanto isto não significa que ele passa todo em vão, ao contrário, ele serve principalmente para nos mostrar como nossa imaginação é preciosa e como pode chegar a níveis extremos, é só prestar atenção nos detalhes (e assistir mais de uma vez, porque o final é meio confuso), as personagens protagonistas são muito carismáticas e/ou profundas, curiosamente com exceção da Babydoll, que propositalmente ficou meio superficial, não falando uma única palavra até uma certa altura do filme e mais curiosamente ainda é impossível tirar os olhos dela, não apenas por sua beleza, mas por seu papel na trama ser tão importante, as vezes penso que se Babydoll fosse muito carismática ela iria ficar deslocada no meio de tudo aquilo.
A produção é simplesmente de tirar o fôlego, a historia se passa na década de 50 e começa com um clima sombrio que depois se torna mais padrão, isso até vermos a primeira cena de ação entre Babydoll e uns Samurais zumbis gigantes (homenagem a Onimusha) que simplesmente esbanja efeitos especiais da melhor qualidade.
Um ponto que não consegui deixar de notar são as referencias a outros filmes e até mesmo games que foram simplesmente homenageados da melhor maneira pelo diretor como Medal of Honor, Onimusha, Star Wars, Senhor dos Anéis e eu até ouvi alguma coisas sobre Dragon Ball, embora não tenha percebido nada (pena).
Muitas vezes ficamos pensando se o que Babydoll está fazendo realmente tem algum sentido, e isto não apenas os espectadores pensam como também as outras personagens do filme, principalmente Sweet Pea, que nunca acredita no sonho de liberdade da jovem.

O visual das personagens varia, tirando as camisas de força que usam no mundo real, seus vestuários vão de trajes sensuais de dança e roupas casuais até uniformes customizados, como é o caso da Babydoll na foto ao lado que usa uma roupa de colegial que não fornece a menor proteção e me fazendo mais uma vez me lembrar de personagens de anime.
Cada uma das quatro é especialista em algum tipo de arma, variando de lança-foguetes a katanas e metralhadoras, o que parece ser o equipamento mais eficaz contra nazistas armados até os dentes, aviões portando bombas, robôs programados para matar e dragões enfurecidos com hálito de fogo.

Acho que tudo o que tinha de dizer sobre este filme já foi dito aqui, o resto é apenas vendo para entender. Em nenhum momento Sucker Punch me decepcionou, o roteiro foi completamente imprevisível do começo ao fim, as cenas de ação simplesmente me fizeram vibrar com adrenalina e as atuações foram impecáveis, no entanto repito o que disse antes, não é recomendável para quem gosta de ver sentido em tudo, podemos perceber com clareza que tudo o que é mostrado neste filme veio da mente do diretor e nada mais, ele com certeza estava louco de vontade de fazer algo relacionado ao psicológico e nos mostrar o quanto a imaginação pode ser impactante a ponto de prender alguém do começo ao fim na cadeira apenas com o imaginário.    

E deixo aqui por fim a cena da primeira luta de Babydoll... até mais!


10 de mar. de 2012

Absorvendo e Sobrevivendo

Olá leitores!
Da última vez falei de um anime inspirado em um jogo e hoje será a vez de uma HQ inspirada em um jogo.
Para quem curte este game e não sabia que isso existia, eu apresento:


Sim... sim... Prototype ganhou uma série de seis volumes em Comics um pouco depois de seu lançamento em 2009. Segue uma pequena descrição do game.

Prototype, para quem já havia jogado qualquer um dos jogos de mundo aberto (sandbox) do HULK não impressionou como devia, afinal de contas ele reprisava toda a ação e liberdade das franquias anteriores, porém, todos os movimentos e combos eram diferentes, com direito a muito sangue e vísceras sem falar que agora jogávamos com um personagem da estatura humana em uma história muito interessante e intrigante. Mesmo que o jogo tenha grandes falhas tanto gráficas quento técnicas, ainda sim conseguiu ser muito original e acima de tudo divertido, digo mais ainda, divertidíssimo.
Todos os movimentos do protagonista Alex Mercer lembram os de um adepto do esporte Parkour, mas ao invés de saltarmos por bancos e corrimões fazemos isso com prédios, carros em movimento e tanques de guerra, tudo para escapar de tiros ou monstros quando não temos paciencia para enfrentá-los.
Ser nojento e poderoso nunca foi tão legal...
Sem sombra de dúvidas, Prototype fica ainda mais legal quando descobrimos que Alex pode absorver outras formas de vida, fundindo suas células com as de suas vítimas, adquirindo assim suas formas e memórias, exatamente como o alienígena do filme The Thing do John Carpenter, mas o processo, mesmo sendo rápido não consegue nos livrar da sensação mista de satisfação e repulsa ao ver veias e tendões saírem do corpo de Mercer enquanto destroçam e se fundem com os infelizes que servem de "alimento" pra ele.

A historia do jogo gira em torno de um vírus experimental desenvolvido por uma empresa chamada Gentek, de alguma forma Manhattan está infectada e as pessoas começaram a agir feito animais selvagens, isso sem falar nas mutações que começam a surgir por todos os lados, Alex Mercer é um indivíduo que perdeu a memória, ressuscitou em uma mesa de autópsia, descobriu que está infectado pelo vírus mas este lhe dá super poderes e agora vai matar quantos forem necessário para adquirir suas memórias de volta e descobrir quem foi o culpado por sua morte e libertação do vírus.

E é exatamente no começo desse pandemônio que entra a história da HQ, mostrado do ponto de vista de dois policiais Mcklusky e Ella, que tentam sobreviver e descobrir algumas coisas durante a confusão, podemos ver também como ficaram as áreas mais remotas da cidade e alguns esquadrões sofrendo para conter ataques de mutações de animais (que não existem no jogo) entre outras cositas más      
Curioso é que o Alex Mercer mesmo aparece só nas capas e de vez em quando no meio da historia, tudo o que precisamos saber sobre ele na HQ é que pode ser o responsável pelo alastramento do vírus e que precisa ser detido o quanto antes, nem mesmo personalidade chegamos a ver direito no anti-herói mesmo que em algumas vezes vemos ele se importando com pessoas que não estão atrapalhando seu caminho.
Quanto ao fato do protagonista do jogo não ser centrado na historia do Comics eu não me importo muito, já que temos coisas até interessantes para ver que com certeza são melhores do que ficar vários quadrinhos acompanhando o sujeito saltar prédios e coisa e tal. 
No entanto, não tem como deixar de notar que muitas coisas ficaram muito mais legais com os efeitos do jogo do que com os desenhos de Darick Robertson e Matt Jacobs, que mesmo sendo muito bem feitos as vezes deixam a desejar, podemos ver por exemplo personagens que ficam bem legais de perto e com belos efeitos, já em certas cenas estes mesmos ficam deformados e parecem ser até outras pessoas, o cenário recebe poucos cuidados de vez em quando, o que resulta em alguns pontos tortos. Os poderes de Alex poderiam ser desenhados com mais cuidado também, ora ficam bacanas, ora parecem genéricos e simplificados.

Se você achou estranho o fato de ter apenas seis volumes, como eu disse la em cima, acredite, eu também fiquei pensando em como eles iriam concluir uma historia com tão pouco material. A resposta é mais simples do que parece: eles não concluíram, tudo simplesmente fica na mesma e deixa uma impressão de -se você quiser saber como tudo termina jogue Prototype-. Exatamente porque no final não resta mais nenhum vínculo com os personagens criados para a HQ e a trama principal.

Concluindo, depois de tantos pontos negativos citados... eu pessoalmente gostei da HQ de Prototype, a historia consegue pelo menos cumprir com o papel de não deixar o leitor boiando sem entender o que está acontecendo. O universo do jogo foi bem retratado, mesmo que muito simples e conseguimos identificar os aspectos do jogo. 
Para quem não conhece Prototype, ainda há uma boa chance de diversão com o Comix, para os fãs de historias em quadrinhos americanas esta tem todos os parâmetros de uma típica.  
Mas é inevitável sentir pena ao pensar que estas revistas poderiam ter uma continuidade ou simplesmente serem melhores do que foram, talvez com uma historia paralela de algum personagem pouco aproveitado no jogo, como a Elizabeth Greene que, mesmo mostrada, não acrescentou nada a trama e apenas reafirmando tudo o que os jogadores já sabiam e retratada apenas como mais um personagem perigoso.

Andei lendo algumas coisas sobre Prototype 2 ganhar uma versão em quadrinhos e tenho visto imagens bem legais pelo Google. Parece que desta vez podem criar algo mais intenso sobre a franquia. No momento não penso em procurar nada, afinal de contas não sei muitas coisas sobre o segundo título da série.
 Se você é fã do jogo, recomendo esta HQ, no entanto não estou muito certo se não conhecedores vão gostar, o clima as vezes lembra Resident Evil, o que parece ser uma boa, mas de resto, não tem muita coisa a acrescentar.


Até a próxima. 
    

8 de mar. de 2012

Além do Túmulo

A postagem de hoje será sobre um anime baseado em um jogo. No entanto ele tem uma das historias mais improváveis e cheias de reviravoltas que eu conheço.

E é claro que falo do universo caótico de:


Gungrave é um anime que começa lançando o telespectador em um mundo pós-apocalíptico cheio de monstros criados em laboratório e um homem incrivelmente forte chamado de Beyond The Grave que mete bala nesses bichos, algo muito comum para uma historia baseada em um jogo de PlayStation 2, a única coisa que sabemos é que Beyond está protegendo uma menina que lhe traz lembranças passadas e agora luta contra a organização que está criando os seres que ele mata. No entanto, do segundo episódio em diante nos deparamos com o passado da história, isso quando Beyond The Grave era um rapaz normal membro de uma gangue que apenas tentava sobreviver em tempos extremamente difíceis enquanto trabalhava em um restaurante, seu nome era Brandon Heat, um garoto mudo e de bom coração que não se separava de seu melhor amigo Harry MacDowell e que sempre fora apaixonado por uma bela moça chamada Maria, mesmo que seu pai  pareça não aprovar.
O que pensamos ser apenas um flash do passado antes de voltar a pancadaria futurista do primeiro episódio se mostra como o ritmo que a trama segue quase até o final. Isso no início parece decepcionante, mas com o passar do tempo vai agradando muito, pois os personagens são muito bem desenvolvidos, quase vivos.

Bom... pra começo de conversa, a historia é toda voltada para o assunto da máfia. Isso mesmo. Mas eu já chego lá.
Brandon vive em paz com a gangue da qual faz parte, eles são como uma família e cuidam uns dos outros. Uma das coisas que mais gostei foi o fato de Brandon não falar, mas mesmo assim tem tanta personalidade quanto os outros, senão até mais, empatando com seu melhor amigo falador Harry.
Sendo a trama focada nesses dois, eles são os únicos a sobreviver quando todo o resto da gangue é chacinada, decididos a se tornarem fortes, os amigos entram para uma organização chamada Millenion.
Muito tempo então começa a se passar na historia, mesmo que você acompanhe cada segundo e vamos vendo aos poucos Harry se tornando um homem de negócios enquanto Brandon vira um assassino profissional.
O crescimento dos dois é muito claro durante o desenrolar da historia, tanto no visual e na voz quanto na personalidade e mentalidade, Brandon é o que mais demora mudar, preservando seu jeito mais "bruto" e falando apenas quando é muito necessário, no entanto podemos ver um claro afastamento entre ele e Harry, resultado de seus cargos. Brandon trabalha feito um condenado, morando em um muquifo e ainda corre o risco de ser baleado enquanto seu velho camarada simplesmente fica em segurança dentro da mansão.
Mas como o protagonista é Brandon, o que vemos no primeiro episódio, é em volta dele que o mundo parece estar girando, e isso não precisa ser exatamente uma coisa boa. Para começar... todas as pessoas que ele conhece vão morrendo aos poucos, seu cargo vai subindo constantemente por causa de sua  formidável habilidade com armas de fogo e logo Harry começa a sentir inveja do amigo.

Não posso falar mais do que isso para não estragar surpresas ao longo trama, já fiz spoilers suficientes.
Gungrave é um anime excelente na minha opinião, nunca vi o desenvolvimento de personagens ser levado tão a sério. A impressão que temos é que o passado deles realmente foi ha muito tempo e chegamos a sentir um pouco de remorso por não vivenciar mais aquilo, aos poucos vamos associando os acontecimentos do passado com a realidade do primeiro episódio.

Quanto aos termos técnicos de Gungrave não há do que se reclamar, a série foi ao ar no Japão em 2003 então podemos concluir que é um pouco velha, mas isso reflete apenas na textura da animação, os movimentos são bem trabalhados e o traçado dos personagens é bem legal (destaque para o visual de Beyond The Grave, que entra no padrão dos personagens overpower com sobretudo, chapéu e uma arma em cada mão), a única coisa que me desagradou em certos momentos foram os olhos. Estes, dependendo do personagem acabam não combinando com o design deles e fica meio sem graça, as vezes muito grandes mas sem expressividade, em contrapartida os olhos de outros ficaram perfeitos e transmitem bem a personalidade de seus donos, como é o caso de Brandon Heat.

Uma coisa que a série consegue passar com facilidade é a noção de tempo, as vezes isso pode ser tanto massante como também angustiante, uma vez que você tem a sensação que as coisas estão tomando um caminho muito diferente e nunca mais vão se acertar, um exemplo é quando Brandon está começando a trabalhar para o Big Daddy (que é como o Don Corleone da  Millenion) e simplesmente se afasta de Harry e Maria, neste momento o rapaz entra em uma fase de extrema pobreza e toda a impressão que temos é que ele nunca mais vai ver nenhum dos dois. Claro que a historia da seus saltos e quando menos esperamos tudo começa a mudar novamente. E como disse antes Gungrave é cheio de reviravoltas.

Aliás, o ritmo e até mesmo o figurino dos personagens se encaixariam perfeitamente bem em uma série de TV em carne e osso, eu só não digo filme porque seria difícil  compactar 26 episódios cheios de informações em uma hora e pouco. Um bom exemplo é o filme O Ultimo Mestre do Ar, que parece ter sido feito as pressas para abarcar todo o Livro da Água.

Enfim, para terminar, vou levar em conta que Gungrave me surpreendeu muito por começar com uma atmosfera pronta e que de certa forma poderia até mesmo ser aproveitada, mas que de repente se torna uma história relacionada a máfia, lembrando que eu mesmo não tenho gosto para estes temas, mas admito que adorei ver a forma como isto foi mostrado e como tudo se relaciona depois de um certo tempo.
Nem todos vão gostar disto e com certeza podem preferir que fosse tudo uma sequencia do primeiro episodio, mas as coisas não funcionam desta forma, por exemplo, Gungrave seria mais um anime de ação desenfreada que iria se manter apenas pelo design pós-apocalíptico e pelo jeitão do ressuscitado Beyond The Grave.
Não posso dizer nada sobre o jogo porque não sei nem como ele é, mas parece ser menos focado no passado dos personagens, o que deve torná-lo uma espécie de Devil May Cry apenas com tiros.

Assista Gungrave apenas se for uma pessoa paciente e que gosta de um bom desenrolar de historia, do contrario pode se decepcionar.
Até mais, deixo agora a abertura brisada da série







   

7 de mar. de 2012

O Mundo do Autor Pt. 1

Olá leitores!!
Este sem sombra de dúvidas será o início de uma série de postagens mais diferente que eu já fiz. Não sei quantas partes vou escrever, mas acho que terá uma por semana.
Não se preocupem. Os posts normais continuarão sendo escritos.
Para começar... quero explicar do que se trata.
A verdade é que nem eu mesmo sei direito... O Mundo Do Autor era uma historia em quadrinhos que pensei em escrever um dia e cheguei até esboçar a primeira página (assim como algumas outras idéias minhas), mas não tava ficando legal e ai decidi esperar subir mais nivei... ... (santa nerdice) melhorar minhas habilidades com desenho. O tempo passou e eu nem arquivei a ideia, por isso vou dar o nome pra esta série de artigos.
O objetivo?
Fazer com que as pessoas que leem o blog conheçam mais sobre mim... tem gente que lê o blog né? Tipo... todo dia meu marcador sobe no mínimo uns dez números e eu torço para que não seja minha mãe querendo melhorar meu auto-estima... sério...
Mas tratando do que é sério mesmo (quem se importa se leem meu blog ou não? nem ligo tanto pra esse assunto... na verdade já esqueci...) quero dividir um pouco da minha vidinha de apenas 18 anos com o mundo (é, 18 anos e falo como se tivesse 27), claro que na maioria das vezes vou falar de desenho, afinal de contas é do que sei falar, mas também vou citar algumas histórias da qual criei, meus principais personagens e as inspirações que tive para criá-los.
O maior problema é que não tenho Scanner, se não enchia estas postagens de fotos e mais fotos de esboços e tudo o mais, porém, vou fazer o possível para "upar" (ô nerdice) algumas imagens com a ajuda de algum infeliz que esteja disposto a fazer isso por mim. : )

Então eu começo falando bobagens ao meu respeito.
Eu sou mais ou menos assim...

Pareço personagem de Scott Pilgrim o/
 Fiz isso correndo no pc... e ainda deu um trabalhão pra fazer esse cabelo que no final fico estranho... mas o que importa é que ta tudo onde devia estar: cabelo, olhos, sobrancelhas e a barbixa (o olhar filosófico e enigmático também...).

Pois é... como é uma regra entre praticamente 80% dos blogueiros que ouvem Rock e jogam video game eu estou acima do peso, não que eu me importe... mas as vezes me sinto deslocado... daí como alguma coisa e volto ao normal.
Aliás, tenho uma forte impressão de que não sou do tipo que engorda fácil, porque levando em conta o tempo em que fico parado e não como nada saudável já devia estar obeso. Felizmente sou apenas um "gordinho". Começo agora uma pequena listagem sobre coisas (não exatamente curiosidades) ao meu respeito:

1°Tratando logo de um assunto rápido... meu nome, para todas as ocasiões é e sempre será Augusto Almeida, mesmo que no meu RG conste diferente (e não, eu não sou travesti). Acontece que acho muito melhor assim... soa simples e é mais fácil de ser lembrado, mesmo que não haja muitas alterações do original... que nunca vou dizer... e isso nos leva ao próximo passo!;

2°Eu funciono com o lado direito do cérebro! Isso significa que não só minha mente como também o mundo ao meu redor é muito mais... bizarro!... seria isso?.. não não não... seria mais como... diferente. Dependendo da pessoa que conheço posso atribuir um nome a ela. Não é um apelido, é um nome mesmo, acho um que fica legal e batizo, Lady que o diga (se pensou na Mary do DMC 3 acertou, conheço um Leon também...). Quer me chamar de doente? Vá em frente. Eu devo ser mesmo... to ate discutindo com um hater imaginário aqui..;

3°Me interesso por qualquer coisa que trate de temas épicos, desde livros até figurinhas de álbuns antigos (não que eu tenha alguma);

4°Sou apegado no contexto medieval das coisas, o que justifica um pouco o que está acima. Gosto de pensar que as guerras naquela época eram frequentes, mas que envolviam na maioria das vezes apenas os soldados e que o seu valor básico era a honra, coisa que se perdeu na sociedade atual, infelizmente era uma época cheia de muitos outros problemas como a "trogloditisse" (acabei de inventar) que perdura as escondidas até os tempos modernos;

5°Magia é sempre importante. Uma das coisas que sempre vou gostar é de magia, sendo da forma mostrada nos filmes e nos jogos quanto a velha prática usada desde os primórdios do tempo (como acha que Deus criou o mundo? Montando com pedaços de meteoros e colando com Super Bonder?). No entanto, eu sigo uma linha de pensamento digna do mais poderoso mago: por que eu vou me preocupar em ficar forte se derroto o mais poderoso cavaleiro com apenas um mexer de dedo a quatro metros de distancia? E é por isso que fãs de filmes de luta me odeiam..;

6°Bandas legais são as que me fazem viajar... e não estou falando de maconha, apenas do bom e velho Heavy Metal, mais precisamente o Power Metal (a vá! ta bom que não deu pra perceber desde o começo que eu curto power...), mais precisamente ainda Blind Guardian, que me serve de inspiração para muitas historias e que as vezes consegue transmitir uma mensagem bem mais construtiva do que "mate dragões e salve a princesa". A minha fórmula para saber se curto ou não o som de bandas novas é simples: eu escolho qualquer faixa, me acostumo com o ritmo e vou criando uma espécie de "videoclipe" na minha mente, dependendo do rumo que o ritmo vai tomando eu vou me decidindo, por fim é so procurar as letras das musicas e aprender sobre  ideologia do grupo (que também se for uma b**ta eu simplesmente esqueço a banda);

7°Eu NÂO toco instrumento nenhum. Digo isso porque toda bendita pessoa que me conhece pergunta a mesma coisa. A verdade é que gostaria de aprender guitarra ou bateria... acho que posso contar também instrumentos como harpa, flauta, violino, órgão e qualquer outra coisa que sirva de arranjo para um som cheio de surpresas e que o torne muito épico.

8°Uma das coisas que mais ficaram claras nesse tempo em que virei blogueiro é a grande atenção que dou ao Japão e sua cultura. Pois bem, não preciso me aprofundar nisso, simplesmente gosto muito das lendas, trajes, uma música ou outra (prefiro as mais calmas... J-Rock não me agrada tanto, na maioria das vezes prefiro ouvir as que viram aberturas de animes). E sobre aquele papo do blog não ser centrado nisso... pois é acho que me enganei, afinal de contas o que eu mais trato aqui são animes e mangás.

Então... leitores. Desta vez foi apenas isso, peço desculpas por não ser sobre um assunto popular, mas como disse antes, sempre vou estar mantendo os assuntos do Guardião em dia, a diferença é que me senti a vontade para compartilhar um pouco dos meus costumes e gostos com todos vocês. Não sei quantos posts isso vai render, mas acho que não será longo, afinal de contas não sou um tiozão vivido e não vou ficar citando "casos engraçados" que aconteceram comigo.
Na próxima parte vou falar um pouco sobre minha principal HQ chamada TRICK. Fica ai uma imagem de divulgação. Até a próxima.
Clique para ampliar




5 de mar. de 2012

Coragem, Criatividade e Sorte nos Dados

Desculpem não ter feito esta postagem ontem, mas acho que não fará tanta diferença, a não ser o fato de que não é mais aniversário de morte do Gary Gygax (isso mesmo, eu ia fazer uma postagem no dia de aniversário de morte do velho... DE MORTE!... bela homenagem a minha), mas seu legado continua firme e forte, e, com certeza nunca vai acabar.


E ta aqui a foto do "aparentemente"(e por que não seria) gente boa Gary Gygax

Mas é claro que o crédito pelo RPG que temos hoje não vai só pra ele como também para o homem que o incentivou e deu novas idéias para que seu jogo expandisse e se tornasse a melhor simulação de realidade e fantasia que existe, este é Dave Arneson e graças a estes dois senhores, temos o Dungeons & Dragons.

Ele também parece ser legal pra c**alho 

Desta vez não vou explicar o que é o tema. Acho que não joguei tantas partidas para passar uma ideia tão complexa de como funciona um RPG, por isso vou deixar aqui o vídeo de um Vlogger que admiro muito Erik Fillies (aliás esse foi um dos videos mais vistos dele, uma pena, já que os outros assuntos de que trata são tão bem abordados ou ate mais importantes quanto esse). Eu sei que o vídeo é longo, mas peço que assista pelo menos até um pouco mais da metade, afinal de contas não é tão difícil assim. 

  
Quem quiser conferir o canal dele é só clicar aqui


OK... conseguiu entender mais ou menos como funciona? 
Jogar RPG se tornou uma prática extremamente comum ao redor do mundo, isso porque é a válvula de escape perfeita deste "mundo sem graça" que vemos ficar cada vez mais sem graça com o passar dos tempos. Durante uma partida (principalmente de Dungeons & Dragons), tudo pode acontecer, mesmo que o narrador tenha uma historia pronta em mente, isso porque a complexidade das planilhas permite feitos extremamente realistas (ou não...) vindos dos jogadores e a sorte nas jogadas de dados na maioria das vezes traz um resultado surpresa, como uma ação muito bem executada para os padrões de um personagem iniciante ou até mesmo a falha de uma habilidade de nível alto de um sujeito veterano (claro que veteranos quase não precisam de sorte).

Algumas pessoas acreditam (incluindo a mim mesmo) que o responsável pela inspiração de tantos designers de jogos baseados em cultura medieval foi J. R. R. Tolkien, pois ele foi o primeiro homem a popularizar a fantasia de forma tão complexa. Levando em conta que graças a ele os Dragões deixaram de ser apenas uma lenda esquecida (com excessão do oriente) para serem lembrados e usados até os dias de hoje em outras obras literárias como também em filmes e animações.
Curiosamente, muitas criaturas que fazem parte não apenas do D&D mas também de outros RPGs foram tanto inspiradas quanto simplesmente adaptadas dos trabalhos de Tolkien, como os Entes, Worgs (Warg no universo Tolkien), e uma raça nanica que, mesmo sendo diferente dos Hobbits, ainda guarda certas semelhanças chamada de Halfing.  

E como falei algumas vezes outros sistemas de RPG foram sendo desenvolvidos como versões simplificadas (e nem por isso menos legais) de D&D, o que não implicava que elas deveriam ser igualmente de fantasia medieval.
Foi graças a editora White Wolf com sua temática voltada para o terror que hoje não apenas temos duas grandes pérolas do mundo dos RPGs que são Vampiro: A Máscara e Lobisomem: O Apocalipse como as duas lendas mais antigas da humanidade foram revitalizadas e salvas para sempre na forma de um sistema próprio e único de jogo.     
Aqui no Brasil temos o famoso roteirista faz tudo Marcelo Cassaro, responsável pela Revista Dragão e o pequeno sistema que acompanhava a revista e instruía o jogador a cada volume chamado Tormenta, um pouco depois Cassaro desenvolveu o criativo 3D&T-Defensores de Tóquio, que encobria um sistema muito simples e surrealista, excelente para narrar aventuras que lembrassem historias de anime, mais tarde veio o mais complexo 4D&T.
Com o avanço da tecnologia e o surgimento dos primeiros consoles 16 bits(principalmente o SNES) muitos jogos foram lançados com base nos RPGs convencionais, tendo como propósito a evolução do personagem controlado pelo jogador de forma que pudesse enfrentar inimigos mais poderosos e progredir na história. A internet também foi se tornando o espaço de muitos jogadores quando jogos como Ultima Online e Tibia foram surgindo, e recebendo a sigla MMORPG (Massive Multiplayer Online Role-Playing-Game) como uma descrição única.
É um tanto estranho hoje vermos pessoas que sentem preconceito por jogadores de RPG assim como que por roqueiros, tatuados e rappers. 
Do mesmo jeito que outros tipos de jogos, RPG também gera viciados, o que não significa que seja um jogo ruim (na verdade se for jogado de vez em quando faz muito bem para a mente), tudo depende da forma como se vai "mergulhar" nesse mundo. Não há nada de errado imaginar boas historias para se narrar na próxima partida enquanto faz qualquer outra coisa durante o dia, ou ter uma quedinha por qualquer coisa que esteja relacionada ao universo retratado durante as campanhas de jogatinas, afinal de contas cada um de nós vive entre o que mais gosta, e se não vive com certeza não é feliz ou ainda corre atrás desta conquista. Algumas pessoas usam drogas para se desprender desse mundo e viver uma aventura, jogadores de RPG fazem isso sem a ajuda de drogas e vivem aventuras muito mais emocionantes.

O RPG já foi citado em vários outros cenários, como em livros, teatros, filmes, desenhos etc. 
No momento só consigo me lembrar do filme Shakma, em que um pessoal de uma faculdade de medicina ficava preso no prédio enquanto jogavam Live-RPG e um babuíno assassino se soltava e saia pelo lugar matando um nerd atrás do outro... (desculpem... não lembrei de mais nada... mas Shakma é legal...).
Posso lembrar também que muitos filmes e desenhos tem se inspirado em jogos de RPG para desenvolverem suas tramas. De onde você acha que veio a ideia de fazer Anjos da Noite?  
Já alguns filmes que tentaram adaptar o próprio jogo acabaram se tornando bombas terríveis, como o bizarro Dungeons & Dragons: A Aventura Começa Agora, ou a sofrível versão do jogo de computador Dungeon Siege para o cinema chamada Em Nome do Rei (só se salva uma ou duas musicas do Blind Guardian no filme).

Se você ainda não conhece RPG, já está mais do que recomendadíssimo para jogar, sugiro que comece por algo simples e fácil de aprender como o Defensores de Tóquio tanto na versão 3D&T quanto 4D&T, se conhece alguém que narre, combine uma cessão ou se quiser se tornar narrador(a) procure o material necessário que são o livro ou "livros" do jogo (compre usado no Mercado Livre porque alguns são bem caros) e os dados necessários para executar os ações dos jogadores, o livro principal sempre vem com a planilha em alguma das últimas páginas, é só tirar cópias e distribuir para os membros da cessão, o resto vai depender da historia contada pelo narrador e da interpretação de cada personagem.
Se for narrar lembre-se de entender pelo menos como o básico do sistema funciona para não confundir os jogadores e nem faze-los levar vantagem ou desvantagem desnecessariamente.   

Eu sei que o que escrevi aqui não é o bastante para abordar um tema destes, mas acho que uma introdução assim é mais do que suficiente para mostrar pelo menos o meu respeito por este jogo, homenagear os responsáveis por sua origem e ajudar a propagar um tema que vem crescendo de uma forma meio underground aqui no Brasil por causa do medo de certos pais ou até mesmo por intolerância da sociedade.


Espero que tenham gostado. Até a próxima! 
       



3 de mar. de 2012

Coração de Luz Solar e as Diferenças Entre Mangá e Anime

Semana passada comecei a ler o Manga de uma série que conheci há um bom tempo. Mas tenho que admitir que a versão em quadrinhos é bem melhor do que a animada e vocês já saberão porque.
AH! E lembrando que talvez eu faça uma postagem especial sobre RPG amanhã, já que será aniversário do homem que praticamente criou o protótipo de jogo que mais tarde seria aperfeiçoado ao que temos como base hoje.


Para começar o post vou falar de:            Busou Renkin

Por isso o começo do título...
Mas vamos por partes.
Este Manga foi escrito, dirigido e na maioria das vezes desenhado por Nobuhiro Watsuki, o mesmo criador de Rurouni Kenshin ou Samurai X como você preferir.

Podemos entender que Nobuhiro teve vontade de criar uma historia que não fosse tão "realista" como seus trabalhos tinham sido até então, desta forma ele pensou em algo mais engraçado e que envolvesse uma trama mais voltada ao surreal.
Não quero me aprofundar demais na historia pois ela é um tanto quanto simples e seria muito chato se eu acabasse dando spoilers irritantes sobre ela.

Mutou Kazuki é um estudante (sempre um estudante) risonho e de personalidade forte que se importa sempre em primeiro lugar com sua irmãzinha Mahiro e com seus amigos de escola que sempre estão por perto.
Uma certa noite, Kazuki acorda com uma dor forte no peito após sonhar que uma enorme serpente espreitava para perto de uma garota desprevenida que caminhava nos terrenos mal-falados da velha fábrica abandonada próximo ao seu colégio. Heroicamente, o jovem se atira na direção da moça e tem o coração perfurado pela cauda do monstro.
Pensando ter tido apenas um pesadelo, sua vida parece correr normalmente, porém não muito fácil. Após chegar tarde para a aula, Kazuki assume a culpa pelo atraso de sua irmã que começava seu primeiro dia naquele colégio. Um professor estranho pune Kazuki com uma detenção no final do dia.
Enquanto Kasuki termina suas tarefas no quintal da escola, o professor surge de repente mostra sua verdadeira forma, que não é nada mais nada menos do que a grande cobra que o rapaz havia visto em seus sonhos, neste momento a garota que estava na fábrica a noite anterior telefona para ele e começa a explicar a situação. Quando Mutou Kazuki percebe, está envolvido em uma encrenca maior do que poderia imaginar, pois seu sonho não poderia ter sido mais real, já que seu coração realmente foi atravessado pela criatura, porém a jovem que na verdade estava se fazendo de isca, como gratidão por ter sido salva colocou no lugar do coração de Mutou uma liga que mistura vários tipos de metais especiais criados por alquimia chamada Kakugane, no entanto, o pequeno objeto prateado não serve apenas como revitalizador, pois se usado com instinto de batalha pode se tornar uma arma única que varia do carácter de pessoa para pessoa. Kakuganes são as únicas armas capazes de matar Homunculus (seres criados artificialmente através da alquimia).

Então vou parando por aqui com a apresentação...
Sério, não vai ter graça se eu contar mais, mas apenas para justificar uma coisa que disse lá em cima. Busou Renkin é o nome da arma que se forma através da Kakugane, e a arma de Kazuki assume a forma de uma lança com uma faixa enorme que se parece com um cachecol saindo do cabo, quando Kazuki usa alguma técnica com a lança, ela emite uma luz semelhante a emanada pelo Sol, recebendo mais tarde o nome de Sunlight Heart.


Agora a postagem muda um pouco de quadro, como eu disse antes, comecei a ler a versão em manga de Busou Renkin e redescobri uma velha verdade que sempre tornou (na minha opinião) a versão impressa não melhor, mas sim um tanto quanto mais atraente que a animada.
  
Sabe aquela garotinha chata com voz de miado de gato que fala pelos cotovelos e que quando aparece não importa a cena, ela estraga tudo? Pois é... adivinha só... ela tem a voz e timbre que você imaginar pra ela no manga, e o melhor de tudo: você não tem que ficar olhando para uma imagem por sete segundos esperando um indivíduo apenas repetir o nome da pessoa que acabou de lhe revelar a verdade mais clichê da história dos quadrinhos japoneses.
Na verdade, eu não sei se os autores imaginam as cenas como elas realmente vem a ficar mais tarde no anime, mas no meu ponto de vista, certas piadas realmente funcionam muito melhor no papel do que na tela, como os famosos trocadilhos ou nas besteiras abusivas que ouvimos dos personagens mais inusitados.
O outro ponto em que se difere e que todo mundo já ta careca de saber é que... simplesmente não existem filers, alterações bruscas no roteiro, censura (depende do gênero) e/ou cenas de enrolação com cenário mostrado de todos os cantos antes de uma cena simples de luta, e mesmo se tiver, você pode muito bem  passar os olhos rápido por elas.
Mas é claro que eu não estou desmerecendo nenhum anime, há quem goste mais da versão animada do que da versão em quadrinhos e vice e versa, não é fácil para um país que tem hábitos tão diferentes da maior parte do mundo criar algo que se encaixe perfeitamente nos padrões gerais, mas basta prestarmos um pouco de atenção no filme do Final Fantasy que podemos ver que não existem momentos clichês e nem falas desnecessárias, todo o filme é dinâmico e consegue passar toda a sua informação perfeitamente bem sem precisar apelar para cenas lentas e arrastadas para criar tensão. Qual seria o problema em criar uma série animada com esses requisitos?

E eu que já falei sobre tantos títulos pelo blog... agora pareço um traidor do movimento Otaku, mas a verdade é que sempre gostei e sempre vou gostar de animes e mangas, porém existem coisas que sempre me frustram, como o fato de as vezes pegar uma cena avulsa de qualquer título e ter a sensação de ja ter visto aquilo antes, sem falar que a animação parece ter chegado ao seu limite, mesmo faltando muita coisa para evoluir.
Então por estas e outras prefiro ler muito mais um mangá do que sair assistindo tudo o que é lançado hoje em dia, afinal de contas gosto pacas do desenrolar das historias que os japas criam, mas os clichês muitas vezes acabam estragando tudo. Pelo menos lendo eu ainda posso contornar estes detalhes colocando um pouco do meu jeito de ver as coisas nos olhos e nas expressões dos personagens.

Dentro da animação no estilo anime, ainda posso destacar obras que considero incríveis simplesmente por mostrarem suas histórias de um jeito leve e sem apelações emocionais que todos já sabem onde vão dar como:
Ghost in the Shell, Akira, Todos os filmes do Hayao Myazaki e Hellsing Ultimate

De seriados mesmo, consigo pensar apenas no pessoal do estúdio Bones, que conseguem criar episódios com um alto grau de detalhes. Entendam, quando digo isto não quero me referir a textura do desenho, mas sim aos detalhes expressivos como movimento das bochechas ou quando os personagens fazem coisas simples enquanto alguém fala.
Agora você que ja viu vários títulos de animes diferentes me responda, quantas vezes um personagem simplesmente ficou completamente estático na tela enquanto apenas sua boca se movia no mesmo momento que rolava um pequeno distúrbio em seu cabelo bor parte do vento que chacoalhava as folhas da árvore atrás na mesma direção repetidas vezes.

Quanto a animação, acho que disse tudo o que pensava, espero não ter ofendido ninguém, esta foi apenas minha opinião a respeito de quando as pessoas destacam o Japão como o melhor país em termos de animação (que, acredito eu se deram mais por causa de alguns trabalhos que citei acima), o que pode ser até verdade, mas que tem faltado muito esmero.      

Como citei Busou Renkin no início do post vou dizer algumas coisas a respeito do manga desta série.
OK, ele não recebeu muitas alterações e a que foram feitas não causaram muita diferença, no entanto, devo citar a já mencionada irmã caçula de Kazuki, a guria é simplesmente....CHAAAAAAAATTAAA no anime, isso porque a voz da dubladora transpassa toda sua personalidade, e eu confesso que na época em que assisti Busou Renkin simplesmente a odiei pois não consegui achar uma personalidade forte e interessante nela, parecia mais uma mocinha irritante que só servia para ficar em apuros de vez em quando e ferrar a vida de Kazuki. E qual foi a minha surpresa quando comecei a ler o manga e me vi gostando da personagem, não ao ponto de considerá-la especial, mas que parecia merecer toda a atenção que o herói dava a ela.
Culpa da dubladora? Claro que não. Com certeza a escolheram porque foi a voz que mais se encaixou nos padrões deles, mas sinceramente, não consegui encontrar sua personalidade porque a Mahiro falava com VOZ DE MIADO DE GATO!!

Enfim, sinto se escrevi um artigo muito grande para uma postagem sem muitas informações, mas talvez eu não seja o único a pensar assim. Então, até a próxima (que talvez seja amanhã), não deixe de comentar e deixar sua opinião.