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10 de mar. de 2012

Absorvendo e Sobrevivendo

Olá leitores!
Da última vez falei de um anime inspirado em um jogo e hoje será a vez de uma HQ inspirada em um jogo.
Para quem curte este game e não sabia que isso existia, eu apresento:


Sim... sim... Prototype ganhou uma série de seis volumes em Comics um pouco depois de seu lançamento em 2009. Segue uma pequena descrição do game.

Prototype, para quem já havia jogado qualquer um dos jogos de mundo aberto (sandbox) do HULK não impressionou como devia, afinal de contas ele reprisava toda a ação e liberdade das franquias anteriores, porém, todos os movimentos e combos eram diferentes, com direito a muito sangue e vísceras sem falar que agora jogávamos com um personagem da estatura humana em uma história muito interessante e intrigante. Mesmo que o jogo tenha grandes falhas tanto gráficas quento técnicas, ainda sim conseguiu ser muito original e acima de tudo divertido, digo mais ainda, divertidíssimo.
Todos os movimentos do protagonista Alex Mercer lembram os de um adepto do esporte Parkour, mas ao invés de saltarmos por bancos e corrimões fazemos isso com prédios, carros em movimento e tanques de guerra, tudo para escapar de tiros ou monstros quando não temos paciencia para enfrentá-los.
Ser nojento e poderoso nunca foi tão legal...
Sem sombra de dúvidas, Prototype fica ainda mais legal quando descobrimos que Alex pode absorver outras formas de vida, fundindo suas células com as de suas vítimas, adquirindo assim suas formas e memórias, exatamente como o alienígena do filme The Thing do John Carpenter, mas o processo, mesmo sendo rápido não consegue nos livrar da sensação mista de satisfação e repulsa ao ver veias e tendões saírem do corpo de Mercer enquanto destroçam e se fundem com os infelizes que servem de "alimento" pra ele.

A historia do jogo gira em torno de um vírus experimental desenvolvido por uma empresa chamada Gentek, de alguma forma Manhattan está infectada e as pessoas começaram a agir feito animais selvagens, isso sem falar nas mutações que começam a surgir por todos os lados, Alex Mercer é um indivíduo que perdeu a memória, ressuscitou em uma mesa de autópsia, descobriu que está infectado pelo vírus mas este lhe dá super poderes e agora vai matar quantos forem necessário para adquirir suas memórias de volta e descobrir quem foi o culpado por sua morte e libertação do vírus.

E é exatamente no começo desse pandemônio que entra a história da HQ, mostrado do ponto de vista de dois policiais Mcklusky e Ella, que tentam sobreviver e descobrir algumas coisas durante a confusão, podemos ver também como ficaram as áreas mais remotas da cidade e alguns esquadrões sofrendo para conter ataques de mutações de animais (que não existem no jogo) entre outras cositas más      
Curioso é que o Alex Mercer mesmo aparece só nas capas e de vez em quando no meio da historia, tudo o que precisamos saber sobre ele na HQ é que pode ser o responsável pelo alastramento do vírus e que precisa ser detido o quanto antes, nem mesmo personalidade chegamos a ver direito no anti-herói mesmo que em algumas vezes vemos ele se importando com pessoas que não estão atrapalhando seu caminho.
Quanto ao fato do protagonista do jogo não ser centrado na historia do Comics eu não me importo muito, já que temos coisas até interessantes para ver que com certeza são melhores do que ficar vários quadrinhos acompanhando o sujeito saltar prédios e coisa e tal. 
No entanto, não tem como deixar de notar que muitas coisas ficaram muito mais legais com os efeitos do jogo do que com os desenhos de Darick Robertson e Matt Jacobs, que mesmo sendo muito bem feitos as vezes deixam a desejar, podemos ver por exemplo personagens que ficam bem legais de perto e com belos efeitos, já em certas cenas estes mesmos ficam deformados e parecem ser até outras pessoas, o cenário recebe poucos cuidados de vez em quando, o que resulta em alguns pontos tortos. Os poderes de Alex poderiam ser desenhados com mais cuidado também, ora ficam bacanas, ora parecem genéricos e simplificados.

Se você achou estranho o fato de ter apenas seis volumes, como eu disse la em cima, acredite, eu também fiquei pensando em como eles iriam concluir uma historia com tão pouco material. A resposta é mais simples do que parece: eles não concluíram, tudo simplesmente fica na mesma e deixa uma impressão de -se você quiser saber como tudo termina jogue Prototype-. Exatamente porque no final não resta mais nenhum vínculo com os personagens criados para a HQ e a trama principal.

Concluindo, depois de tantos pontos negativos citados... eu pessoalmente gostei da HQ de Prototype, a historia consegue pelo menos cumprir com o papel de não deixar o leitor boiando sem entender o que está acontecendo. O universo do jogo foi bem retratado, mesmo que muito simples e conseguimos identificar os aspectos do jogo. 
Para quem não conhece Prototype, ainda há uma boa chance de diversão com o Comix, para os fãs de historias em quadrinhos americanas esta tem todos os parâmetros de uma típica.  
Mas é inevitável sentir pena ao pensar que estas revistas poderiam ter uma continuidade ou simplesmente serem melhores do que foram, talvez com uma historia paralela de algum personagem pouco aproveitado no jogo, como a Elizabeth Greene que, mesmo mostrada, não acrescentou nada a trama e apenas reafirmando tudo o que os jogadores já sabiam e retratada apenas como mais um personagem perigoso.

Andei lendo algumas coisas sobre Prototype 2 ganhar uma versão em quadrinhos e tenho visto imagens bem legais pelo Google. Parece que desta vez podem criar algo mais intenso sobre a franquia. No momento não penso em procurar nada, afinal de contas não sei muitas coisas sobre o segundo título da série.
 Se você é fã do jogo, recomendo esta HQ, no entanto não estou muito certo se não conhecedores vão gostar, o clima as vezes lembra Resident Evil, o que parece ser uma boa, mas de resto, não tem muita coisa a acrescentar.


Até a próxima. 
    

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